105 results on '"Mota P"'
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2. Impact of lockdown on bed occupancy rate in a referral hospital during the COVID-19 pandemic in northeast Brazil.
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da Costa Lino, Danielli Oliveira, Barreto, Renato, de Souza, Francisco Daniel, de Lima, Carlos José Mota, and da Silva Junior, Geraldo Bezerra
- Published
- 2020
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3. Interferon-gamma release assay performance in northeastern Brazil: influence of the IFNG + 874 A>T polymorphism.
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Carneiro, Valdirene Leão, Bendicho, Maria Teresita, Santos, Rosalina Guedes, Casela, Marilda, Netto, Eduardo M., Mota, Scarlet Torres Moraes, Pina, Iza Cristina Araújo, Nascimento, Roberto Meyer, Freire, Songeli Menezes, and Barbosa, Theolis
- Published
- 2018
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4. Quality of life and pain multidimensional aspects in individuals with HTLV-1.
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Macêdo, Maíra Carvalho, de Sousa Mota, Renata, Patrício, Naiane Araújo, dos Santos, Ana Paula Campos, Mendes, Selena Márcia Dubois, Dias, Cristiane Maria Carvalho Costa, Baptista, Abrahão Fontes, and Sá, Katia Nunes
- Published
- 2016
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5. Virologic and immunologic effectiveness of darunavir-based salvage therapy in HIV-1-infected adults in a Brazilian clinical practice setting: results of a multicenter and retrospective cohort study.
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Ribeiro, Karina Mota, Biscione, Fernando Martin, Westin, Mateus Rodrigues, Machado, Danielle Pessoa, Greco, Dirceu Bartolomeu, and Tupinambás, Unaí
- Published
- 2014
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6. Genotyping and drug resistance patterns of Mycobacterium tuberculosis strains observed in a tuberculosis high-burden municipality in Northeast, Brazil.
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dos Santos Silva Luiz, Roberta, Suffys, Phillip, Barroso, Elizabeth Clara, Franco Sansigolo Kerr, Ligia Regina, Romariz Duarte, Cynthia, Carioca Freitas, Max Victor, Salani Mota, Rosa Maria, and Cunha Frota, Cristiane
- Published
- 2013
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7. In vitro initial immune response against Leishmania amazonensis infection is characterized by an increased production of IL-10 and IL-13.
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Coêlho, Zirlane Castelo B., Teixeira, Maria Jania, Mota, Erika Freitas, Frutuoso, Mércia Sindeaux, Da Silva, João Santana, Barral, Aldina, Barral-Netto, Manoel, and Pompeu, Margarida Maria L.
- Published
- 2010
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8. Prevalence and antimicrobial susceptibility of respiratory pathogens in patients with cystic fibrosis.
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Paixão, Vilma Almeida, Barros, Tânia Fraga, Mota, Clélia Maria C., Moreira, Tamy Fagundes, Santana, Maria Angélica, and Reis, Joice Neves
- Published
- 2010
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9. Clinical presentation of leptospirosis: a retrospective study of 201 patients in a metropolitan city of Brazil.
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Daher, Elizabeth F., Lima, Rafael S. A., Júnior, Geraldo B. Silva, Silva, Eveline C., Karbage, Nahme N. N., Kataoka, Raquel S., Júnior, Paulo C. Carvalho, Magalhães, Max M., Mota, Rosa M. S., and Libório, Alexandre B.
- Published
- 2010
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10. Acute pancreatitis associated with boceprevir: a case report.
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Bilar, Juliana Miguel, Carvalho-Filho, Roberto José, Frade Magalhães Girardin Pimentel Mota, Carolina, da Silva Fucuta, Patricia, and Cardoso Gomes Ferraz, Maria Lucia
- Published
- 2014
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11. CONHECIMENTO E VULNERABILIDADE DOS ADOLESCENTES EM RELAÇÃO ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS.
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Silva, Tatiane Mota and Peres Barbosa, Barbara Jacqueline
- Published
- 2018
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12. CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA EM ISOLADOS CLÍNICOS DE CORYNEBACTERIUM HESSEAE
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José Carlos Caldeira, Louisy Sanches dos Santos, Ana Luíza de Mattos-Guaraldi, Lincoln de Oliveira Sant'Anna, Mariana da Cruz Mota, Julianna Giordano Botelho Olivella, and Paula Marcele Afonso Pereira-Ribeiro
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/objetivos: O gênero Corynebacterium compreende, até o momento, 165 espécies de bacilos Gram-positivos irregulares. Além de espécies distribuídas no ambiente, este gênero abriga patógenos clássicos, como Corynebacterium diphtheriae, o principal agente etiológico da difteria. Abriga também espécies comensais que eventualmente causam infecções, sobretudo em indivíduos com longos períodos de hospitalização ou imunocomprometidos. Recentemente, Corynebacterium hesseae foi descrita como parte do microbioma urinário de mulheres saudáveis. Contudo, um estudo recente reportou o isolamento desta espécie em amostras de urina de pacientes do sexo feminino com doença renal e de cisto sebáceo em paciente do sexo masculino. Uma vez que neste estudo não houve a investigação da susceptibilidade aos antimicrobianos, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar fenotipicamente e geneticamente a resistência antimicrobiana (RAM) nestas cepas. Materiais e métodos: Cepas de C. hesseae isoladas de urina (n = 4) e de cisto sebáceo (n = 1) tiveram seus perfis de susceptibilidade determinados de acordo com o Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing- BrCAST (2024). Em seguida, os genomas das cepas em estudo, recuperados do banco de dados do NCBI (National Center for Biotechnology Information), foram analisados com auxílio da ferramenta ResFinder. Por fim, mutações associadas à RAM foram investigadas usando o ClustalW. Resultados: Todas as cepas foram sensíveis à vancomicina, tetraciclina, rifampicina, linezolida e moxifloxacino. Algumas foram resistentes ao ciprofloxaxino (n = 2) e à penicilina (n = 1), enquanto a maioria foi resistente à clindamicina (n = 4). Nenhum gene relacionado à resistência a β-lactâmicos foi encontrado. O gene ermX, relacionado à resistência a macrolídeos, lincosamidas e estreptogramina B, foi detectado em 3 das cepas resistentes à clindamicina. Uma mutação no gene da girase A foi encontrada em uma das cepas resistentes ao ciprofloxacino. Conclusões: O isolamento de cepas de C. hesseae resistentes a antimicrobianos em amostras clínicas reforça a importância de se determinar os perfis de susceptibilidade dos isolados clínicos desta espécie, particularmente quando oriundas de pacientes imunocomprometidos, nos quais a infecção precisa ser considerada. Novos estudos buscando confirmar o potencial patogênico desta espécie e compreender a aquisição da RAM pelos isolados, são necessários para planejar condutas terapêuticas mais eficazes. Palavras-chave: Corynebacterium, Infecções Oportunistas, Resistência a Fármacos Antimicrobianos. Conflitos de interesse: Não houve conflito de interesse. Ética e financiamentos: Declarações de interesse: Nenhum.
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- 2024
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13. EP-025 - ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE DENGUE EM SERGIPE ENTRE 2020 A 2024.
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Edson Santana G. Filho, Rafael Silva Clímaco, Maria C. de M. Mota, Giovanna Penteado Mamana, Francisco J. de A. Oliveira, Joaldo L. de C. Junior, Maria E. de A. Oliveira, Danilo Guimarães Siqueira, Nathália V.B.T. Aragão, and Matheus Todt Aragão
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A Dengue constitui um grave problema de saúde pública mundial. Em 2023 observou-se uma elevação histórica do número de casos, acima de 6,5 milhões em todo o mundo, com mais de 1,5 milhão de casos prováveis no Brasil, sendo a taxa de letalidade de alarmantes 4,4%. A arbovirose é causada pelo vírus da dengue, pertencente ao gênero Flavivirus, possuindo quatro sorotipos. A infecção é normalmente oligosintomática, cursando com febre alta, cefaléia e mialgia intensas, podendo evoluir com casos graves e potencialmente fatais. O Nordeste do Brasil tradicionalmente notifica muitos casos da doença, porém ainda há necessidade de mais estudos epidemiológicos na região, sobretudo no estado de Sergipe. Objetivo: Analisar a incidência e aspectos epidemiológica da Dengue em Sergipe, durante o período de 2020 a 2024. Método: Realizou-se um estudo observacional, transversal, através da análise do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), vinculado ao DATASUS do Ministério da Saúde, sendo utilizados como filtro casos notificados no estado de Sergipe, no período de 2020 a 2024. Resultados: No período analisado, foram observados um total de 13.867 casos prováveis de Dengue. O ano de 2022 foi o que mais registrou casos da doenças (5.203 casos), sendo que 2024, até a décima sexta semana epidemiológica, já acumula inéditos 3.180 casos. A maioria das notificações se concentrava na faixa etária de 20-39 anos (34,7%), sendo o sexo feminino mais atingido (54,7%). Ao todo foram notificadas 1.231 hospitalizações, com 26 casos evoluindo ao óbito por Dengue, sendo 12 (46%) desses óbitos apenas em 2022. Quanto aos dados acerca da evolução/desfecho do quadro, a maioria dos casos evolui com cura (81,9%%), sendo a evolução ignorada em 21,2% das notificações. Observou-se ainda que em 2024 houve um aumento de 1.439,4% no número de casos descritos como “ignorados/branco”, denotando uma expressiva piora na notificação. Conclusão: No estado de Sergipe, entre 2020-2024, a notificação de Dengue acumulou quase 14.000 casos, com pico em 2022 e piora importante nas primeiras semanas epidemiológicas de 2024. Foi observada uma piora na notificação dos casos, principalmente quanto a evolução/desfecho dos pacientes, o que demonstra uma falha na notificação dos casos.
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- 2024
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14. EP-021 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL ENTRE 2012 E 2022
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Arthur Mota Pinheiro and Beatriz de Morais Pereira
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A Doença de Chagas (DC) é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, transmitido ao homem pelo contato com as fezes contaminadas de insetos triatomíneos, popularmente conhecidos como “barbeiros”. Considerando que sua epidemiologia é diretamente relacionada a condições socioeconômicas locais, torna-se importante a elaboração de um estudo detalhado acerca da distribuição dessa doença na população brasileira. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da DC nas 5 macrorregiões brasileiras entre 2012 e 2022. Método: Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo com base em dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN/DATASUS). Incluíram-se os casos confirmados de DC entre 2012 e 2022 no Brasil. As variáveis utilizadas foram ano do diagnóstico, sexo, região de notificação, modo provável de infecção e evolução. Resultados: No período analisado, foram confirmados 3.219 casos de DC, sendo 1.732 homens (53,8%) e 1.487 mulheres (46,2%). Em relação às regiões de notificação, houve um predomínio na região Norte, com 3.068 casos (95,3%), seguida pelas regiões Nordeste, com 108 casos (3,4%), Sudeste com 20 (0,6%), Centro-Oeste com 14 (0,4%) e Sul com 9 (0,3%). Quanto aos modos prováveis de infecção, destaca-se o oral, com 2.625 casos (81,5%), seguido pelo vetorial com 226 (7%), vertical com 14 (0,4%) e acidental com 8 (0,3%), além dos 8 modos classificadas como “outro” (0,3%) e dos 338 ignorados (10,5%). Por fim, a evolução é marcada por 2.817 vivos (87,5%), tendo 40 óbitos pelo agravo notificado (1,2%) e 8 óbitos por outra causa associada (0,3%), além de 354 casos ignorados (11%). Conclusão: A maioria dos casos de DC envolvem indivíduos do sexo masculino da região Norte do Brasil, principalmente pela transmissão oral, o que pode sugerir que essa parcela populacional é menos esclarecida em relação à importância de se higienizar os alimentos antes de ingerí-los ou que possui menos condições econômicas de comprar alimentos previamente higienizados. Já o baixo índice de óbitos deve ter relação com uma subnotificação elevada, visto que a DC é uma doença grave que não apresenta baixa morbi-mortalidade. Ainda, levando em conta as condições socioeconômicas de grande parte dos brasileiros, especialmente da região Norte, um possível raciocínio de conscientização populacional e busca por tratamento precoce como justificativa para tal número tende a ser descartado.
