A thesis submitted in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor in Information Management Specialization in Information and Decision Systems Electronic Health Record (EHR) portals, also called EHR patient portals, have received great attention and investment at the government level worldwide, like the multi-billion dollar US initiative, named meaningful use program. According to the literature review, there is still a lack of studies that address the topic of understanding why people adopt and use EHR Portals, making this a field of knowledge that requires more research. According to the findings in the literature review the complexity of EHR portals requires having a patient-centred model that should be able to cover additional dimensions related with health behaviour, confidentiality concerns, and innovation drivers. Potential adoption differences between countries with different regulations in their health care systems should also be tested. With this dissertation, we contribute to a better understanding of the factors that lead health care consumers to use and adopt EHR portals. To this end we develop four empirical studies. In the first empirical study (Chapter 3) we tested the Extended Unified Theory of Acceptance and Use of Technology (UTAUT2) in Portugal. Being a consumer- centred model, it was important to evaluate its feasibility to study the EHR portals adoption determinants by the health care consumers. Several constructs in the model helped explain the adoption of EHR portals: performance expectancy, effort expectancy, social influence and habit. With habit a consumer specific construct from UTAUT2 having the most relevant impact in both behavioural intention and use. UTAUT2 showed its importance as a consumer-focused model identifying the factors that drive health care consumers to use EHR portals. In the second empirical study (Chapter 4) -also tested in Portugal- we extended the UTAUT2 model by adding a health specific construct, self-perception. This construct showed its relevance by being a statistically significant predictor of behavioural intention, demonstrating the usefulness of including a construct derived from the Health Belief Model (HBM), in a technology applied in the field of health care. In the third empirical study (Chapter 5) we performed a cross-country analysis between US and Portugal combining UTAUT2 with the Concern for Information Privacy (CFIP) framework. We made an assessment of the potential differences between the determinants of adoption between the two countries with different health care regulations and health care models. In the US there is no national health system (NHS) coverage and the patients need to have an expensive private insurance or pay directly to the health care provider to have health care support, while in Portugal there is universal health coverage. It was hypothesized and confirmed via the price value construct that the value that the US health care consumers give to a tool like EHR portals is statistically significantly greater than the Portuguese health care consumers. It was also expected that confidentiality concerns in US are greater than in Portugal, due to the less strict regulation in US regarding patient data confidentiality. This was measured by the CFIP framework, but confidentiality concerns were not an issue in either US or Portugal. Social influence, hedonic motivation, and price value were predictors only in the US group. With this study we verified the importance to perform cross-country evaluations when studying EHR portals adoption. In the fourth empirical study (Chapter 6) we used the evidence from the previous empirical studies plus the literature review to propose a new research model that integrates constructs from UTAUT2, HBM, and the Diffusion of Innovation (DOI) theory. In this study, we performed a national survey based on randomly generated mobile phone numbers, when in the previous empirical research, we targeted our sample to educational institutions. We used a two-phase sampling approach. In the first phase, we asked potential respondents if they were users of EHR portals and if yes, if she/he was interested in replying to our main survey (second phase). From this sample regarding the question to identify the users of EHR portals, we obtained 8.6% EHR portals usage in the adult Portuguese population. A relevant contribution from our study to understand the usage of this type of technology at country level. All three theories contributed with constructs that help to understand EHR portals adoption. The final research model obtained the best results from the all of the empirical studies executed in this dissertation with 76.0% of variance explained in behavioural intention and 61.8% of variance explained in use behaviour. In this dissertation’s conclusions (Chapter 7), we provide more detailed insights about the overall contributions of this dissertation, managerial implications to develop and implement better EHR portals, limitations and avenues for future research about EHR portals. Os Portais de Registo de Saúde Eletrónicos (PRSE), também denominados portais do doente, têm