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En este artículo planteo que, grosso modo, la industria conservacionista y el correspondiente establecimiento y administración de Áreas Naturales Protegidas, a pesar de sus múltiples intentos de flexibilización y renovación de las últimas décadas, no ha podido y será muy difícil que realmente logre compaginarse con los modos y mundos de vida de una gran mayoría de pueblos originarios y comunidades campesinas de América Latina. En consecuencia, comienza a amalgamarse una búsqueda creciente y colectiva por parte de los propios pueblos y comunidades, en sinergia con organizaciones civiles y la militancia académica, para articular procesos de reterritorialización, formación discursiva y contra-gubernamentalidad que aquí traduzco académicamente como ‘post conservación’ territorial. A partir de más de una década de experiencia etnográfica en pueblos y comunidades inmersas en dinámicas de conservación, del escrutinio académico y del análisis secundario de casos en el subcontinente, observo cuatro pilares centrales en la post conservación de los territorios indígenas y campesinos: (i) legados bioculturales, (ii) bases ontológicas relacionales de interexistencia, (iii) defensas legales, y (iv) búsquedas de autonomías relativas. Después de desarrollar conceptualmente e ilustrar empíricamente dichos pilares constitutivitos a partir de casos en México y en Guatemala, concluyo reflexionando de qué manera los pueblos originarios y las comunidades campesinas movilizadas de América Latina pueden representar una fractura y frontera, desde el Sur Global, para poner en entredicho los intentos impositivos y cuantitativos de ampliar el sistema de Áreas Naturales Protegidas a una tercera parte de las superficies terrestres y los océanos del planeta.

Analisam-se as relações entre cidadania e ambiente na América Latina. Prevalece uma postura clássica da cidadania na qual se enfatizam os direitos em que a temática ambiental é, portanto, incorporada como direito de terceira geração. No entanto, a cidadania enfrenta limitações que se traduzem em problemas como uma débil cobertura dos direitos pela qualidade ambiental, além de explicar muitos conflitos ambientais. Parte desses problemas tem sua origem nas reformas de mercado, que promoveram uma concepção de cidadania mínima, e na mercantilização da gestão ambiental. Atualmente, a idéia de uma cidadania ambiental convencional enfrenta muitas resistências: sua cobertura territorial é incompleta e há dificuldades em aceitar a multiculturalidade. Apresenta-se o conceito de metacidadania ecológica para aquelas posturas a partir das quais se elabora outra concepção de cidadania e cuja abordagem ambiental é mais profunda. A diversidade dessas metacidadanias é ilustrada por dois casos distintos: uma sendo a cidadania ecológica baseada em obrigações derivadas da apropriação desigual do espaço ambiental global; a outra sendo a proposta da florestania no Acre (Brasil) como construção de comunidades políticas que mantêm estreitas relações com os ecossistemas locais. Essas metacidadanias implicam uma crítica à modernidade e se desenrolam em múltiplas dimensões, destacando-se suas expressões territoriais; ademais, exigem incorporar o conceito de ontologias relacionais para aceitar outras formas de interação social e ambiental, superando a dualidade entre o humano e a Natureza. A revisão conclui enfatizando a importância da concepção clássica de cidadania ambiental, especialmente por seu papel na gestão e na política ambiental atual; entretanto, alerta para esta que deve permitir, e alentar, o surgimento e o fortalecimento de novas metacidadanias ecológicas.