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- 2024
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15. EP-033 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO BRASIL ENTRE 2013 E 2022
- Author
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Beatriz de Morais Pereira and Arthur Mota Pinheiro
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), cuja transmissão ocorre principalmente via sexual, hematogênica e vertical. A infecção no sistema imune do hospedeiro pelo HIV gera um quadro clínico marcado por três fases: infecção aguda (sintomas gripais, como febre e mialgia), estágio de latência (quadro assintomático) e AIDS propriamente dita (sintomas de imunodeficiência, como infecções oportunistas e neoplasias). Como a AIDS representa um grave problema de saúde pública, urge a necessidade de um estudo epidemiológico no país para que sejam elaboradas políticas públicas eficazes. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da AIDS no Brasil entre 2013 e 2022. Método: Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo com base em dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL). Incluíram-se os casos notificados de AIDS entre 2013 e 2022 no Brasil. As variáveis utilizadas foram ano do diagnóstico, sexo, região de notificação e unidade da federação de notificação. Resultados: Notificaram-se 385458 casos de AIDS, sendo 265209 homens (68,8%) e 120249 mulheres (31,2%). Observou-se maior número em 2013, com 43660 casos (11,32%), seguido de 2014 com 42414 (11%), 2015 com 41317 (10,71%), 2016 com 39690 (10,3%), 2017 com 38882 (10,1%), 2018 com 38498 (10%), 2019 com 38282 (9,93%), 2022 com 36745 (9,53%), 2021 com 35412 (9,18%) e 2020 com 30557 casos (7,93%). Quanto às regiões de notificação, destaca-se a região Sudeste, com 89439 casos (23,20%), seguida pela Nordeste com 53917 (14%), Sul com 50744 (13,16%), Norte com 23688 (6,15%) e Centro-Oeste com 17501 (4,54%), além dos 150169 casos (38,95%) classificados como ignorado/exterior. Especificamente no Sudeste, tem-se um predomínio de notificação no estado de São Paulo, com 53072 casos (59,33%), seguido por Rio de Janeiro com 17486 (19,55%), Minas Gerais com 14880 (16,64%) e Espírito Santo com 4003 (4,48%). Conclusão: A maioria dos pacientes com AIDS foram do sexo masculino, provavelmente por existir uma baixa procura de atendimento médico por parte dessa população, com predomínio no estado de São Paulo. Constatou-se que o ano de 2020 apresentou uma queda significativa de casos notificados, o que pode ser relacionado à pandemia de COVID-19 enfrentada em tal período, já que o isolamento social estabelecido dificultou a transmissão da doença via sexual.
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- 2024
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16. EP-093 - DIFERENÇAS CLÍNICAS E EVOLUTIVAS ENTRE OS SOROTIPOS DA DENGUE: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
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Beatriz de Morais Pereira, Arthur Mota Pinheiro, Poliana Regina de Oliveira da Silva Pinto, and Taísa Almeida Cândido
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A dengue (DEN) é uma arbovirose transmitida por mosquitos do gênero Aedes. Seu agente etiológico é um arbovírus de RNA, com 4 sorotipos capazes de infectar humanos (DENV1, 2, 3 e 4). A clínica da DEN varia de infecções leves, chamadas de febre da dengue (DF), até formas graves, como febre hemorrágica da dengue (FHD) e síndrome do choque da dengue (SSD). Para a Organização Mundial da Saúde, é a arbovirose mais importante do mundo, com incidência elevada nas últimas décadas. Assim, é necessário aprofundar o conhecimento da doença, dados os atuais cenários epidemiológicos e diversidade de sorotipos existentes. Objetivo: Entender a clínica comum a todos os sorotipos da DEN, as manifestações específicas e a gravidade de cada um. Método: Estudo de Revisão Integrativa da Literatura, com uso das bases de dados LILACS (via Portal da BVS), MEDLINE (via PubMed) e biblioteca eletrônica SCIELO, através dos descritores “Dengue” e “Vírus da Dengue” e das palavras ''Dengue'' e “Sorotipo”. Incluíram-se artigos publicados nos últimos 5 anos (2019-2024) nos idiomas inglês, português e espanhol. Excluíram-se revisões, TCC, teses e dissertações. Utilizou-se a ferramenta PRISMA para a triagem das 1378 referências e para a seleção das 54 analisadas. Resultados: 17 artigos citaram as manifestações gerais da DF (febre, cefaleia, mialgia, artralgia, dor retro-orbitária e erupção cutânea, além de sintomas gastrointestinais, respiratórios e neurológicos), da FHD (hemorragia, como melena e hematêmese) e da SSD (choque hipovolêmico com edema e hipotensão). 13 artigos relacionaram sintomas com os sorotipos específicos. A maioria identificou quadros semelhantes entre eles, divergindo em suas intensidades, com destaque para DENV1 com acometimentos oculares; DENV2 e 3 com manifestações musculoesqueléticas, gastrointestinais e neurológicas; e DENV4 com sintomas cutâneos e respiratórios mais expressivos. DENV1 e 2 apresentaram febre branda, enquanto DENV3 e 4, febre alta. Nos exames laboratoriais, DENV2 e 4 apresentaram aumento expressivo de transaminases hepáticas, já DENV2 e 3, redução significativa de hematócrito e plaquetas. Na análise dos aspectos evolutivos, 24 artigos identificaram DENV2 e 3 como responsáveis por quadros de pior prognóstico. Conclusão: A DEN é multissistêmica com clínica ampla. Os casos graves são causados por DENV2 e 3, pois apresentam manifestações clínicas mais intensas. Ademais, poucos artigos relacionaram diretamente o quadro clínico com cada sorotipo, tornando-se necessário mais estudos que abordem o tema.
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- 2024
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17. EP-114 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE 2010 E 2020
- Author
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Arthur Mota Pinheiro and Beatriz de Morais Pereira
- Subjects
Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: As Hepatites Virais (HV) são causadas por diversos agentes etiológicos, com destaque para os vírus da hepatite A, B, C, D e E, os quais, apesar de possuírem afinidade comum pelo tecido hepático, apresentam formas de transmissão distintas e desenvolvem quadros clínico-evolutivos de diferentes gravidades. Considerando que o Sudeste é a região brasileira com maiores índices de HV, especialmente o estado de São Paulo, torna-se importante a realização de um estudo epidemiológico detalhado acerca da transmissão local dessa doença. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das HV no estado de São Paulo entre 2010 e 2020. Método: Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo com base em dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN/DATASUS). Incluíram-se os casos confirmados de HV entre 2010 e 2020 no estado de São Paulo. As variáveis utilizadas foram ano do diagnóstico (2010-2020), sexo (feminino ou masculino), faixa etária (< 1, 1-19, 20-39, 40-59, 60-79 e > 80) e fonte da infecção (Ign/bco, sexual, transfusional, uso de drogas injetáveis, vertical, acidente de trabalho, hemodiálise, domiciliar, tratamento cirúrgico, tratamento dentário, pessoa/pessoa, alimento/água e outros). Resultados: Confirmaram-se 89591 casos, sendo 52607 homens (58,7%) e 36984 mulheres (41,3%). Em relação à faixa etária, predominam pessoas de 40-59 anos, com 44009 casos (49,2%), seguidos de 20-39 anos com 25344 (28,3%), 60-79 anos com 17044 (19%), 1-19 anos com 1891 (2,1%), > 80 anos com 1029 (1,1%) e < 1 ano com 274 casos (0,3%). Quanto à fonte da infecção, destaca-se a sexual, com 12429 casos (13,9%), seguida por uso de drogas injetáveis com 8286 (9,2%), transfusional com 5527 (6,2%), tratamento dentário com 2162 (2,4%), tratamento cirúrgico com 2079 (2,3%), pessoa/pessoa com 1419 (1,6%), domiciliar com 871 (0,98%), alimento/água com 598 (0,66%), vertical com 581 (0,65%), hemodiálise com 234 (0,26%) e acidentes de trabalho com 227 (0,25%), além das 3503 (3,9%) fontes classificadas como “outros” e das 51675 (57,7%) ignoradas. Conclusão: A maioria dos pacientes com HV é do sexo masculino com idade entre 40-59 anos. A forma mais comum de infecção é a via sexual, justificando o fato de a faixa etária mais acometida ser a com vida sexual ativa. Ressalta-se que a escassez de dados da doença no SINAN/DATASUS após 2020 impossibilitou uma análise epidemiológica atualizada, sendo necessária a notificação de casos recentes para a realização de políticas públicas eficazes no controle da infecção.
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- 2024
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18. EP-137 - ANÁLISE DE UMA SÉRIE HISTÓRICA DE MENINGITES EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO NO PARANÁ
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Victória Davanço, Danielle Ruiz Miyazawa Ferreira, Tatiane Selister Barbosa, Natalia Carolina Rodrigues Colom, Herliene de Oliveira Mota, Luiza Rita Pachemshy, and Jaqueline Dario Capobiango
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: Durante a pandemia de Covid-19, outras doenças de transmissão respiratória podem ter sido afetadas. Objetivo: Descrever as características de meningites em adultos, em um hospital universitário do Paraná, no decorrer da pandemia. Método: Estudo transversal, os dados foram obtidos do Sistema de Informações de Agravos e Notificação, de janeiro 2019 a dezembro de 2023. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética, parecer no 4.374.235. Resultados: Foram notificados 1.986 casos de meningite, destes 655 foram confirmados, 374 (57%) com idade de 18 anos ou mais. Destes, 71% de 18 a 59 anos, 60% do sexo masculino, 80% cor branca. Quanto aos agravos associados, 36% (n = 104) foram Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA), 15% hipertensão arterial sistêmica, 8% diabetes mellitus, 11% com traumatismo craniano e 5% com infecções hospitalares. Em 2019, ocorreu um predomínio de meningite por outras bactérias (Acinetobacter spp., Klebsiella spp. e Enterococcus spp.) (n = 29), seguido de meningite asséptica (n = 18). No ano de 2020, foram 20 casos de meningite por outras bactérias e 13 assépticas. Em 2021, predominou meningite viral (n = 31) e por outras bactérias (n = 28). Em 2022, 57 meningites virais e 39 por outras bactérias. Em 2023, 77 meningites por outras bactérias e 38 meningites virais, além de 4 casos de meningite pneumocócica. Entre as 12 PVHA no ano de 2019, a etiologia predominante foi Cryptococcus spp. (n = 4), seguida por Treponema pallidum (n = 2). No ano de 2020, 11 casos, a maioria tuberculosa (n = 4), seguido de 2 casos de meningite por Cryptococcus spp. e 2 casos por Toxoplasma gondii. Em 2021, 25 casos, 11 meningites virais, 7 meningites por Cryptococcus spp. e 6 por tuberculose. Em 2022, 30 casos, 9 virais e 10 por Cryptococcus spp. No ano de 2023, 26 casos, com 6 virais, 6 por Cryptococcus spp. e 8 por outras bactérias não identificadas. A mediana do tempo de internação foi de 93 dias, 72% evoluíram com alta hospitalar, 19% foram a óbito por outras causas, 8% óbito por meningite e apenas 1 paciente continua internado. Conclusão: Em 2020, houve uma diminuição nos casos de meningite, possivelmente relacionada às medidas de isolamento no início da pandemia. Em 2021 começou a aumentar as meningites virais, mas a partir de 2022, ocorreu um aumento significativo no número de casos, associado ao fim do estado de emergência da Covid-19. Destacamos ainda que PVHA foram as mais acometidas por meningites virais e por Cryptococcus spp. nesse período.
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- 2024
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19. EP-148 - ANÁLISE DOS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS PARA HISTOPLASMOSE DISSEMINADA PROGRESSIVA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM ÁREA HIPERENDÊMICA DO BRASIL DE ABRIL/2023 A ABRIL/2024.
- Author
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Matheus Alves de Lima Mota, Marcos Maciel Sousa, Luis Arthur Brasil Gadelha, Italo Oliveira Moura, Pedro Quarantana Alves Cavalcanti, Huckell Holanda de Morais Pinho, Jacó Ricart de Lima Mesquita, Gdayllon Cavalcante Menezes, and Elizabeth de Francesco Daher
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: Histoplasma capsulatum é uma das principais causas de morte em pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). A histoplasmose disseminada progressiva (HDP) é a forma mais grave da doença, oferecendo risco à vida quando não diagnosticada precocemente. A HDP persiste um desafio diagnóstico a despeito de novos métodos. A identificação de H. capsulatum por visualização direta ou cultura confirma o diagnóstico de HDP. O antígeno urinário para Histoplasma (AgU-Histo) reagente reforça o diagnóstico de HDP em PVHA proveniente de área endêmica com quadro clínico compatível. Objetivo: Analisar os métodos diagnósticos utilizados para HDP em pacientes PVHA. Método: Estudo retrospectivo que avaliou PVHA com HDP, diagnosticadas por métodos tradicionais, como visualização direta do fungo ou cultura positiva em creme leucocitário (CL), esfregaço de sangue periférico ou aspirado medular, ou através do AgU-Histo internados no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), em Fortaleza/CE, no período entre abril de 2023 e abril de 2024. Este trabalho faz parte de uma coorte prospectiva de casos de HDP em PVHA aprovado pelo comitê de ética do HSJ (Certificado de Apresentação de Apreciação Ética: 60380022.0.0000.5044). Resultados: Foram identificados 43 PVHA com diagnósticos clínico e laboratorial de HDP. A média T CD4+ foi de 67,5 céls/mm³, com média de nadir de CD4 de 36,4 céls/mm³. A carga viral do HIV foi detectável em 40 pacientes (93%). Vinte (46,5%) tiveram diagnóstico recente de HIV, sem uso prévio de terapia antirretroviral (TARV), 23 (53,4%) já haviam sido expostos a TARV e dois (8,6 %) estavam em TARV. Todos os pacientes tinham algum método diagnóstico positivo, por: visualização direta 26 (60,4%); culturas em 20 (46,5%) pacientes; AgU-Histo (Histoplasma Urine Antigen LFA Test Kit®) em 22 (51,1%). Dos pacientes com AgU-Histo reagente, dez (45%) tinham pelo menos um outro método positivo e em 12 (28%) o diagnóstico laboratorial foi possível apenas com o AgU-Histo. A visualização direta em CL obteve positividade de 60,4%, cultura para fungos, 46,5%, e o AgU-Histo de 45%. CONCLUSÃO: Este estudo revela a diversidade dos métodos diagnósticos na atualidade, mantendo a importância dos métodos microbiológicos. Estes ainda são responsáveis pela maior parte dos diagnósticos de HPD, pela sua disponibilidade e seu custo. O AgU-Histo mostrou-se relevante, pois possibilitou diagnosticar rapidamente a HDP em PVHA, o que reforça a necessidade de ter este teste em áreas endêmicas de H. capsulatum.
