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Das diversas intervenções sociais que modificam a paisagem, os parques eólicos têm sido apontados com grandes frequência e ênfase, no que diz respeito às alterações negativas que nela produzem, contrapondo a premissa de que são empreendimentos de baixo impacto ambiental. Além disso, observa-se que estes se ampliam espacialmente pelo mundo e, cada vez mais, pelo território brasileiro. Os impactos negativos na paisagem devem ser previstos e avaliados em estudos prévios de impacto ambiental destes empreendimentos. Ao consultar estes estudos, observa-se certa fragilidade na forma de análise da paisagem, tornando necessárias mais pesquisas, que busquem aprofundar o entendimento dos modelos de análise de impactos ambientais. Nesse sentido, o objetivo geral do presente estudo foi o de analisar a realidade atual dos embasamentos teórico e metodológico dos estudos prévios de impacto ambiental dos parques eólicos do estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, foram analisados 19 estudos recentes, dos quais somente oito apresentavam embasamentos teórico e metodológico nas análises de suas paisagens de inserção, entre os quais seis buscavam atender ao Termo de Referência mais atual, analisando os graus de qualidade e de fragilidade da paisagem, a partir de uma metodologia adaptada do Departamento Florestal dos Estados Unidos, de 1974. Os outros 11 estudos foram realizados em um contexto temporal, no qual este termo não trazia grandes exigências na análise das paisagens. Com o aprofundamento e com a continuidade desta discussão, e com a proposta de uma nova metodologia, espera-se contribuir para a criação de rumos melhores na consideração e na gestão de impactos ambientais em paisagens de parques eólicos.

Diante da necessidade de revisão de Plano Diretor de Porto Alegre e da sua divisão em regiões de planejamento, em busca de um melhor entendimento de suas especificidades e de suas diversidades, a Região de Gestão do Planejamento 5 apresenta diversas questões importantes a serem consideradas. Entre elas, está a construção e funcionamento de um shopping que, em um processo de gentrificação, desocupou e realocou uma vila inteira. Com vistas a auxiliar na produção de informações para o planejamento regional participativo, o presente trabalho buscou analisar a percepção dos usuários do Barra Shopping Sul, e dos habitantes de seus arredores, para compreender a paisagem desta área, que faz parte e que cumpre com um importante papel na dinâmica urbana da Região de Gestão do Planejamento 5, do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental da cidade de Porto Alegre. A partir de uma explanação sobre o Plano Diretor de Porto Alegre, e de sua revisão em curso, pretende-se apresentar a Região de Gestão do Planejamento 5, seus bairros e o empreendimento do Barra Shopping Sul e seus arredores, através do emprego de um questionário sobre a percepção dos usuários dessa área no bairro Cristal, buscando analisar os dados obtidos e realizar uma leitura da paisagem da localidade. Verificou-se, nas considerações finais, que a percepção e a relação do público com a paisagem da área de entorno do Barra Shopping Sul não se devem, apenas, ao shopping, mas, principalmente, às atividades de lazer nos arredores do empreendimento, com fortíssima relação com a orla do Guaíba, com a ciclovia, com o museu e com os parques do entorno.