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Objetivo: Relatar a experiência de aplicação de ferramentas de abordagem familiar em uma família cadastrada em uma equipe da Estratégia de Saúde da Família do município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Detalhamento do Caso: Trata-se de um estudo descritivo, longitudinal, de caráter qualitativo. Foram aplicadas as ferramentas de abordagem familiar: Genograma, Ecomapa, Ciclo de Vida, FIRO e P.R.A.C.T.I.C.E., bem como uma Conferência familiar para a apresentação e discussão das propostas de intervenções planejadas pela equipe de saúde diante de uma situação de vulnerabilidade social, demanda excessiva pelo serviço de saúde e dificuldade no controle de doenças crônicas. Considerações Finais: O emprego das ferramentas corroborou na compreensão da estrutura, funcionamento e dinâmica da família, aproximando os profissionais de saúde da família em estudo. Essa experiência permitiu que a equipe contribuísse na reorganização dos papéis familiares, encorajando a redistribuição de tarefas entre os integrantes, através de um plano de cuidados elaborado a partir das demandas da família.

Detalhamento do caso/Estudo de caso: Paciente índice Fernanda, gênero feminino, 31 anos de idade, com despigmentação de retina, depressão, com ideação suicida, desempregada, solteira, residente em área de risco com cinco filhos, dos quais quatro passaram seis meses em uma Unidade de Acolhimento devido a negligências da mãe. Fez-se necessário intervir utilizando-se as ferramentas de abordagem familiar: Genograma, Ecomapa, Ciclo de vida Familiar, Firo e P.R.A.C.T.I.C.E junto aos integrantes após retorno dos filhos ao círculo familiar. Considerações finais: Uma vez que o papel da Estratégia Saúde da Família (ESF) é estimular a autonomia do sujeito para que este consiga formular soluções para as situações que interfiram no arranjo familiar, essa abordagem possibilitou a realização de um trabalho multiprofissional, com enfermeira, cirurgião-dentista e psicóloga, efetiva em parceria com os membros da família diante de um meio familiar exposto à vulnerabilidade social, possibilitando a melhoria das relações entre os membros e convívio entre os mesmos, reorganização da dinâmica familiar e, dessa forma, facilitando a resolução dos problemas.