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- 2024
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20. EP-187 - SÍFILIS: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA NO ESTADO DE SERGIPE NOS ÚLTIMOS 5 ANOS.
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Edson Santana G. Filho, Luiz F.A. Sales, Maria Carolyne M. Mota, Klecia Santos dos Anjos, Victor H.S. Teles, Kathleen Ribeiro Souza, Jacson J.S.A. Reis, Giovanna Penteado Mamana, Nathalia V.B.T. Aragão, and Matheus Todt Aragão
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A sífilis é uma infecção exclusiva do ser humano, tratável, de caráter sistêmico e crônico, causada pelo Treponema pallidum. O quadro clínico é diverso, podendo variar de uma única lesão ulcerada até o acometimento sistêmico e neurológico, sendo potencialmente fatal. Sua transmissão ocorre principalmente pelo contato sexual desprotegido e de forma vertical. Na gestação, a infecção pode provocar abortamento e malformações congênitas graves. No Brasil, em 2022, foram registrados 213.129 casos de sífilis adquirida, 83.034 em gestantes e 26.468 casos congênitos. Apesar de sua magnitude e transcendência, publicações acerca da doença em algumas regiões do país, como no Nordeste, ainda são escassas. Objetivo: Estudar aspectos epidemiológicos da Sífilis adquirida, gestacional e congênita no estado de Sergipe nos últimos 5 anos (2019-2023). Método: Trata-se de um estudo observacional transversal, de caráter epidemiológico, a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), vinculado ao DATASUS do Ministério da Saúde, sendo utilizados como filtro casos notificados no estado de Sergipe, no período de 2019 a 2023. Resultados: No período analisado (2019 a 2023), ainda não existem dados de 2024, foram notificados ao todo 12.286 casos de sífilis em Sergipe, sendo 6.028 (49%) casos de sífilis adquirida, 4.015 (32,7%) em gestantes e 2.243 (18,3%) sífilis congênita. Observou-se, entre 2019 e 2022, um aumento no número de casos da doença, cerca de 64,5%, corroborando com a tendência observada em publicações recentes. O número de casos de sífilis gestacional notificados entre 2019 e 2020 chegou a 3.832, a despeito de todo o empenho dedicado à triagem neonatal da doença. Já entre 2021 e 2023, houve uma predominância de casos de sífilis adquirida, totalizando 4.833 notificações, estando de acordo com a tendência nacional de aumento das infecções sexualmente transmissíveis (IST). No entanto, o ano de 2023 registrou uma redução expressiva no número de casos de sífilis, com queda de aproximadamente 50% das notificações da sífilis congênita e gestacional, e uma queda de mais de 60% de sífilis adquirida. Conclusão: A notificação de casos de sífilis vem aumentando nas últimas décadas em todo o país e o estado de Sergipe não é exceção. No estado, observou-se um aumento do número de casos entre 2019 e 2022, porém, a partir de 2023 observou-se uma queda importante na notificação de todas as formas da doença.
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21. EP-211 - USO DE AMPICILINA-SULBACTAM EM DOSE AUMENTADA PARA TRATAMENTO DE ACINETOBACTER SPP
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Leticia Mota Silva, Flavia Dias de Oliveira, Matheus Soares Baracho, Douglas Otomo Duarte, Jonas Atique Sawazaki, and Ricardo de Souza Cavalcante
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: As infecções causadas por Acinetobacter spp apresentam importante relevância no cenário sanitário atual devido a sua gravidade e ao seu restrito arsenal terapêutico. Objetivo: Avaliar o desfecho clínico do uso de ampicilina-sulbactam (AMS) em dose aumentada em pacientes com infecção por Acinetobacter spp. Método: Foi conduzido um estudo retrospectivo de uma pequena coorte de 21 pacientes com infecção por Acinetobacter spp confirmadas por cultura, internados entre janeiro de 2020 e dezembro de 2023 em um hospital de ensino, dos quais 7 receberam tratamento com AMS 9 g ao dia (AMS-9) e 14 dose padrão (AMS-p), associado ou não a outros antimicrobianos. O diagnóstico das infecções foi realizado conforme as definições da ANVISA. Dados clínicos, epidemiológicos, laboratoriais e terapêuticos foram obtidos dos prontuários dos pacientes. Variáveis categóricas foram analisadas pelo teste Exato de Fisher e as contínuas pelo teste U de Mann-Whitney, sendo estas apresentadas como mediana e intervalo interquartil. Foram consideradas significativas variáveis com valores de p menores que 0,05. Resultados: No geral, a mediana de idade foi de 45 anos [36 – 56], 52,4% eram do sexo masculino. A mediana do escore de Charlson foi de 1 [0 – 2] e NEWS2 de 4 [1 – 7]. A mediana do tempo de internação foi de 40 dias [21 – 74]. A infecção mais frequente foi pneumonia hospitalar (28,6%), seguido de infecção primária de corrente sanguínea (19,1%), infecção de pele e partes moles (19,1%), infecção do trato urinário (14,3%), osteomielite (14,3%) e infecção de sistema nervoso central (4,8%). Um terço dos pacientes necessitou de internação em terapia intensiva. Houve predomínio da terapia combinada em ambos os grupos. Não se observou diferenças destes parâmetros entre os 7 pacientes tratados com AMS-9 e os 14 com AMS-p, exceto pelo escore de Charlson, que foi menor no primeiro grupo (0 [0 -1] vs. 1 [1 – 2], p = 0,01), e a resistência à amicacina (100,0 vs. 21,4%; p = 0,001) e a carbapenêmicos (100,0 vs. 28,6%; p = 0,001) que foi maior para AMS-9. A taxa de óbito não diferiu entre AMS-9 e AMS-p [28,6 vs. 21,4%; OR = 1,43 (0,13 – 12,87), p = 0,73]. Conclusão: O uso de AMS em dose aumentada não apresentou melhora no desfecho clínico dos pacientes. No entanto, a casuística observada é pequena e apresenta certas diferenças que podem ter interferido nesta avaliação. Futuros estudos são necessários para uma melhor compreensão deste manejo de infecções graves por Acinetobacter spp.
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22. EP-229 - ATRASO DIAGNÓSTICO NA PARACCIDIOIDOMICOSE SEGUIDO DE DISSEMINAÇÃO DA DOENÇA: RELATO DE CASO.
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Matheus Soares Baracho Ramos, Letícia Mota Silva, and Ricardo de Souza Cavalcante
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica, endêmica da América Latina, causada por fungos do gênero Paracoccidioides. A forma crônica é a mais prevalente e se caracteriza pelo elevado comprometimento de pulmões, pele e mucosas. O diagnóstico precoce evita formas graves da doença, impedindo sua disseminação para outros órgãos como adrenais e sistema nervoso central (SNC). Objetivo: Este estudo objetivou alertar sobre o grave comprometimento que a PCM pode apresentar em situação de atraso diagnóstico. Método: Foi conduzido um relato de caso, em que os dados do paciente foram obtidos do prontuário médico. Resultados: Paciente de 54 anos, sexo feminino, procedente de Laranjal Paulista–SP, apresentava quadro de tosse com escarro esbranquiçado, febre noturna esporádica e perda ponderal de 12 kg em dois anos. Na atenção primária à saúde, foi investigada apenas com radiografia simples de tórax e considerado hipótese de tuberculose pulmonar, sendo introduzido rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, o qual fez uso por 2 meses e depois rifampicina e isoniazida por mais 4 meses. Apresentou melhora discreta do quadro clínico. Ao final deste tratamento, evoluiu com cefaleia súbita e intensa e parestesia global. Encaminhada ao serviço terciário onde realizou tomografia computadorizada de tórax que revelou lesões consolidativas em lobo superior direito, algumas escavadas, compatível com processo granulomatoso e nódulos sólidos. A ressonância nuclear magnética de encéfalo identificou três formações expansivas com área central de necrose e, ou, liquefação em lobo occipital esquerdo e direito e lobo parietal sugestivas de lesão granulomatosa ou neoplasias secundárias. A paciente foi submetida a biopsia a céu aberto das lesões encefálicas cujo exame micológico direto e cultura revelaram ser PCM. Paciente recebeu tratamento com anfotericina B complexo lipídico seguido da associação sulfametoxazol-trimetoprim com boa resposta clínica. Conclusão: Este caso alerta para a necessidade de um diagnóstico mais precoce da PCM. A paciente foi erroneamente tratada por seis meses para tuberculose, quando somente recebeu devida investigação diagnóstica após apresentar o comprometimento do SNC. Pacientes que residem em áreas endêmicas da PCM e apresentam quadro respiratório crônico necessitam de investigação para esta micose e instituição do tratamento antes que haja evolução para formas graves da doença.
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23. EP-246 - TUBERCULOSE GENITAL EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO
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Juliana Cazarotto, Gabriel Ramalho de Jesus, Ana Carolina Deoliveira Mota, and Gilberto Gambero Gaspar
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A tuberculose (TB) é causada através da infecção pelo Mycobacterium tuberculosis, tendo sua principal apresentação a forma pulmonar. Cerca de 10% dos casos apresentam-se como tuberculose extrapulmonar, e dentre eles, 30% acometem trato geniturinário (TGU). Neste contexto, pela dificuldade de identificação da forma urogenital da TB, o diagnóstico costuma ser tardio, podendo gerar sequelas. Objetivo: Este relato busca destacar o diagnóstico de TB genital masculina por métodos não invasivos através da associação de parâmetros clínicos, de imagem e TB-TRM na urina. Método: Relato de caso. Resultados: A seguir segue o caso de homem 38 anos, morador de área livre, apresenta tosse secretiva e perda de peso há 1 mês, associado a aumento testicular bilateral e alteração comportamental (agitação, agressividade e alucinações). No exame físico, visto nodulações sólidas móveis em região de epidídimo esquerdo com cerca de 2 cm e micronódulos sólidos móveis em região de epidídimo direito. Realizado radiografia de tórax com achado de padrão micronodular difuso bilateral. Teste sorológico para HIV negativo. Realizado Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TB-TRM) no escarro com resultado positivo sensível à rifampicina, estabelecendo diagnóstico de Tuberculose Miliar. Também solicitado tomografia de crânio que demonstrou realce de leptomeninges e líquor com linfocitose, proteína elevada, glicose reduzida e TB-TRM negativo. Para avaliação da lesão epididimal, foi solicitado ultrassom de testículos mostrando epidídimos difusamente espessados, com aumento de suas dimensões e heterogêneos à custa de imagens císticas e hipoecoicas de permeio, mais evidente à esquerda. Coletado urina da manhã com TB-TRM positivo, sugerindo o diagnóstico de tuberculose epididimal. Desta forma, iniciado tratamento de Tuberculose com esquema básico (Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol) associado a dexametasona pela presença de acometimento de sistema nervoso central. Paciente evoluiu com melhora geral do quadro clínico. Conclusão: Na TGU masculina, a epididimite é a apresentação mais comum surgindo na forma de nodulações escrotais ou endurecimento epididimal e a suspeita é baseada em sintomas e epidemiologia. O diagnóstico é realizado através da detecção do bacilo da tuberculose no material de biópsia ou na urina da manhã, seja por meio de cultura ou TB-TRM. Exames de imagem também são realizados para descartar envolvimento de outros locais do trato genitourinário, avaliar possíveis complicações e investigar outras causas.
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24. EP-324 - PAPEL DO TRATAMENTO CIRÚRGICO NA TUBERCULOSE DROGA RESISTENTE: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
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Ana Carolina de Oliveira Mota, Frederico Martins Oliveira, Ana Paula Freitas B. dos Santos, Gilberto Gambero Gaspar, Cinara Silva Feliciano, Fernanda Guioti Puga, Federico E. Garcia Cipriano, Li Siyuan Wada, and Valdes Roberto Bollela
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A tuberculose droga resistente (TB DR) é um problema de saúde pública, considerando-se as dificuldades diagnósticas e terapêuticas além das elevadas taxas de morbimortalidade. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo descrever o relato de um caso cujo o papel da abordagem cirúrgica no tratamento da TB DR foi fundamental e realizar uma breve revisão da literatura. Método: Descrição de relato de caso e revisão de literatura. Resultados: Mulher, 55 anos, diagnosticada com tuberculose (TB) em 2017. Realizou tratamento com esquema padrão (rifampicina/isoniazida/pirazinamida/etambutol) por 9 meses devido à persistência de sintomas e baciloscopias/culturas positivas. O teste de sensibilidade revelou resistência à rifampicina/isoniazida. Fez uso de múltiplos esquemas de tratamento, porém sempre com falha terapêutica. A tomografia de tórax demonstrou extensa destruição do lobo superior esquerdo e acometimento do lobo inferior esquerdo, com pulmão direito preservado. Quatro anos após o diagnóstico, foi submetida à pneumectomia esquerda considerando-se a extensa destruição parenquimatosa. Um mês após o procedimento, pela primeira vez, houve negativação dos exames microbiológicos e melhora clínica. Dois meses após, iniciou esquema com bedaquilina e delanamida, associados a clofazimina, linezolida, moxifloxacina e etionamida. Realizou esta a fase de ataque por 6 meses, seguidos de 12 meses de fase de manutenção com etionamida, clofazimina e linezolida. Paciente com cura clínica e microbiológica há 10 meses. Conclusão: Dado as taxas de insucesso do tratamento medicamentoso nos casos de tuberculose multidroga resistente (TB MDR) e de resistência extensiva (TB-XDR), a terapia de ressecção cirúrgica se destaca com uma opção considerável no contexto de refratariedade e grau de extensão das lesões pulmonares. Estudos indicam que o sucesso do procedimento cirúrgico varia entre 75%-100%. A ressecção das áreas acometidas permite controle da carga bacilífera levando a melhora do quadro infeccioso, redução de recorrência e de complicações. A literatura sugere terapêutica cirúrgica coadjuvante para os casos de TB MDR e TB XDR nas seguintes circunstâncias: cultura de escarro persistentemente positiva após 4-6 meses de terapêutica e cavitações pulmonares localizadas, TB XDR não curada com terapia medicamentosa exclusiva e presença de complicações como hemoptise maciça. A associação entre tratamento cirúrgico e clínico pode ser a solução para casos complexos onde há grandes falhas associadas as terapias farmacológicas.
