1. Propriedades Físicas e Elétricas de Tempestades na Região Sudeste do Brasil
- Author
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Juliano dos Reis Monteiro, Wagner Flauber Araújo Lima, Enrique Vieira Mattos, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), CLIMATEMPO, and Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
- Subjects
Geography, Planning and Development ,Economic Geology ,Geology ,Development ,Relâmpagos ,ForTraCC ,Satélite ,General Environmental Science - Abstract
A Regiao Sudeste do Brasil anualmente e afetada por alta incidencia de relâmpagos produzida por nuvens de tempestades. Alem de concentrar um grande contingente populacional, a regiao sudeste tambem possui grandes centros industriais, distribuicao e comercializacao de energia eletrica e de telecomunicacoes. No entanto, estudos sobre a evolucao de relâmpagos intra-nuvem (IN) e nuvem-solo (NS) ao longo do ciclo de vida de tempestades atraves de uma longa base de dados ainda e ausente para essa regiao. Dessa maneira, esse presente estudo tem como objetivo avaliar as relacoes entre as propriedades fisicas dos Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) e as propriedades dos relâmpagos IN, nuvem-solo positivo (+NS) e nuvem-solo negativo (-NS) da Regiao Sudeste. Nesse contexto foram utilizadas imagens do canal infravermelho (10,7 µm) do satelite geoestacionario Geostationary Operational Environmental Satellite -13 (GOES-13) e dados de relâmpagos da Earth Networks Total Lightning Network (ENTLN) compreendendo os anos de 2013 a 2017. As tempestades foram identificadas e rastreadas atraves do processamento do algoritmo Forecast and Tracking the Evolution of Cloud Clusters (ForTraCC). Foram identificados e avaliados 3578 SCM na regiao de estudo durante o periodo supracitado. Os SCM sem relâmpagos mostraram-se menos duradouros (em horas), menores (em km) e com maiores valores de temperatura de brilho (TB) do topo das nuvens. SCM com relâmpagos duram 42 minutos a mais em relacao aqueles que nao possuem relâmpagos. O numero total de relâmpagos (relâmpagos por SCM) tende a crescer em relacao a area das tempestades, porem a densidade de relâmpagos (eventos por km 2 ) e maior em SCM menores. Para ambos os tipos de relâmpagos, uma diminuicao na TB representou um aumento na quantidade de relâmpagos. Em termos de ciclo de vida, o maximo de relâmpagos IN, -NS e +NS ocorrem na iniciacao, estagio entre a iniciacao e maturacao e estagio entre a maturacao e dissipacao, respectivamente. Portanto, as tempestades eletrificadas se diferem em aspectos fisicos e dinâmicos em relacao aquelas que nao possuem relâmpagos. Estes resultados sao importantes para auxiliar a previsao de curtissimo prazo de tempo (nowcasting).
- Published
- 2021