As relações entre grupo familiar e uso de substâncias têm sido investigadas ao longo dos anos, uma vez que a família é tida como o primeiro grupo social do ser humano, no qual seus membros projetam seus impulsos, fantasias, e é nesse grupo em que se pode encontrar tanto fatores relacionados à patologia quanto protetores da saúde psíquica de seus membros. O objetivo desse estudo foi o de levantar a produção científica a respeito da relação entre padrão de funcionamento familiar e o uso e abuso de substâncias psicoativas. A revisão abrangeu o período de 1990 a 2014, consultando-se as bases de dados Sielo, Lilacs, IndexPsi e Sof, com a utilização dos descritores: padrão familiar, uso, abuso e substâncias psicoativas. Os resultados foram agrupados e distribuídos em três grandes categorias de análise: Disfunções de vínculo familiar; Funcionamento Familiar Psicotóxico; Funcionamento e estrutura familiares rígidos. Essas categorias foram subdivididas, para melhor descrição dos achados, em mais quatro sub-categorias: Vínculo familiar disfuncional e conflitos entre gerações; Vínculo marital disfuncional; padrões educacionais rígidos e punitivos com os filhos; Famílias psicotóxicas. Os estudos revelaram que embora sob diversas perspectivas de compreensão e análise, os vínculos estabelecidos são o principal fenômeno a ser observado.