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25. EP-363 - MUCORMICOSE EM PACIENTES INFECTADOS PELO SARS COV-2
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Lourdes Helena Rabelo Dias, Cecília Secchin de Jesus, Igor Mota Andrade, Ana Júlia Oliveira Freitas, Claymara Santana Fanti, and Iris Ricardo Rossin
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A mucormicose é uma infecção fúngica invasiva cuja maior incidência pode ser observada em pacientes infectados pelo SARS- COV- 2 durante a pandemia de COVID-19. O processo de infecção viral promove graus variáveis de comprometimento imunológico com inflamação desregulada, com perda de células reguladoras como linfócitos T CD4 e CD8. Pacientes com quadros graves de COVID-19 internados em UTI para uso de ventilação mecânica e com internação prolongada são mais propensos a desenvolver infecções fúngicas secundárias, sendo que a mucormicose pode causar quadros clínicos invasivos com elevada gravidade e desfechos desfavoráveis. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática é analisar de forma crítica e verídica as publicações científicas atuais que relatam a ocorrência de coinfecção entre mucormicose e SARS- COV-2 durante a pandemia de COVID-19, e realizar um levantamento de dados sintetizando as principais informações sobre prevalência, fatores de risco associados, tratamento adequado e prognóstico. Método: Revisão de onze artigos publicados em revistas e jornais médicos, nos últimos cinco anos, nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e MedLine. Foram incluídos artigos em idioma português e inglês e utilizado o marcado boleano “AND”. Resultados: Os dados atuais publicados na literatura relatam um aumento nos casos de murcomicose no ano de 2020 em relação ao ano anterior, quando ainda não havia sido descrita a pandemia. Além disso, indivíduos infectados pelo SARS-COV-2 e que recebem corticosteroides sistêmicos sem indicação ou de forma indiscriminada, e/ou que têm histórico de diabetes mellitus não controlado são mais propensos a desenvolver manifestações graves de murcomicose pós infecção por SARS- COV- 2. Conclusão: A revisão de diversos estudos permitiu observar que existe uma associação clara entre a COVID-19 e mucormicose, sendo relatados desfechos com mau prognóstico, principalmente em pacientes diabéticos e naqueles que receberam corticosteroides em altas doses. A suspeita diagnóstica precoce e a investigação propedêutica adequada são decisivas para a terapêutica direcionada e assertiva, uma vez que podem melhorar os índices de sobrevida dos indivíduos acometidos pela mucormicose em vigência da coinfecção por SARS-COV-2.
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26. EP-369 - HIDROCEFALIA OBSTRUTIVA INTERMITENTE DE CISTO ÚNICO DE NEUROCISTICERCOSE RACEMOSA EM QUARTO VENTRÍCULO CEREBRAL - RELATO DE CASO
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Alessa de Andrade Santana, Júlia Domingues Gatti, Matheus Oliveira Povoa, Henrique C.R. Aquino Santos, and Alexandre Mota Mece
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A Neurocisticercose (NC) é a principal doença parasitária do SNC e é endêmica no Brasil. Apresenta-se na forma intraparenquimatosa e racemosa, sendo um desafio diagnóstico devido à sua gama de apresentação (epilepsia, déficits focais, meningoencefalite crônica, hipertensão intracraniana). Destacamos um caso de sucesso na ressecção cirúrgica de cisto intraventricular (IV) com confirmação histopatológica. Objetivo: Relatar caso de apresentação menos comum de NC e suas repercussões clínicas e de tratamento. Método: Relato de caso, revisão de prontuário e literatura. Resultados: : Mulher, 29 anos, há 01 dia com cefaleia, náuseas, vômitos, pico subfebril, rigidez de nuca e rebaixamento súbito do nível de consciência (ECG 9) é admitida em sala de emergência. Evidenciado em TC de crânio sistema ventricular com dilatação supratentorial e transudação liquórica, sugestivos de hipertensão intracraniana (HIC). Devido à impossibilidade de coleta de líquor cefalorraquidiano (LCR) num primeiro momento, é conduzida como meningoencefalite bacteriana/viral, com ceftriaxona, aciclovir e vancomicina. Evolui em poucas horas com melhora completa de sintomas. Em ressonância magnética de crânio, visto sinais de HIC com ectasia do III e ventrículos laterais, sem sinais de herniação, além de formação com componente cístico e nodular de permeio em 4° ventrículo com extensão caudal ocupando parte do forame de Magendie e de Luschka. Coleta de LCR evidenciou 26 leucócitos (sem diferencial), proteína de 43 e glicose de 84. Sorologia para cisticercose positiva no LCR (IgG Taenia solium e imunofluorescência indireta reagentes). Encaminhada para remoção cirúrgica (craniotomia suboccipital até forame magno). Anatomopatológico evidenciou Cisticerco Celullosae, com scolex e membrana. Teve alta sete dias após a cirurgia, assintomática. Conclusão: A NC extraparenquimatosa IV é menos comum (10 a 20% dos casos). Pode ser assintomática por anos, até ocorrer obstrução pelo cisto que se aloja em área de drenagem, desencadeando hidrocefalia por obstrução do aqueduto de Sylvius ou forame de Magendie e de Luschka. O tratamento da NC depende da sua localização. A forma IV com cistos não aderentes denota remoção cirúrgica se acesso possível. Caso cistos aderentes ou não passíveis de remoção, sugere-se derivação liquórica seguida de antiparasitário e corticoterapia. Este caso expõe a relevância de se considerar NC nos diagnósticos diferenciais de hidrocefalia obstrutiva, bem como conhecer as propostas de tratamento com base em evidência médica.
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27. EP-429 - RETORNO FINANCEIRO DO INVESTIMENTO EM PREVENÇÃO DE INFECÇÕES CIRÚRGICAS EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA ORTOPÉDICAS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
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Raquel Bandeira da Silva, Gabrielle Adriane Mota, Thiago Carvalho Gontijo, Braulio R.G.M. Couto, Glauco Sobreiro Messias, Ana Carolina Morganti, Ana Paula Ladeira, Laila Gonçalves Machado, Barbara Lenoir Rabelo, and Mauro José Costa Salles
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) é responsável por executar ações visando prevenir infecções hospitalares (IRAS). Objetivo: Estimar a economia gerada com a redução de infecções cirúrgicas (ISC), especificamente em procedimentos ortopédicos, e responder à pergunta: “Quanto um hospital ganha com os investimentos feitos em SCIH?”. Método: Coorte de cirurgias ortopédicas realizadas entre janeiro de 2019 e setembro de 2023 (Artroplastia de joelho, Artroplastia de quadril, Redução aberta de fratura). Os impactos da ISC em pacientes submetidos a estes procedimentos, em termos de risco de óbito e tempo de internação, foram estimados com base em dados coletados entre 2019 e 2022. Já o custo de cada infecção foi obtido de trabalhos da literatura, variando de R$ 38.062 e R$ 68.495. Principais intervenções do SCIH, implementadas a partir de abril de 2022: ATB no cimento ortopédico; Swab de aureus para vigilância; antibióticos de espectro estendido (cefuroxima com gentamicina) para profilaxia para pacientes com maior risco de ISC pós-operatória; repique intraoperatório quando necessário; auditaria de procedimentos cirúrgicos utilizando a equipe de controle de prevenção de infecções; boas p´raticas em sala curúrgica. Resultados: Avaliados de janeiro de 2019 a dezembro de 2022, 4.258 pacientes foram submetidos a cirurgias ortopédicas: AQ (11%), AJ (9%), redução aberta de fratura (80%). Destes, 2.439 eram mulheres (57%), 1.819 homens (43%), idade média e mediana de 51 anos, dp de 21 anos. Mortalidade de 1,6%, e taxa de ISC 5,6%. A ISC elevou o risco de mortalidade em mais de duas vezes RR 2,5, valor de p 0,014. A ISC foi associada à hospitalização prolongada; o tempo médio de permanência duplicou com infecção (18,2 dias) em comparação com sem infecção (9 dias), valor de p: 0,001. Comparando os riscos de infecção de 2019-2022 (5,6%) com 2023 (1,4%) após o investimento em controle de infecção, demonstrou-se uma redução do risco. Risco relativo (0,25) valor de p < 0,001. Conclusão: As ISC em cirurgias ortopédicas representam riscos duplos, aumentando readmissões e prejudicando o desempenho hospitalar. Investir na redução de ISC melhora o cuidado ao paciente, a segurança e proporciona retornos financeiros significativos. Este estudo destaca o retorno sobre o investimento (ROI) da prevenção de infecções, especialmente direcionado às infecções cirúrgicas ortopédicas. Prevenir ISC pode resultar em economias mensais de R$142.706,10 a R$256.797,91.
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28. EP-428 - MAXIMIZANDO O VALOR NA SAÚDE PÚBLICA: AVALIANDO O RETORNO FINANCEIRO DO INVESTIMENTO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES CIRÚRGICAS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE ENSINO QUE ATENDE EXCLUSIVAMENTE PACIENTES PÚBLICOS
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Raquel Bandeira da Silva, Gabrielle Adriane Mota, Thiago Carvalho Gontijo, Laila Gonçalves Machado, Glauco Sobreira Messias, Gabriel Costa Colen, Barbara Lenoir Rabelo, Braulio R.G.M. Couto, Ana Paula Ladeira, and Mauro José Costa Salles
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: Iniciativas baseadas em valor estão se tornando cada vez mais importantes como modelos estratégicos de gestão em saúde. A redução das taxas de infecção associada à assistência à saúde (IRAS), especialmente nas infecções de sítio cirúrgico (ISCs), tem sido atribuída ao desenvolvimento de programas de prevenção de infecções (PPI). Objetivo: Avaliar custo/benefício de investimentos contínuos na prevenção de ISCs, estimando o impacto destas infecções na lucratividade hospitalar. Método: Estudo de coorte retrospectivo de centro único, conduzido entre janeiro de 2019 e setembro de 2023, envolvendo pacientes submetidos a artroplastia, cirurgias de intestino delgado, colecistectomia, herniorrafia e redução de fraturas abertas. A definição de ISC seguiu os critérios estabelecidos pelo CDC/ANVISA. O custo de cada infecção foi obtido na literatura. O estudo comparou a incidência de ISC entre 2019-2022 versus 2023. O hospital implementou um Escritório de Valor em Saúde em 2022 para acelerar a disseminação do atendimento em saúde baseado em valor, com foco no PPI, incluindo medidas para prevenir ISCs: máxima aderência à profilaxia antimicrobiana, feedback sobre a taxa de ISC para a equipe cirúrgica com análise de causa raiz, auditoria de procedimentos cirúrgicos, reforço das boas práticas na sala de cirurgia e melhoria do centro de materiais e esterilização. Resultados: Durante o período basal (Jan/2019 - Dez/2022), foram incluídos 9.235 pacientes, sendo 59% mulheres e uma idade média de 51 anos. 368 foram diagnosticados com ISC, com taxa de mortalidade de 1,4%. Quando ocorre uma ISC, o tempo de internação é significativamente maior (p = 0,001) e o risco de morte dobra (RR = 2,1; p = 0,033). Houve redução de 64% nas taxas de ISC, de 4% em 2019-2022 para 1,4% em 2023. Isso se traduz em 63 infecções prevenidas e 2 mortes a menos. O estudo atribui esse sucesso às medidas preventivas implementadas, pois não houve diferença significativa em termos de duração da cirurgia (p = 0,411) e idade dos pacientes em cada grupo (p = 0,843). Além disso, a redução na taxa de ISC levou a estadias hospitalares mais curtas e economia mensal entre R$ 260.800 e R$ 469.327. Conclusão: As ISCs não apenas contribuem para readmissões, mas também impactam no desempenho do hospital. Investir em intervenções destinadas a reduzir infecções é essencial para melhorar o cuidado e a segurança do paciente. Este estudo destaca o retorno financeiro significativo associado ao investimento na prevenção de infecções.
