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Foi realizado um estudo para verificar se há associação entre a ocorrência de mastocitoma cutâneo e dermatite atópica em cães atendidos de 2014 à 2018, com a casuística do Hospital Veterinário da Universidade Vila Velha. Foram avaliados os sinais clínicos e exames de pacientes atendidos com diagnóstico de mastocitoma e, com base nos critérios de Favrot, que foram criados com base nas características clínicas do paciente com dermatite atópica canina para facilitar o diagnóstico pelo médico veterinário dermatologista. Dos 26 cães com mastocitoma, 15 (58%) também eram atópicos, (sendo nove (60%) fêmeas castradas e seis (40%) machos castrados). Dos demais, ou seja, 11 animais (42%), seis (55%) eram fêmeas e cinco (45%) machos. Observou-se então nesta pesquisa que os animais atópicos foram os que mais frequentemente apresentaram mastocitoma, sugerindo uma associação entre as duas doenças. Os achados obtidos neste trabalho reforçam a associação entre elas, pois a maioria dos animais com mastocitoma cutâneo também apresentava dermatite atópica canina (n=15), pois atendiam a cinco ou mais critérios de Favrot, ao contrário do grupo controle, com outras quatro neoplasias epiteliais (carcinoma de células escamosas, carcinoma de células basais, tricoblastoma e tricoepitelioma) os quais nenhum animal (n=16) apresentou dermatite atópica canina associada.

O presente estudo objetivou relatar o caso de uma cadela de 13 anos de idade, de 40kg e sem raça definida (SRD), diagnosticada com múltiplos nódulos mamários de diferentes tipos histológicos. Tumores malignos são prevalentes em cadelas não castradas ou castradas tardiamente, sendo comum a presença de diversos nódulos em qualquer uma das cadeias mamárias, podendo ou não apresentar classificações histológicas diferentes. A paciente foi submetida a um procedimento cirúrgico para a retirada dos nódulos, e não houve complicações de maior complexidade. O material coletado enviado para exame histopatológico teve como diagnóstico carcinoma mamário papilífero cístico grau II, carcinoma mamário in situ e mastocitoma subcutâneo infiltrativo.

Objetivou-se com esse trabalho relatar a utilização de quimioterapia neoadjuvante para citorredução pré-operatória de mastocitoma em dois cães. O mastocitoma é um dos tumores cutâneos mais comuns na clínica de pequenos animais. Caracteriza-se por ser uma neoplasia maligna originada dos mastócitos. Acomete frequentemente as regiões perineal, genital e inguinal, também podendo atingir tronco, membros, cabeça e pescoço. Cães de meia idade a idosos e raças braquicefálicas parecem ser os mais predispostos. Esta neoplasia tem um comportamento variado, podendo se apresentar como formações circunscritas, alopécicas, eritematosas e edemaciadas, de consciência macia ou não, ulcerada ou não, manifestando desde um único nódulo até múltiplos nódulos. O diagnóstico é baseado nos achados de citologia aspirativa, entretanto o exame histopatológico é capaz de graduar o grau de malignidade em grau I, II ou II ou em alto e baixo grau. O tratamento indicado é a abordagem cirúrgica, acompanhada ou não de quimioterapia ou radioterapia. A utilização da quimioterapia como método neoadjuvante à cirurgia tem como propósito reduzir o tumor e ampliar a margem cirúrgica de segurança.