recebido bastante atenção e investimentos a nível governamental em todo o Mundo, tendo como exemplo a iniciativa multibilionária “meaningful use program” nos Estados Unidos da América. De acordo com a revisão da literatura, ainda existe uma lacuna no estudo das razões pelas quais as pessoas adotam e usam os PRSE, fazendo desta uma área de conhecimento que necessita de mais investigação. De acordo com a revisão da literatura, a complexidade dos PRSE, requere um modelo centrado no doente e que seja capaz de cobrir dimensões adicionais relacionadas com o comportamento na saúde, preocupações de confidencialidade e inovação. Potenciais diferenças na adoção entre países com diferentes regulamentações nos sistemas de saúde também deverão ser testadas. Com esta dissertação procuramos contribuir para um melhor conhecimento dos fatores que levam os consumidores na saúde a usar e adotar PRSE. Com este propósito desenvolvemos quatro estudos empíricos. No primeiro estudo empírico (Capítulo 3), testamos em Portugal o modelo de “Extended Unified Theory of Acceptance and Use of Technology” (UTAUT2). Sendo um modelo centrado no consumidor, era importante avaliar a sua adequação para estudar os determinantes de adoção dos PRSE pelos consumidores na saúde. Vários fatores no modelo ajudaram a explicar a adoção dos PRSE: expectativa de desempenho, expectativa de esforço, influência social e hábito. Sendo o hábito um fator especifico da área do consumidor do UTAUT2, demonstrou este fator o impacto mais relevante tanto na intenção de uso como no uso efetivo. O UTAUT2 demonstrou a sua importância como um modelo centrado no consumidor, identificando os fatores que influenciam os consumidores na saúde a usarem PRSE. No segundo estudo empírico (Capítulo 4), também testado em Portugal, estendemos o modelo de UTAUT2, adicionando um fator especifico da saúde, auto- perceção. Este fator demonstrou a sua relevância, tendo uma influência estatisticamente significativa sobre a intenção de uso, demonstrando a utilidade de incluir um fator derivado do “Health Belief Model”(HBM), numa tecnologia aplicada à saúde. No terceiro estudo empírico (Capítulo 5), executamos uma análise entre os Estados Unidos da América e Portugal combinando o UTAUT2 e o “Concern For Information Privacy” (CFIP). Foi feita uma avaliação das potenciais diferenças entre os dois países, com diferentes regulamentações e modelos de saúde, no que diz respeito aos determinantes de adoção. Nos Estados Unidos não existe um sistema nacional de saúde e os doentes têm de ter um seguro privado de saúde bastante dispendioso ou pagarem diretamente as suas despesas ao prestador dos cuidados de saúde, por sua vez em Portugal existe uma cobertura universal dos cuidados de saúde. Foi testada e confirmada a hipótese através do fator preço-valor, que nos Estados Unidos da América, o valor que os consumidores na saúde dão aos PRSE é maior do que em Portugal, sendo esta diferença estatisticamente significativa. Também seria esperado que as preocupações com a confidencialidade fossem maiores nos Estados Unidos da América do que em Portugal, devido a uma regulamentação menos restritiva nos Estados Unidos da América relativamente à confidencialidade dos dados clínicos dos doentes. Utilizamos o CFIP para este propósito, no entanto as preocupações relativamente à confidencialidade, não demonstraram ser um problema tanto nos Estados Unidos da América como em Portugal. A influência social, motivação hedónica e preço-valor, foram fatores relevantes apenas nos Estados Unidos da América. Com este estudo, verificamos que é importante fazer comparações entre países para estudar a adoção de PRSE. No quarto estudo empírico (Capítulo 6), utilizamos a evidência dos estudos empíricos anteriores e da revisão da literatura para propor um novo modelo que integra fatores do UTAUT2, HBM e “Diffusion of Innovation” (DOI). Neste estudo foi feita uma sondagem nacional, utilizando uma amostra aleatória de números de telemóvel, enquanto que nos estudos empíricos anteriores, utilizamos amostras obtidas em instituições com fins educacionais. No processo de amostragem utilizamos duas fases. Na primeira fase perguntamos aos inquiridos se eram utilizadores de PRSE e só depois se a reposta fosse afirmativa se estariam interessados em responder ao inquérito principal do estudo (segunda fase). Desta amostragem e relativamente à questão utilizada para identificar utilizadores de PRSE obtivemos 8.6% de uso na população adulta portuguesa. Uma contribuição importante do nosso estudo para o entendimento da utilização deste tipo de tecnologia ao nível de um país. As três teorias contribuíram com fatores que ajudam a compreender a adoção de PRSE. O modelo final obteve os melhores resultados de todos os estudos empíricos desta dissertação com 76.0% da variância explicada em intenção de uso e 61.8% da variância no uso. Nas conclusões desta dissertação (Capítulo 7), é descrito em maior detalhe todas as contribuições desta dissertação, implicações para decisões de gestão relativamente ao desenvolvimento e implementação de melhores PRSE e limitações e novos caminhos de investigação a ser seguidos para os PRSE.