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29. EP-467 - INFECÇÃO POR ELEZABETHKINGIA MENINGOSEPTICA RELACIONADA À CIRURGIA DE COLUNA: RELATO DE CASO DE UM PATÓGENO EMERGENTE
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Nathalia V.B.T. Aragão, Edson S.G. Filho, Maria C.M. Mota, Giovanna C.F. Almeida, Jacson J.S.A. Reis, Klecia Santos dos Anjos, Victor H.S. Teles, Luiz F.A. Sales, Giovanna Penteado Mamana, and Matheus Todt Aragão
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A Elizabethkingia meningoseptica é um patógeno que pode colonizar dispositivos médicos, sendo responsável por infecções relacionadas à assistência de saúde. Pode causar infecção em pacientes com múltiplas comorbidades e em internamento prolongado e frequentemente mostra-se resistente a diversos antimicrobianos, não havendo um consenso sobre o seu perfil de suscetibilidade, nem um regime terapêutico ideal. Objetivo: Descrever um caso de infecção por E. meningoseptica relacionada à uma cirurgia de coluna, no intuito de contribuir para caracterização desse microorganismo emergente. Método: Trata-se de um estudo descritivo que relata infecção por Elizabethkingia meningoseptica em um paciente submetido a artrodese de coluna torácica. Resultados: Sexo masculino, 11 anos, branco, natural de Aracaju (SE), portador de leucoencefalopatia com substância branca evanescente (LSBE) e escoliose neuromuscular grave secundária, foi submetido à artrodese de coluna torácica em junho de 2022, sendo reabordado em janeiro de 2023. Em novembro de 2023, evoluiu com lesão por pressão em região torácia posterior que, após desbridamento, revelou exposição de componente da haste metálica, tendo sido tratado com coberturas com prata e antibioticoterapia empírica com Levofloxacina enteral. Devido a não cicatrização da lesão, em janeiro de 2024, foi realizado desbridamento e remoção da haste metálica exposta, sendo o material enviado para cultura automatizada, havendo crescimento de E. meningoseptica multidroga resistente (MDR), porém com boa sensibilidade às sulfonamidas. Realizou antibioticoterapia com Sulfametoxazol-Trimetoprima 10 mg/Kg/dia via intravenosa por 14 dias, sendo posteriormente, em março de 2024, submetido à reconstrução de parede torácica com retalho miocutâneo, cursando com cicatrização completa. Conclusão: O estudo corrobora com perfil clínico encontrado na literatura, sendo o paciente portador de comorbidades graves, submetido a múltiplos procedimentos e internações, tendo feito uso de diversos antimicrobianos, incluindo drogas de amplo espectro. Quanto ao perfil de resistência antimicrobiana, a literatura é heterogênea. É sabido que a E. meningoseptica é naturalmente resistente aos Beta Lactâmicos e sensível a antibióticos efetivos contra bactérias Gram-positivas. No relato foi observado resistência aos beta lactâmicos, incluindo Piperacilina/Tazobactan e Carbapenens, porém com boa sensibilidade à Sulfametoxazol-Trimetoprima.
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30. EP-469 - FURUNCULOSE GRAVE EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: UM RELATO DE CASO
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Giovanna Catherine Freitas Almeida, Matheus Todt Aragão, Nathalia V.B. Todt Aragão, Edson Santana Gois Filho, Klécia Santos dos Anjos, Maria Carolyne de Mendonça Mota, Giovanna Penteado Mamana, Ana Vitoria Góis de O. Rabelo, Maria Eduarda de A. Oliveira, and Jacson J.S.A. dos Reis
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: As manifestações clínicas da infecção pelo Staphylococcus aureus podem variar desde lesões cutâneas sem gravidade até choque séptico. A furunculose é, geralmente, uma infecção autolimitada, comprometendo áreas recobertas por pêlos, como a face, axilas e nádegas. Sabe-se que sua frequência e gravidade estão relacionadas a fatores ambientais, a fatores inerentes ao patógeno e a fatores individuais, como a baixa resistência imunológica. Objetivo: Relatar um caso de furunculose em paciente imunocompetente evoluindo de forma desfavorável, a despeito do tratamento adequado. Método: Relato de caso. Resultados: Mulher, 28 anos, previamente hígida. Descreve que, há 1 mês, observou lesões maculo-papulares pequenas e dolorosas, evoluindo para pústulas, em tronco e membro inferior direito. Relata que uma das lesões, em região infraumbilical, evoluiu com enduramento, nodulação e ponto de flutuação. Procurou dermatologista, sendo prescrito Amoxicilina/Clavulonato por 7 dias e analgésicos, sem melhora. Foi encaminhada ao infectologista, sendo prescrito novamente Amoxicilina/Clavulonato, por 10 dias, cursando com piora, sendo então receitada Clindamicina por 14 dias associada à descolonização com Mupirocina. Foram solicitados exames, revelando apenas discreta leucocitose. Cursou com melhora discreta da lesão, sendo que, 9 dias após o início da Clindamicina, evoluiu com drenagem espontânea de exsudação purulenta volumosa. Foi realizado debridamento cirúrgico, sendo mantida antibioticoterapia. A cultura do material coletado não evidenciou crescimento bacteriano. Houve, então, regressão lenta da lesão, sendo observada melhora significativa apenas após 3 semanas, com formação de cicatriz distrófica. Conclusão: Foi descrita uma infecção de pele/partes moles em uma paciente jovem e sem fatores de risco, evoluindo com resistência ao tratamento, necrose e ulceração profunda. Salienta-se a má resposta à antibioticoterapia estendida, a despeito do uso de Amoxicilina + Clavulanato e, posteriormente, de Clindamicina. Presume-se que o agente etiológico envolvido tenha sido o S. aureus, porém a cultura não foi capaz de revelar a etiologia, provavelmente pelo uso prévio de antibiótico. Por fim, ressalta-se que uma infecção frequentemente benigna e autolimitada, mesmo em um paciente sem fatores de risco, pode evoluir de forma agressiva e refratária ao tratamento adequado, devendo o médico assistente estar atento a essa evolução atípica e potencialmente grave.
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- 2024
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31. EP-471 - EVOLUÇÃO DE LEPTOSPIROSE PARA PANCREATITE AGUDA: RELATO DE CASO
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Giovanna Catherine F. Almeida, Luciana Maria Prado Gomes, Jairo Joaquim dos Santos Junior, Edson Santana Gois Filho, Nathalia V.B. Todt Aragão, Matheus Todt Aragão, Klecia Santos dos Anjos, Maria Carolyne de Mendonça Mota, Giovanna Penteado Mamana, and Kathleen Ribeiro Souza
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A leptospirose é uma antropozoonose de distribuição mundial, sendo considerada uma doença negligenciada e um grave problema de saúde pública. Apresenta manifestações variáveis, podendo ser potencialmente letal. A Síndrome de Weil acontece em 5-10% dos casos e é a manifestação clássica da leptospirose grave. A doença pode causar envolvimento difuso de vários órgãos secundário à vasculite, no entanto, o envolvimento do pâncreas é considerado incomum. Objetivo: Relatar um caso de leptospirose que evoluiu com pancreatite aguda. Objetivo: Relatar um caso de leptospirose que evoluiu com pancreatite aguda. Método: : Foi realizada busca ativa por meio de anamnese e prontuário eletrônico do paciente. Resultados: : Paciente do sexo masculino, 49 anos, iniciou quadro de febre, mialgia, cefaléia, dor abdominal, êmese e tosse seca, sendo atendido em pronto atendimento, medicado e liberado. Cursou com episódio de síncope, sendo então hospitalizado. Evoluiu com agravamento do quadro, apresentando insuficiência renal aguda e suspeita de pancreatite, sendo transferido para o Hospital de Urgência do Estado de Sergipe e, logo em seguida, admitido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na admissão na UTI, encontrava-se em mau estado geral, com exantema petequial, febril, ictérico, febril, desidratado, taquicárdico e hipoxêmico. A ausculta respiratória evidenciava murmúrio vesicular reduzido em todo hemitórax direito e crepitações em base esquerda. O abdome se encontrava difusamente doloroso mas flácido. Foi aventada a hipótese de leptospirose, confirmada por sorologia, e de pancreatite aguda, confirmada laboratorialmente, sendo iniciada hidratação parenteral vigorosa e Ceftriaxona, posteriormente escalonado para Piperacilina + Tazobactan, não sendo indicada terapia dialítica. Evoluiu com alta hospitalar após 20 dias da admissão. Conclusão: Este relato de caso destaca a importância do reconhecimento precoce da leptospirose e de suas complicações. A apresentação clínica inicial foi inespecífica, porém a evolução com insuficiência renal e o contexto epidemiológico levaram à suspeita do diagnóstico. A pancreatite é considerada uma complicação incomum da leptospirose, embora hajam relatos na literatura. Dor abdominal e icterícia são os principais achados do envolvimento pancreático, sendo o diagnóstico confirmado com auxílio de exames laboratoriais e radiológicos. O caso descrito saliente a gravidade da zoonose e expõe uma complicação pouco frequente.
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- 2024
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32. SUBNOTIFICAÇÕES DO HCV EM INDIVÍDUOS QUE VIVEM COM HIV‐1: UMA REALIDADE NO EXTREMO SUL DO BRASIL.
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Basso, Rossana Patricia, Dias da Mota, Luísa, Silveira, Jussara, Cecília Pinguello, Eduarda, Arantes Gonçalves, Ana Clara, Nader, Maíba, V. Hamilton, Clarice Ana Dalla, Salles Santos, Gerson, Machado Santos, Deise, de Farias Wille, Daniele, and Finger-Jardim, Fabiana
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- 2018
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33. PARACOCCIDIOIDOMICOSE AGUDA COM HIPEREOSINOFILIA: RELATO DE CASO.
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Silva Neto, Luiz Alves and Mota Carvajal, Deborah Lopes
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- 2018
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34. RELATO DE CASO: ESPOROTRICOSE HUMANA, UMA ZOONOSE EMERGENTE?
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Aguillar Gomes, Laís, Baz Lauretto, Ana Clara, Cristina Gales, Ana, Mota, Vivian, and Santos Gonçalves, Sarah
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- 2018
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35. PERFIL MOLECULAR DA INFECÇÃO PELO PEGIVÍRUS HUMANO (HPGV‐1) EM INDIVÍDUOS QUE VIVEM COM HIV‐1 NO EXTREMO SUL DO BRASIL.
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Basso, Rossana Patrícia, Dias da Mota, Luísa, Moss da Silva, Claudio, Finger-Jardim, Fabiana, Nader, Maiba, Vitola Gonçalves, Carla, Silveira, Jussara, Alves Soares, Marcelo, Pousada da Hora, Vanusa, Yumaira Sánchez-Luquez, Karen, Nunes Germano, Fabiana, and Maria Barral de Martinez, Ana
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- 2018
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36. Frequency of adverse events associated to antiretroviral drugs in patients starting therapy in Salvador, Brazil.
