Atualmente o esporte universitário é organizado e gerido por entidades reconhecidas legalmente (Esporte/Oficial). Neste cenário, recentemente organizações estudantis organizaram-se e criaram competições esportivas próprias, com uma gestão autônoma por parte dos acadêmicos, organizados em Ligas (Esporte/Festa). No Paraná esta realidade é presente, com competições oficiais, como os Jogos Universitários do Paraná, e por competições deste novo modelo, como os Jogos Jurídicos do Paraná e os Jogos Inter-Atléticas de Maringá. Ambas as competições contam com a presença de disputas esportivas, mas diferem-se em relação às festas oficiais, presentes no caso das competições organizadas pelos acadêmicos, e foco principal deste estudo. Para isso foi elaborada uma pesquisa qualitativa descritiva direta, com a realização de entrevistas com dirigentes da Federação Paranaense de Desportos Universitários, além de entrevistas com acadêmicos organizadores do Esporte/Festa. Como ferramenta auxiliar foi criado um diário de campo a partir das observações das competições esportivas universitárias: Jogos Universitários do Paraná, Jogos Jurídicos do Paraná e Jogos Inter-Atléticas de Maringá. Como resultados encontramos alguns pontos importantes para discussão. Como primeiro ponto destacamos as festas representando o principal atrativo para os jogos, com a presença de muitos participantes externos ao meio acadêmico. A importância econômica das festas para as competições esportivas representou outro ponto importante de discussão, justificando a relação entre as festas e as competições esportivas, com os lucros das festas sendo utilizados para o pagamento da logística da competição e justificando a realização das competições em algumas cidades devido a movimentação financeira gerada pela competição. Por fim destacamos a imagem que as festas transmitem para a comunidade local onde são realizadas as competições, com reclamações relacionadas ao comportamento dos participantes das competições do Esporte/Festa, além de casos envolvendo a polícia e outras instâncias. Podemos concluir que as festas se apresentam como um ponto de tensão entre os agentes do esporte universitário paranaense, representando um ponto de divergência entre os vários agentes inseridos no subcampo.