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Apesar do aumento no número de casos de infecção humana por Rhodococcus equi (R. equi) registado nas últimas décadas, sobretudo em indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), esse diagnóstico permanece uma raridade. Os autores apresentam um caso de infecção pulmonar por R. equi num homem de 36 anos com síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA). A doença manifestou-se de forma insidiosa, apresentando-se radiologicamente sob a forma de lesão pulmonar esquerda com cavitação e nível hidroaéreo, tendo sido inicialmente colocada a hipótese diagnóstica de tuberculose pulmonar (TP) dada a pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) na expectoração ter sido positiva. Posteriormente, foi possível isolar o R. equi nas culturas de expectoração e lavado broncoalveolar (LBA). O estudo anátomo-patológico confirmou a presença concomitante de malacoplaquia pulmonar. O doente cumpriu antibioterapia dirigida ao agente e teve boa evolução clínica, analítica e radiológica. A propósito deste caso, os autores fazem uma revisão teórica do tema à luz dos conhecimentos actuais.

Apresenta-se o caso de um doente do sexo masculino, com 83 anos de idade, que no decurso de investigação de quadro de suboclusão intestinal realizou uma tomografia axial computadorizada (TAC), que revelou a presença de duas veias cavas inferiores (setas brancas), unindo-se imediatamente na porção pré-hepática (variante do normal). Pode observar-se a artéria aorta, com calcificações, entre ambas as veias cavas inferiores. O desenvolvimento da veia cava ocorre entre a 6ª e 10ª semanas de gestação, a partir da veia supracardinal direita, enquanto que a veia supracardinal esquerda involui. A sua duplicação ocorre como resultado da persistência de ambas as veias supracardinais (direita e esquerda) e tem uma prevalência estimada de 0.2-0.3%. Geralmente, é uma anomalia assintomática, detectada acidentalmente em exames imagiológicos. Contudo, o seu diagnóstico é importante, uma vez que a sua presença tem implicações clínicas relevantes, nomeadamente no tratamento de doenças tromboembólicas.

Apresentam-se dois casos de quisto pericárdico diagnosticados acidentalmente em exames de imagem de rotina. Ambos os doentes, uma mulher de 18 anos (fig. A y B) e um homem de 83 anos (fig. 2 A y B), não apresentavam qualquer sintoma relacionável com a presença de quisto pericárdico. Realizaram em consulta de rotina uma telerradiografia de tórax, que em ambos os casos mostrou uma imagem hiperdensa, arredondada e homogénea, no ângulo cardiofrénico direito. Para esclarecimento das referidas imagens, ambos os doentes realizaram Tomografia axial computorizada (TAC). Em ambos os casos a TAC confirmou a presença de uma massa homogénea no ângulo cardiofrénico direito, de densidade hídrica, não captante de contraste, a traduzir quisto pericárdico.Os quistos pericárdicos são uma anomalia rara (com uma incidência de 1/100000), benigna, e na maioria dos casos congénita. Em 75% dos casos, são encontrados de forma acidental em exames de imagem de rotina de doentes assintomáticos. Os quistos assintomáticos devem ser abordados conservadoramente