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Vendruscolo, Ornela, Majdalani, Mateus, Mota, Rafael, Luz, Estela, and Brites, Carlos
- Published
- 2015
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37. ANÁLISE IN SILICO DA DISTRIBUIÇÃO DE MECANISMOS DE RESISTÊNCIA À ANTIMICROBIANOS E BIOCIDAS EM CENTENAS DE ISOLADOS CLÍNICOS E NÃO-CLÍNICOS PSEUDOMONAS
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João Pedro Vasques da Conceição and Fabio Faria da Mota
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Pseudomonas Antimicrobianos Biocidas Resistência ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: Pseudomonas é um gênero de bactérias Gram negativas com mais de 300 espécies que colonizam diversos ambientes. Entre estas, a espécie P. aeruginosa é a de maior relevância na clínica médica, especialmente em infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), sendo responsável por mais de 559 mil óbitos no ano de 2019 (Antimicrobial Resistance Collaborators, 2022). Infecções persistentes e recorrentes por esta bactéria ocorrem principalmente em pacientes com fibrose cística, imunocomprometidos, ou sob ventilação mecânica e antibioticoterapia. A existência de cepas multirresistentes à diferentes classes de antibióticos, como aminoglicosídeos, quinolonas e até mesmo cepas resistentes a carbapenens dificulta o tratamento. A persistência nos hospitais é agravada devido a presença de genes que lhe conferem também resistência aos biocidas utilizados na desinfecção destes ambientes. Objetivos: Avaliar a distribuição, em isolados clínicos e não-clínicos, de genes de resistência aos antimicrobianos e biocidas em Pseudomonas. Métodos: Dados ômicos de mais de 800 Pseudomonas spp. separadas em isolados clínicos (36%) e não clínicos (64%), foram consultados nas bases de dados RefSeq e BioSample do NCBI. Para a análise de resistência à antimicrobianos foi utilizada a base de dados ResFinder, enquanto para a análise de resistência à biocidas foi utilizada a base de dados BacMet e BLAST. Resultados: Foram encontrados quase cem genes distintos que conferem resistência à diferentes classes de antibacterianos: beta-lactâmicos (48.4%), aminoglicosídeos (27.2%), trimetoprima (11.1%), macrolídeos (4.4%), fosfomicina (3.3%), fenicol (3.3%) e sulfonamida (2.2%). Entre estes, 4 foram fortemente correlacionados à clínica, sendo identificados em mais de 80% dos isolados clínicos e em menos de 10% dos isolados não-clínicos. Outros 70 genes foram encontrados apenas em isolados clínicos, porém com baixa prevalência, 4 isolados ou menos. Em relação aos biocidas, foram encontrados cerca de 50 genes que conferem resistência principalmente à triclosan, cloreto de benzalcônio e dodecil sulfato de sódio. Entre estes genes de resistência aos biocidas, 16 foram fortemente correlacionados à clínica, sendo encontrados em mais de 80% dos isolados clínicos e em menos de 10% dos isolados não-clínicos. Conclusões: Foram identificados 4 genes de resistência à antibióticos com alta relevância clínica e 16 genes de resistência aos principais biocidas utilizados na desinfecção hospital
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- 2023
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38. REAÇÕES ADVERSAS RELACIONADAS À POLIMIXINA B EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO TERCIÁRIO DO PARANÁ
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Francielly Palhano Gregorio, Renata Aparecida Belei, Claudia Maria Dantas de Maio Carrilho, Isabelly Karolayne dos Santos Henrique, Karine Maria Boll, Sirlei Luiza Zanluchi Donegá, Dora Silvia Corrêa de Moraes, Cibelly da Silva Rocha Bono, Pedro Luiz Belei Garcia, Herlieni De Oliveira Mota e Silva, Renata Pires de Arruda Faggion, Victoria Davanço, and Gilselena Kerbauy Lopes
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Polimixina B Toxicidade de Fármacos Segurança do Paciente ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: para o tratamento de infecções graves causadas por bactérias gram negativas, o sulfato de Polimixina B tem se mostrado uma opção. Entretanto, é uma medicação que pode apresentar efeitos nefrotóxicos e neurotóxicos. O objetivo desse trabalho é descrever as reações adversas a medicamentos (RAM) relacionadas ao tratamento com Polimixina B. Métodos: foram analisados os pacientes internados em um hospital universitário terciário que utilizaram Polimixina B, entre janeiro e março de 2021 e janeiro e agosto de 2022, e apresentaram suspensão por suspeita de RAM, seguida pela introdução de Polimixina E. Os dados foram coletados em módulos de prontuário eletrônico em gestão e controle de estoques do sistema Dedalus Healthcare Systems Group® e tabulados no programa Microsoft Excel. Também foram utilizados os registros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Resultados: foram avaliados 36 pacientes com idade média de 61 anos, a maioria (87,10%) internados em unidades de terapia intensiva. Do total, quatro foram diagnosticados com COVID-19, sendo três fora do período de isolamento e um ainda isolado. Os principais sinais e sintomas encontrados associados à RAM foram midríase, rebaixamento do nível de consciência, dessaturação, hipotensão, parada cardiorrespiratória e parestesia. Essas reações adversas se desenvolveram durante e após a infusão da Polimixina B. Foram identificados fatores que podem ter contribuído, como dose mais elevada do que a recomendada, concentração da solução inadequada, taxa infusional acima do preconizado e interações medicamentosas correlatas que podem ser relacionadas a efeitos de neurotoxicidade. Em cinco casos houve esforço respiratório, queda da saturação e rebaixamento do nível de consciência, necessitando de intubação e ventilação mecânica. Estes cinco pacientes apresentaram midríase, revertida posteriormente. Conclusão: as RAM apresentadas durante ou após a infusão da Polimixina B foram extremamente graves e necessitaram da implantação de ações de segurança ao paciente, a fim de atendê-los prontamente e evitar danos. Os serviços de saúde precisam manter ações de farmacovigilância no preparo e administração e também vigilância contínua do paciente. Além disso, deve ser realizada uma análise criteriosa e rotineira da prescrição com possível adequação da diluição, da infusão e análise das interações medicamentosas de maneira prévia à administração.
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- 2023
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39. AVALIAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E LABORATORIAL DE PACIENTES PÓS COVID 19 DURANTE A PRIMEIRA E SEGUNDA ONDA
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Melissa Soares Medeiros, Jullie Anne Melo Albuquerque, Jade Rocha Melo, Sofia Dantas Pinto Monteiro, Erico Antonio Gomes de Arruda, Tania Mara Silva Coelho, Pablo Antero Gomes de Matos, Sarah Linhares de Aragão Rodrigues, Camila Dória Mota, Amanda Pinheiro Ibiapina, Italo Barbosa Macedo, Ana Lisandra Lopes de Farias, and Matheus Rocha Diogenes Pessoa
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Covid-19 Pós Covid SARS-Cov2 ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução e objetivos: COVID-19 é uma infecção respiratória causada pelo vírus Coronavírus-2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV-2). Dentre a população acometida por essa patologia, muitas permanecem com sintomas após a fase aguda das doenças, tais sendo chamadas de Síndrome pós-COVID. Esse estudo foi desenhado com o objetivo de pacientes pós-internação por COVID-19 durante a primeira (2020) e segunda onda (2021). Métodos: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, em que os dados sociodemográficos foram coletados por meio de prontuários dos pacientes infectados por COVID-19 do Hospital terciário, na cidade de Fortaleza-CE, durante os anos de 2020 e 2021. Resultados: A pesquisa contou com um total 395 pacientes na primeira onda e 152 na segunda onda. Sexo masculino 215 pacientes da primeira onda (54,43%) e 107 durante a segunda onda (70,4%). Idade média da primeira onda 56,7 anos. Durante a primeira onda, 138 pacientes retornaram para consulta e os sintomas mais frequentes foram nas avaliações de 3/6/12 meses: fadiga com 23/13/3, perda de memória 3/4/0, insônia 7/5/0, ansiedade 8/4/1, depressão 6/4/0, dores articulares 5/3/0, queda de cabelo 8/5/0, dores musculares 18/4/1, evento trombótico 3/1/0, dispnéia aos médios e grandes esforços 17/5/2 e tosse 24/3/1. Dos exames laboratoriais 26/11/6 apresentavam PCR elevado, 8/6/2 com d-dimeros elevados, 25/14/3 apresentavam alteração tomográfica pulmonar e 2/3/3 com alteração ecocardiográfica. Durante a segunda onda, 101 pacientes retornaram para consulta e os sintomas mais frequentes foram nas avaliações de 3/6/12 meses: fadiga com 5/0/0, perda de memória 5/1/0, insônia 3/1/0, ansiedade 3/4/0, depressão 10/5/0, dores articulares 4/1/0, queda de cabelo 8/0/0, dores musculares 6/0/0, evento trombótico 4/1/0, dispnéia aos médios e grandes esforços 0/2/0 e tosse 12/1/0. Dos exames laboratoriais 26/11/1 apresentavam PCR elevado, 2/0/1 com d-dimeros elevados, 3/2/1 apresentavam alteração tomográfica pulmonar e 0/0/3 com alteração ecocardiográfica. Conclusão: Com base nos resultados apresentados, pode-se observar algumas diferenças entre a primeira e a segunda onda do estudo. No grupo da primeira onda, houve uma maior incidência de sintomas relatados pelos pacientes em comparação com a segunda onda. Além disso, os pacientes da primeira onda apresentaram uma maior prevalência de alterações nos exames laboratoriais, como elevação do PCR, dímeros D elevados e alterações tomográficas pulmonares
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40. FATORES SOCIAIS, DEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS RELACIONADOS AO ÓBITO POR COVID-19: UM ESTUDO OBSERVACIONAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL
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Victor Hugo Ovani Marchetti, Leticia Miho Hayashibara, Larissa Martelete Tiussi, Leticia Palácio Barreto, Julia Lima Marino, Arthur Grassi Ruy, Maria Eugênia Pedruzzi Dalmaschio, Bruno Spalenza da Silva, Kelly Cristina Mota Chiepe, Tatiani Bellettini dos Santos, and Eduardo Toffoli Pandini
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COVID-19 Saúde Pública Modelos biopsicossociais ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
A pandemia de COVID-19 foi responsável por mais de 600 mil óbitos no Brasil e evidenciou dificuldades públicas e privadas no enfrentamento de emergências de saúde pública. A situação não foi agravada apenas por problemas diretamente relacionados ao trabalho de combate à doença, mas por questões persistentes, como comorbidades de saúde, envelhecimento populacional, desigualdades socioeconômicas, demográficas e de acesso à saúde. Este estudo teve como objetivo analisar fatores sociais, demográficos e clínicos relacionados ao óbito por COVID-19 em pacientes notificados no sistema de vigilância em saúde do estado do Espírito Santo, Brasil, de janeiro de 2020 a novembro de 2022. Realizou-se um estudo transversal, com base em dados secundários, em acordo com o checklist RECORD. Foram incluídos casos confirmados por exame laboratorial com desfecho conhecido de cura ou óbito por COVID-19, excluídos todos os demais pacientes. Variáveis sociais, demográficas e de saúde foram estudadas. Na análise estatística, utilizou-se odds ratio ajustado por regressão logística binária, com R statistical program. A amostra consistiu em 370.077 pacientes. Após o ajuste pelas variáveis de saúde, os seguintes fatores apresentaram associação com maior chance de óbito por COVID-19: sexo masculino em relação ao feminino (OR: 1,94, IC99%: 1,80-2,09); níveis educacionais inferiores, como ensino médio completo (OR: 1,26, IC99%: 1,09-1,47), ensino fundamental completo (OR: 2,43, IC99%: 2,09-2,83), ensino fundamental incompleto (OR: 3,32, IC99%: 2,90-3,82) e analfabetismo (OR: 7,02, IC99%: 5,58-8,40), em comparação aos pacientes com ensino superior completo; tabagismo (OR: 2,16, IC99%: 1,81-2,55); presença de diabetes (OR: 2,92, IC99%: 2,66-3,20); obesidade (OR: 3,56, IC99%: 3,17-3,98); comorbidades cardíacas crônicas (OR: 4,24, IC99%: 3,90-4,61); doenças renais crônicas em estágio avançado de graus 3, 4 ou 5 (OR: 5,65, IC99%: 4,61-6,90); e doenças pulmonares crônicas descompensadas (OR: 2,70, IC99%: 2,34-3,11). Com a ressalva de que este é um estudo transversal e observacional, este estudo demonstra a importância das variáveis sociais e demográficas na pandemia de Covid-19, demonstrando a necessidade de ações para correção desses problemas. Além disso, este é o primeiro estudo que analisa este cenário no contexto da população do estado do Espírito Santo, Brasil, trazendo resultados locais que podem orientar políticas públicas e privadas.
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- 2023
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41. USO DA TELEMEDICINA NA INFECTOLOGIA EM UMA CENTRAL DE REGULAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA
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Victor Costa Araujo, Eloise Silva Almeida, Kellen Malheiro Domingues, Sara Jesus Carneiro Santos, Anderson Mota de Queiroz, Rita de Cassia Silva Santos, Simone Leticia Souza Querino, and Claudilson Jose de Carvalho Bastos
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Telemedicina Regulação Educação Médica ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: A Central de Regulação (CER), Bahia, na área de infectologia, representa importante instrumento de gerenciamento do fluxo de pacientes, com o objetivo de garantir melhor assistência e otimização dos recursos, sendo importante a inserção de acadêmicos, possibilitando a vivência na formação profissional. Dessa forma, os internos do 6° ano da Universidade do Estado da Bahia, sob supervisão de professor infectologista, encontram um espaço de aprendizado nas mais diversas situações, com maior visão do estudante na assistência, reconhecendo as demandas e potencialidades do SUS. Nesse sentido, mostramos relatos de experiência dessa vivência. Métodos: Através da discussão de casos clínicos e da análise de exames e das condutas diagnósticas e terapêuticas realizadas pelos médicos, os acadêmicos passam por um processo de aprendizado, com a supervisão do professor, dos principais desafios encontrados na CER. Resultados: Durante o período de 13/03 a 05/04/23, selecionamos três experiências importantes. O primeiro relato descreve um episódio psiquiátrico em um paciente com HIV no qual fora solicitado vaga para infectologia devido provável reação ao antirretroviral, no entanto, ao avaliar o episódio, discutiu a possibilidade de manter o paciente na unidade psiquiátrica descartando a reação, com melhor decisão para o caso. A segunda experiência relata um paciente em tratamento para tuberculose com vários dias de internamento, mas o profissional não se sentia confortável em dar alta, então fora orientado sobre a possibilidade de alta e acompanhamento ambulatorial. O terceiro relato é de um paciente com quadro sugestivo de dengue sem sinais de gravidade que solicitaram regulação por não ter suporte, porém o médico foi orientado sobre quadro autolimitado com alta do paciente. Conclusão: Dessa forma, torna-se evidente a importância da inclusão da experiência na formação médica em telemedicina e gestão em saúde, no contexto do SUS e da Infectologia. Tal prática educativa traz inúmeros benefícios para a CER e para os usuários do SUS.
