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Por apresentarem satisfatórias propriedades de biodegradação, biocompatibilidade e termossensibilidade, os hidrogéis à base de Polietilenoglicol (PEG) exercem papel importante em sistemas inteligentes de liberação de substâncias. Dentre as diversas propriedades da bromelina, protease encontrada em Abacaxis (Ananas comosus L.), destacam-se suas atividades fibrinolíticas e anti-inflamatórias. Tendo em vista esses dois fatores, a possível associação de hidrogéis e bromelina em um dispositivo de liberação modificada tende a ser uma promissora alternativa não-invasiva para o tratamento de queimadura e estados inflamatórios tópicos.

Os filtros solares são formulações capazes de proteger a pele contra raios ultravioletas, os quais causam diferentes danos à pele. Os filtros solares podem ser divididos em filtros químicos e físicos, em que os filtros químicos apresentam maior suscetibilidade de irritação da pele em relação aos filtros físicos. Os estudos com substâncias naturais visam diminuir a irritação causada por alguns filtros solares, ao passo que algumas substâncias estudadas apresentam um carácter de proteção contra os raios ultravioletas, como os flavonóides. Esse projeto teve como objetivo continuar os estudo de determinação de antocianinas e do fator de proteção solar presente no extrato hidroalcoólico obtido a partir do mirtilo (Vaccinium ashei). Essas características foram determinadas através de uma metodologia in vitro utilizando espectrofotometria na região do ultravioleta. Posteriormente, foi desenvolvida uma formulação cosmética, na qual foi incorporado o extrato previamente microencapsulado. A formulação com e sem a presença do extrato foi analisada quanto ao fator de proteção solar, teor de antocianinas e atividade antioxidante in vitro, além do estudo de sua estabilidade com a verificação dos valores de pH, densidade e viscosidade, após a exposição a condições de estresse. Essas análises tiveram como objetivo a utilização de uma substância natural para o desenvolvimento de um produto alternativo no combate à radiação solar e ao envelhecimento precoce da pele.

A aplicação de novas tecnologias para a incorporação de ativos tem sido muito estudada, e a nanotecnologia se destaca como um eficiente sistema carreador de fármacos e produtos bioativos. As nanopartículas são capazes de proteger o ativo de degradações provenientes do meio e permitem uma liberação controlada, além de aumentarem a valorização comercial do produto final. Compostos com atividade antioxidante são comprovadamente capazes de prevenir os danos oxidativos na pele, e há um grande interesse na utilização de antioxidantes provenientes de fontes naturais, que tendem a ser mais bem aceitos pelo público. A castanha do baru (Dipteryx alata), espécie nativa do cerrado brasileiro, mostra um grande potencial antioxidante, com alto grau de insaturação, elevadas quantidades de ácidos graxos essenciais como os ácidos oleico e linoleico, e quantidades significativas de zinco e α-tocoferol. Assim, nanopartículas poliméricas de policaprolactona foram produzidas por precipitação contendo o extrato da castanha do baru em diferentes concentrações. As partículas produzidas foram avaliadas quanto ao tamanho médio e índice de polidispersão. Também foram conduzidos estudos de reprodutibilidade do método, e de estabilidade das nanopartículas. Em uma parte posterior do estudo, será realizada a incorporação das nanopartículas em formulações de uso tópico e o estudo de sua estabilidade.

Os hidrogéis são polímeros tridimensionais que possuem ligação cruzada e com capacidade de absorver grande quantidade de água devido a interações com a mesma assim como praticamente todas as soluções aquosas. Eles são capazes de expandir quando imersos em solventes, mas não se dissolvem por causa das interações moleculares, os crosslinks, entre as cadeias da malha polimérica, que retém o solvente dentro da sua rede tridimensional. Devido à propriedade de também poder absorver grande quantidade de fluídos biológicos este material pode ser sintetizado para responder a determinados estímulos do corpo humano como pH e temperatura. Por isso os hidrogéis têm recebido atenção no âmbito farmacêutico pela possibilidade de utilização em liberação sustentada de substâncias.

O óleo de Baru é produzido a partir da semente do fruto do Baru (Dipteryx alata). O produto tem elevado grau de insaturação[1]. Os ácidos oleico e linoleico são os principais ácidos graxos na composição do óleo e o ácido linoleico é considerado essencial, o que favorece sua utilização para fins alimentares, pois eles ajudam a controlar o colesterol, diminuir a inflamação e combater o envelhecimento por sua característica antioxidante. Neste projeto foram testadas as castanhas com cascas, sem cascas e apenas as cascas e utilizadas duas técnicas de extração, por Soxhlet que consiste em um método químico por utilizar solventes orgânicos, como etanol e aquecimento, e a Maceração, que é uma operação a frio na qual a extração da matéria prima vegetal é realizada em recipiente fechado também com etanol, à temperatura ambiente, durante dias e sob agitação ocasional, visando buscar a técnica mais efetiva de extração do óleo. Em seguida foi feita a caracterização do extrato obtido, separando-o em quatro condições, ambiente claro, ambiente escuro, geladeira e estufa , através da estabilidade por antocianinas e fenóis totais por 90 dias. Conhecendo-se as características do extrato obtido fez-se a comparação com o óleo comercial encontrando. Como resultado foi possível observar que o método de maceração com casca destacou-se contendo maior quantidade de fenóis e antocianinas e as análises com o óleo comercial não foram muito satisfatórias.