O artigo problematiza o uso da conceitualização de “índio” em La Araucanía, Chile. Através de uma abordagem histórica, são discutidas as origens do “índio”, bem como as causas e consequências psicossociais que essa denominação trouxe para os sujeitos indígenas, principalmente, os Mapuche, no Chile. A metodologia utilizada no artigo científico é qualitativa, do tipo documentário-descritivo, que permite uma compreensão histórica das origens do conceito índio e como ele prevalece na sociedade. Utiliza-se a análise de conteúdo na qual são identificados os núcleos de sentido e os significados explícitos e latentes que fundamentam o conceito “índio”. Os resultados revelam que a desconstrução do “índio” erradicaria progressivamente práticas de racismo e discriminação contra crianças, jovens e adultos indígenas. Concluímos que a desconstrução do conceito de “índio” implica partir da base do reconhecimento de um pluralismo epistemológico intercultural