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42. AVALIAÇÃO DA SAÚDE DE PACIENTES VIVENDO COM HIV EM CLÍNICA ESCOLA DE MEDICINA UTILIZANDO IOTS (INTERNET DAS COISAS)
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Melissa Soares Medeiros, Camila Dória Mota, Ana Luiza Pinheiro Campêlo, Paulo Marcelo Ferreira da Rocha Filho, Thais Gomes de Matos Azevedo, Ana Karoliny Martins Ponceano, Jade Rocha Melo, Guilherme Dourado Aragão Sá Araujo, Sofia Dantas Pinto Monteiro, Jullie Anne Melo Albuquerque, Isaac Dantas Sales Pimentel, Lauro Vieira Perdigão Neto, and Tânia Maria da Silva Coelho
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IoTs HIV Avaliação ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: O uso de Internet das Coisas (IoT) para avaliar a saúde de pacientes vivendo com HIV tem o potencial de fornecer uma abordagem inovadora e eficiente no monitoramento contínuo e remoto de sua condição médica. A IoT refere-se à conexão de dispositivos físicos à internet, permitindo a coleta e o compartilhamento de dados em tempo real. Ao aplicar a IoT no contexto do HIV, podem ser utilizados dispositivos vestíveis, sensores e outros dispositivos conectados para coletar informações sobre os pacientes. Métodos: Utilizado durante avaliação de pacientes em consulta ambulatorial com estudantes de medicina IoTs: kardia 6 derivações, dinamômetro eletrônico, balança de bioimpedância. Resultados: Foram avaliados 31 pacientes. A média de idade dos pacientes foi de 38,7 anos, e a maioria dos participantes era do sexo masculino (29 pacientes). Atividade Física: Cerca de metade dos pacientes (14) relataram fazer atividade física regularmente, o que é positivo para a saúde geral. Índice de Massa Corporal (IMC): A média de IMC foi de 27,1, indicando que, em média, os pacientes estavam acima do peso. Além disso, nove pacientes apresentavam sobrepeso e oito pacientes foram classificados como obesos. Composição Corporal: Quatorze pacientes apresentaram alta ou muito alta percentagem de gordura corporal, e 15 pacientes apresentaram baixa massa muscular. Nenhum paciente apresentou alteração na massa óssea. Proteína e Gordura Visceral: Três pacientes apresentaram níveis baixos de proteína, e nove pacientes tiveram gordura visceral em nível de alerta, o que indica uma distribuição de gordura menos favorável. Idade Metabólica e Risco Cardiometabólico: Treze pacientes apresentaram idade metabólica mais alta, e 13 pacientes estavam em risco com base na circunferência abdominal. Além disso, um paciente apresentou alteração no ECG de 6 derivações da Kardia. Força Muscular: Vinte pacientes foram classificados como fracos com base nos testes de força muscular realizados com dinamômetro. Comorbidades e Pressão Arterial: Cinco pacientes apresentaram comorbidades, com diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia. Doze pacientes tiveram pressão arterial sistólica acima de 120 mmHg. Terapia Antirretroviral: Todos os pacientes estavam em terapia antirretroviral de primeira linha. Conclusão: foram identificadas alterações através de IoTs que indicam a importância de abordagens de cuidado integradas para pacientes com HIV.
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43. INFECTOLOGIA EM MOVIMENTO: IMPACTO DE UMA PLATAFORMA MÓVEL NO APRENDIZADO DE MEDICINA
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Pablo Antero Gomes de Matos, Thamires Menezes de Albuquerque, Melissa Soares Medeiros, Sarah Linhares de Aragão Rodrigues, Roseanne Rodrigues Martins Magalhães, Ana Luiza Pinheiro Campêlo, Paulo Marcelo Ferreira da Rocha Filho, Éden Moura Mendonça, Thais Gomes de Matos Azevedo, Ana Karoliny Martins Ponceano, Camila Dória Mota, Rodrigo Carvalho Paiva, and Cecília Braga Tabosa Pacheco
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Plataforma Digital Ensino Infectologia Aula Invertida ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: Este estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar uma plataforma móvel para apoio ao ensino de Infectologia na graduação em medicina. Buscamos investigar a satisfação dos estudantes com a ferramenta e seu impacto no aprendizado, especialmente no contexto de casos clínicos de Manejo de Antibioticoterapia abordados em sala invertida. Métodos: Foi desenvolvida uma plataforma móvel específica para estudantes de medicina do quarto semestre, com conteúdos como capítulos escritos, vídeoaulas, casos clínicos, dicas e artigos/livros. Foram aplicados questionários de satisfação a 42 estudantes do curso de medicina do Centro Universitário, que utilizaram a plataforma para estudo prévio antes da discussão dos casos em sala invertida. Resultados: A média de idade dos participantes foi de 24,5 anos, sendo 78,5% do sexo feminino e 28,6% com outra graduação prévia. Na avaliação da escala SUS (System Usability Scale), os estudantes concordaram plenamente com aspectos como: gostaria de usar este sistema com frequência (62%), o sistema é fácil de usar (62%), a maioria das pessoas aprenderiam a usar rapidamente o sistema (54,7%), ficaram bastante satisfeitos com a plataforma móvel em Infectologia (71,4%) e acreditam que ela apresentou um impacto considerável no aprendizado (71,4%). Quanto aos tópicos da plataforma móvel, os estudantes ficaram mais satisfeitos com os casos clínicos (52,4%), seguidos por capítulos escritos e vídeoaulas (23,8%), dicas (9,5%) e artigos/livros (14,3%). Em relação ao impacto no aprendizado em Infectologia, a plataforma móvel foi considerada principalmente relevante durante as aulas (71,4%), seguida por simulações (CHA) e tutoria (9,5%). Acesso: https://plataforma-uninfecto.firebaseapp.com/. Conclusão: A plataforma móvel desenvolvida para o ensino de Infectologia demonstrou ser uma ferramenta eficaz e bem aceita pelos estudantes de medicina. Os resultados mostraram alta satisfação geral com a plataforma, considerada fácil de usar e com impacto considerável no aprendizado em Infectologia. Os casos clínicos foram os conteúdos mais valorizados pelos estudantes. O uso de tecnologia móvel no ensino pode proporcionar maior autonomia aos alunos e complementar as estratégias de aprendizado tradicionais, contribuindo para uma formação mais abrangente e eficiente. Estudos futuros devem explorar a aplicação dessa plataforma em outros campos da medicina e investigar seu impacto a longo prazo.
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- 2023
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44. FATORES ASSOCIADOS ÀS MUDANÇAS DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL INICIAL EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NA BAHIA – BRASIL
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Monaliza Cardozo Rebouças, Leonardo Bandeira Cerqueira Zollinger, Scarlat Marjory de Oliveira Moura, Laiane dos Santos Ribeiro Machado, Rafaella Tambone Barral, Maria Fernanda Bahia Bacellar Souza, Thiago Pinho Cordeiro Araújo, Simone murta Martins, Marcio Pires dos Santos, José Adriano Goes Silva, Anderson Vinicius Mota de Souza, Fabianna Márcia Maranhão Bahia, and Carlos Roberto Brites Alves
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Terapia Antirretroviral HIV Mudança ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados às mudanças da terapia antirretroviral (TARV) inicial dos indivíduos acompanhados no serviço de referência estadual em Salvador, Bahia. Métodos: Estudo longitudinal, incluindo todas as PVHIV, maiores de 18 anos, matriculadas no Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP) em 2017 e em uso de TARV. Foram analisadas mudanças ocorridas até 31/12/2022. Os dados foram extraídos dos prontuários e de sistemas nacionais (SISCEL e SICLOM). Foram coletados variáveis epidemiológicas, clínicas, tratamento, motivo da troca, adesão suficiente (superior a 80% das retiradas de ARV na farmácia), sucesso virológico na troca (carga viral inferior a 50 cópias/mL) e óbito. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab. Resultados: Foram incluídos 493 indivíduos em TARV. A idade média foi 36,8±10,8 anos e variou de 18 a 73 anos. Prevaleceu o sexo masculino (64,1%), autodeclarados negros e pardos (84,6%), com até 8 anos de estudo (48,2%), residentes em Salvador (78,7%). O tempo médio de seguimento foi 154 semanas. A TARV inicial mais frequente foi a combinação de lamivudina (3TC) + tenofovir (TDF) + Dolutegravir (DTG) (60,4%), seguido de 3TC+TDF associado ao Efavirenz (25,0%) ou Atazanavir/ritonavir (4,9%). Ocorreram 173 trocas de esquema inicial, com tempo médio 50 semanas entre o início da TARV e a troca. As mudanças foram menos frequentes na TARV inicial baseada em DTG (15,9%) do que naquela sem DTG (65,1%), com risco 2,4 vezes maior de necessitar mudança na TARV (p < 0,01; IC 2,0 – 2,9). A ocorrência de reações adversas foi o principal motivo para as mudanças (41,0%), respondendo por 23,9% para esquemas baseados em DTG versus 76,1% para outros ARV (p > 0,05). A reação adversa ao DTG ocorreu em 15,2%, com ocorrência de alteração no padrão de sono, peso e tontura. O EFV foi associado a 29,9% de reações como alucinação, alteração no padrão de sono, ansiedade e depressão. Houve associação negativa entre a ocorrência de trocas e insucesso virológico (p < 0,01; IC 1,6-3,9). Foram observados 39 óbitos na amostra e, em 16 casos (41,0%), houve mudança de tratamento. Conclusão: O principal determinante das mudanças de TARV inicial foi a ocorrência de RAM. A maioria dos pacientes mudou a TARV inicial uma única vez. A TARV inicial baseada em DTG reduz a necessidade de mudanças no tratamento e favorece a manutenção do sucesso virológico.
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45. SOBREVIDA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM TRATAMENTO ESPECIALIZADO NO CEDAP, SALVADOR, BAHIA, 2002-2022
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Monaliza Cardozo Reboucas, Leonardo Bandeira Cerqueira Zollinger, Scarlat Marjory de Oliveira Moura, Laiane dos Santos Ribeiro Machado, Erica Paixão de Araújo, Simone Murta Martins, Talita Andrade Oliva, Marcio Pires dos Santos, Indira Lobo Bastos Silva Pereira, José Adriano Goes Silva, Anderson Vinicius Mota de Souza, Carlos Roberto Brites Alves, and Fabianna Márcia Maranhão Bahia
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Sobrevida HIV/AIDS Tratamento Antirretoviral Mortalidade ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: O tempo de sobrevida de pacientes após o diagnóstico de aids têm sofrido alterações, com aumento significativo da expectativa de vida. Existem poucos dados epidemiológicos e estudos de evolução clínica no estado da Bahia. Nosso objetivo foi avaliar os fatores associados à sobrevida das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) em 20 anos de acompanhamento no centro de referência estadual, Salvador, Bahia. Método: Trata-se de um estudo de coorte ambispectiva, incluído PVHIV, maiores de 18 anos, matriculadas no CEDAP entre 2002-2020, Salvador (Bahia), randomizados após mapeamento dos motivos de matrícula no centro. Durante a consulta clínica de rotina, as PVHIV foram convidadas para participar da coorte com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido no período de 2018 a 2022. Utilizou-se o cálculo amostral simples, com nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%. Os dados foram analisados com o programa SPSS (versão 20.0), através de estatística descritiva e inferencial. Para análise de sobrevida foram utilizadas curva de Kaplan Meier e teste long-rank. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab e foi realizado com apoio do CNPq. Resultados: A amostra randomizada foi composta por 155 PVHIV matriculados no período de 2002 a 2020. A média de idade foi 36,2 anos (±10,5), com predomínio do sexo masculino (60,0%), solteiros (44,4%), autodeclarados negros e pardos (91,1%) e residentes em Salvador (95,6%). O tempo médio de seguimento foi de 9,2 (±7,0) anos. Na ocasião da matrícula, 68,4% estavam sintomáticos, 34,2% tiveram diagnóstico de Aids e 13,5% diagnóstico de tuberculose (TB); a média da contagem de linfócitos T CD4 pré-TARVc foi de 220,6 cél/mm3 (±193,4) e 45,8% apresentaram CV superior a 100.000 cp/mL no momento pré-tratamento. Ao longo do seguimento, a incidência de TB foi de 21,9% (2,4 casos de TB/100 pessoas-ano. Os indivíduos avaliados usaram, em média, 4 esquemas ARV; 21,9% já falharam o tratamento (2,4 falhas/100 pessoas-ano) e 38,1% já abandonaram TARV (4,1 abandonos/100 pessoas-ano). A taxa de mortalidade foi de 25,8% (2,8 óbitos/100 pessoas-ano). A sobrevida foi menor em indivíduos com CV pré tarv > 100.000 cp/mL (p < 0,05) e história de abandono do tratamento (p
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46. ANÁLISE DESCRITIVA DA COBERTURA VACINAL DE TRÊS VACINAS DA INFÂNCIA NO BRASIL, ENTRE 2018 E 2022
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Joanna Sousa da Fonseca Santana, Maria Eduarda Kobayashi Teixeira, Gabriela Mendonça Morais Sant'Anna, Paula Beatriz Azevedo Marques, Paula Ribeiro Oliveira, Luísa Mota Melo, Ana Carolina Freire Abud, Maria Tereza de Sá Sarmento, and Julianne Alves Machado
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Programas de Imunização Cobertura Vacinal Vacinação Obrigatória Esquemas de Imunização ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: O Programa Nacional de Imunização (PNI) visa a promoção da saúde pública, através da proteção da população contra agentes patológicos ou da redução de danos em caso de infecção, contemplando mais de 20 vacinas - dentre as quais podemos destacar a Pneumocócica (Pneumo23), Meningocócica C (MeningoC) e Poliomielite (VIP/VOP). Tais imunobiológicos previnem contra infecções responsáveis por altas taxas de morbimortalidade infantil. Assim, esse trabalho objetiva analisar a cobertura imunológica das vacinas citadas ao longo do período de 2018 a 2022. Métodos: Estudo epidemiológico de série temporal, retrospectivo, realizado com base nos dados coletados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Realizou-se uma análise do perfil epidemiológico das imunizações para Pneumo23, MeningoC e VIP/VOP, com base na taxa de cobertura vacinal no período de 2018 a 2022. Resultados: A média da cobertura vacinal dos 5 anos analisados indicou uma taxa de 81,48% para a MeningoC, 85,03% para a Pneumo23 e 79,56% para a VIP/VOP. Para a MeningoC e da Pneumo23, observamos o mesmo padrão de distribuição da cobertura, com as maiores taxas sendo provenientes da Região Sul (88,05% e 90,16%) e as menores da Região Norte (75,63% e 81,16%), respectivamente. Em contrapartida, para a VIP/VOP essa distribuição muda, pois o Sudeste (73,41%) ultrapassa o Nordeste (66,94%). Houve um padrão geral de queda da cobertura em 2020 e 2021, com redução mais acentuada da VIP/VOP. A Região Norte apresenta as menores taxas de cobertura vacinal, com 74,1% para Meningocócica C, 79,86% para Pneumocócica e 71,14% para VIP/VOP. Conclusão: Há uma boa taxa de cobertura para as vacinas MeningoC e Pneumo23 em todo país. Contudo, a VIP/VOP teve as menores taxas de cobertura entre os 3 imunobiológicos analisados. Vale ressaltar que o Norte tem os menores índices de cobertura vacinal, seguido pelo Nordeste. Tal discrepância pode ser contextualizada pelo vasto território de difícil acesso, pelas elevadas taxas de analfabetismo - segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - e também pelas condições socioeconômicas dessas regiões. Logo, faz-se necessário implementar medidas de educação em saúde que estimulem a vacinação, principalmente no Norte e Nordeste, considerando a importância da prevenção dos casos de meningite, pneumonia e poliomielite.
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47. REAÇÃO ADVERSA À VACINA BCG EM LACTENTE
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Edson Santana Gois Filho, Maria Carolyne de Mendonça Mota, Larissa Marrocos de Oliveira, Ana Carolina Fontes Silva, and Camile Dávila Levite
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Reação Adversa BCG Lactentes ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A vacina BCG utiliza uma cepa viva de Mycobacterium bovis com virulência atenuada contra evolução das formas mais graves de tuberculose e outras infecções micobacterianas. No Brasil, ela é administrada após o nascimento quando não há contraindicações, com lesão vacinal que evolui de mácula à cicatriz em até 12 semanas. Ainda assim, pode causar eventos adversos locais, regionais ou sistêmicos, decorrentes de variáveis do imunizante ou da imunidade da criança. Descrição do caso: E.G.S.S, 1 mês e 25 dias, sexo masculino, com quadro de febre associado a edema doloroso, endurado em linha axilar anterior direita. Foi feita ultrassonografia que evidenciou linfonodomegalias hipoecóicas circunscritas palpáveis com necrose central, a maior medindo cerca de 1,7 × 1,2 cm. Feito o internamento, iniciou-se ampicilina+gentamicina por suspeita de linfadenite bacteriana, com pouca resposta. Devido a isso e à idade do paciente, foi aventada a possibilidade de reação adversa a BCG e iniciada isoniazida. Durante a internação, são evidenciados anemia, leucopenia e plaquetopenia, associadas ao processo infeccioso e resolvidas com sulfato ferroso, e um episódio de concentrado de hemácias, o qual foi atribuído ao uso de antituberculostático. No 7° dia de internação, é interrompida antibioticoterapia e definida alta hospitalar com seguimento ambulatorial, porém lactente retorna após 12 dias com aumento de região endurecida em axila direita, medindo 5 cm, com hiperemia em região central, dor à mobilização do MSD e drenagem espontânea de secreção, sendo novamente internado com reinício de ampicilina e gentamicina, suspendido após avaliação de infectologista, que orientou seguimento com isoniazida pelo quadro de reação vacinal adversa. Em seguimento ambulatorial, foi afastada imunodeficiência através da dosagem de imunoglobulinas. Após uso de isoniazida por 6 meses, houve melhora clínica total. Comentários: A linfadenopatia regional supurada é um evento adverso ao uso da BCG, caracterizado por linfonodomegalia em regiões axilar ou supraclavicular, com consistência inicialmente endurecida, seguida de amolecimento central e possível drenagem espontânea. Ocorre nos primeiros 3 meses de vida, com evolução benigna e não é muito frequente na população pediátrica, sendo orientado pelo Ministério da Saúde a sua notificação e uso de isoniazida (10 mg/kg) até resolução do quadro. Assim, é fundamental que o médico saiba identificar as reações vacinais adversas para conduta adequada.
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48. REGISTROS DE COBERTURA VACINAL CONTRA INFLUENZA ENTRE GRUPO PRIORITÁRIO INFANTIL NO ESTADO DO AMAPÁ
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Marcelle Cristina Ferreira Brito Corrêa, Gustavo Mota Rodrigues, Flávio Henrique da Glória Gomes, Felipe Manassés Viterbino Matos, Everton Vieira Santos, Hugo de Almeida Medeiros, Lucas Vinicius Quaresma do Nascimento, Amanda Pimentel Luz, Michael Weder Moraes de Abreu, and Ravi Cabral Gabriel
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Influenza cobertura vacinal Síndromes gripais ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A vacinação é uma das melhores formas de promover o fortalecimento do sistema imune contra um determinado patógeno, além de diminuir os gastos do sistema público de saúde com o tratamento através do investimento na prevenção. O Governo do Estado do Amapá vem incentivando a vacinação contra influenza por conta de um surto de síndromes respiratórias acometendo crianças com menos de seis anos. Esse estudo tem como objetivo analisar os dados pertinentes à vacinação contra Influenza no Amapá, entre o grupo prioritário infantil, durante o primeiro semestre de 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo sobre a os registros de cobertura vacinal entre o grupo prioritário infantil no Amapá, realizado através do uso de dados sobre a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza 2023, fornecidos pelo Ministério da Saúde, durante o período de 20/03/2023 a 10/07/2023. Resultados: Durante o prazo de 20 de março a 10 de julho de 2023, o total de doses de vacinas contra Influenza aplicadas foi de 93.052, sendo que 58% destas foram no município de Macapá, capital do estado. O estado conta com uma cobertura vacinal no público infantil de 93,3%, no entanto alguns municípios ainda não alcançaram a cobertura vacinal mínima de 90%, tais como Mazagão com 85,14%, Serra do Navio com 83,26% e Santana com 66,87%. Além disso, muitos não possuem o sistema vacinal completo, os municípios com os menores índices de cobertura vacinal são localizados em áreas interioranas e esses indicativos podem estar relacionados a dificuldades de acesso aos postos de vacinação. Conclusão: Deste modo, percebe-se que a cobertura vacinal do vírus Influenza, alcançou a sua meta no Estado do Amapá, mas de uma maneira desconforme, já que algumas áreas interioranas apresentaram percentual de vacinação abaixo do esperado para aquela região. Entretanto, essa cobertura foi eficaz para frear o surto de síndromes gripais que acometeu o Estado. Logo, foi evidenciado que a cobertura vacinal para o vírus Influenza é eficaz para diminuir ocorrências de surtos de Síndromes Gripais e também fazer regredir os casos em avanços acelerados que estavam acometendo as diversas cidades nesse período.
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49. EFETIVIDADE DA IMPLANTAÇÃO E DO GERENCIAMENTO DO PROTOCOLO DE SEPSE EM UM HOSPITAL PRIVADO DE MACEIÓ-AL
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Mônica Rocha de Melo Silva, Maria Claudiane Bezerra de Souza, Rosa Aliny Mota Carvalho, Maria Karolina de Souza Rodrigues, Maria Rafaela Bastos da Silva, Rosane Maria Souza Costa Brandão, and Gustavo de Faria Ferreira
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Sepse Infecção Mortalidade Protocolo ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: Sepse pode ser definida como a presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida em decorrência da resposta desregulada do organismo à presença de infecção. No Brasil a mortalidade chega a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%. As novas diretrizes da Campanha de Sobrevivência à Sepse recomendam que as instituições tenham estratégias para a detecção de pacientes com sepse, com programas de melhoria da qualidade de atendimento baseados em indicadores bem definidos. Entendendo a relevância desta patologia, resolveu-se avaliar a efetividade do gerenciamento do protocolo de sepse. Métodos: Estudo observacional e retrospectivo de dados obtidos no Sistema de Informação Hospitalar. Foram analisados os casos que atendiam os critérios para diagnóstico de sepse de outubro de 2015 a junho de 2023, totalizando 2184 pacientes. Após a análise os dados eram tabulados em planilha de Excel. Resultado: Antes da implementação das medidas, em 2015, a taxa de mortalidade era 78%, observou-se uma redução significativa com taxas médias respectivas de 2016 a 2022 de: 40%, 25%, 20%,11%, 20%, 21%, 19% e até junho de 2023 de 20%. As taxas de mortalidade, com exceção de 2016 quando iniciou-se a implantação, apresentam-se semelhantes às taxas informadas pela Associação Nacional dos Hospitais Privados que foram de 2016 a 2021: 18,48%, 21,24%%, 16,24%, 14,21%, 20,55% e 24,46%. Conclusão: Como demonstrado em estudos a implantação de protocolos assistenciais diminui significativamente a mortalidade. Foi constatado que, apesar da pandemia, permanecemos semelhantes às taxas nacionais, mesmo com a discreta elevação em 2020 e 2021. A adequação do sistema de informação foi crucial para aumentar a adesão ao protocolo de sepse, quando em 2017 implementou-se formulários e fluxograma no prontuário eletrônico. Em 2019, com a mudança de sistema para o Tasy, evoluímos com a introdução das prescrições para o protocolo de sepse, já vinculadas à solicitação dos exames. Além destas estratégias para incentivo à adesão foi realizado: confecção de banners, stoppers, um manual compacto do protocolo de sepse para envio no whatsapp, capacitação dos profissionais; premiação e divulgação na mídia do hospital dos profissionais destaques, dentre outras. Ressalta-se a utilização para gerenciamento dos indicadores, a partir de 2018, das ferramentas da qualidade: Diagrama de Ishikawa, PDSA e planilha 5W2H, que contribuíram de forma importante para o monitoramento.
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50. O DESEMPENHO DA IMUNOTERAPIA NA DIMINUIÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
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Jeferson Manoel Teixeira, Sandra Bernardina Cardozo García, Thamires Silva da Costa, Ariane Martins Mota, Estrela Cecília Moreira de Holanda Farias, Larissa Ribeiro Dias Martins, Aldo Artemio Torres, and José Carlos Samudio Cáceres
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Infectologia e Oncologia Imunoterapia Qualidade de Vida Câncer ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivos: Historicamente, a quimioterapia tem sido a única opção viável de tratamento sistêmico para doenças precoces e avançadas. A imunoterapia é um tratamento com menor impacto na qualidade de vida do paciente, pois os efeitos colaterais costumam ser menores do que os da quimioterapia convencional. A infectologia, imunologia e oncologia, andam de mãos dadas, a ponto da imunoterapia ter crescido exponencialmente, pois no caso da eficácia na primeira fase do tratamento do tumor por imunoterapia, a sobrevida do paciente pode ser três vezes maior. O objetivo foi avaliar a tolerância clínica e as diferenças entre a prevalência das infecções mais recorrentes em pacientes oncológicos submetidos a quimioterapia, imunoterapia, quimioterapia associada à imunoterapia e aqueles submetidos a cirurgias oncológicas. Métodos: Estudo observacional retrospectivo. Os dados foram coletados a partir dos prontuários de 200 pacientes oncológicos atendidos no Pavilhão de Oncologia do Hospital Regional de Ciudad del Leste (Paraguai), no período de um ano. Sendo a quimioterapia, a imunoterapia, a quimioterapia associada à imunoterapia e a cirurgia oncológica, os recursos terapêuticos. Pesquisa autorizada pelo Comitê de Ética. Resultados: No que diz respeito aos quadros infecciosos dos pacientes avaliados pelo recurso terapêutico de imunoterapia, quimioterapia associada a imunoterapia e quimioterapia, essa foi a ordem com menor prevalência de infecções, respectivamente. No estudo foi identificado presença frequente de infecções durante o tratamento quimioterápico e após cirurgias oncológicas. No decurso da quimioterapia foi observado maior prevalência de infecções nas vias aéreas superiores e inferiores. No pós cirúrgico dos pacientes oncológicos infecções de partes moles foram dominantes. Em ambas havia recorrência clínica para o tratamento de recidiva de infecções e intolerância clínica. Em relação ao tratamento com imunoterapia houveram menos quadros infecciosos e foi o modelo que apresentou melhor tolerância clínica, comparado com os demais. Conclusão: Os resultados obtidos pelo estudo clínico demonstram a animadora perspectiva ao redor desse recurso no combate ao câncer, visto que a imunoterapia constitui um método terapêutico de bastante eficiência, podendo aumentar a sobrevida do paciente e contribuindo para uma menor recidiva e prevalência dos quadros infecciosos e maior tolerância clínica, corroborando com o objetivo da pesquisa.
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