Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) According to Historical-Cultural Theory, voluntary activity is a neoformation which appears at the end of pre-school age, becoming children aware of their actions and capable of controlling them. A delayed development of voluntary activity poses complications on their school life when they are not able to neither organize school activities nor focus attention. This research aims at assessing developmental indicators of voluntary activity, among 3-6 years-old children, from role play activity and structured and non-structured children´s play. The research was carried out in Brazil and in Mexico, having the following characteristics: in both countries participant observation with 3-6 years-old children in pre-school age was conducted. In Mexico, this research was carried out in a private school, and in Brazil, in a Children Education City Center (CMEI). Children ranging 5-6 years-old were evaluated by a neuropsychological assessment of voluntary activity and their teachers were interviewed. Data collected in Mexican school, where role play is structured by the teacher as a ‘principal activity’ pointed out that voluntary activity increased among the three groups assessed, as follows: as language passed from external to internal level; the initiative/independence increased by the introduction of symbolism in games; the decreasing of the level of distraction, which ensured the respect for regulations until the game ended; as children were capable of accomplishing actions that they were not out of the role play, for instance, the conflict resolution. On the other hand, in CMEI we observed the initial development of role play organized by children with no-structuring from the adult, despite of detecting voluntary activity indicators during the game. In this case, the indicators were unsatisfactory once we could perceive independence/initiative in some situations but also strictly attachment to objects, low use of verbal language and incapacity of solving conflicts. In view of this situation, the researcher conducted some specific interventions during games, attempting to operate on the ‘zone of proximal development’, and allowing the experiment of voluntary behaviors as well as progress in the way children organized games, as: increasing the time of commitment and the number of characters; exploring and sustaining a dialogue; exploring further possibilities of thematic; creating rules and solving conflicts according to social roles. Thus, we conclude that the social role play, intentionally organized by the teacher, promoted a greater number of actions indicative of voluntariness and with greater complexity, when compared to the role play without adult participation. Atividade voluntária, segundo a Teoria Histórico-Cultural, é uma neoformação que aparece ao final da etapa pré-escolar, que permite a criança tomar consciência de suas ações e regulá-las. Um atraso no desenvolvimento desta neoformação pode provocar complicações na vida escolar da criança, por não conseguir organizar suas atividades e também pela não fixação da atenção. O objetivo desta pesquisa foi avaliar alguns indicadores de desenvolvimento da atividade voluntária, entre crianças de 3 a 6 anos, a partir da atividade de jogo de papéis, na relação com o ensino. A pesquisa foi realizada no México e no Brasil, apresentando as seguintes características: nos dois países foram realizadas observações participantes de crianças entre 3 e 6 anos da fase pré-escolar, sendo que no México a pesquisa foi realizada em uma escola privada e no Brasil em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI). As crianças entre 5 e 6 anos foram avaliadas por meio de instrumento de avaliação neuropsicológica da Atividade Voluntária e as professoras das turmas observadas foram entrevistadas. Os dados produzidos no colégio mexicano, onde o jogo de papéis é estruturado pela docente como atividade principal, apontaram que uma aumento de ações indicativas de voluntariedade entre as três turmas avaliadas, da seguinte forma: à medida que a linguagem passou do nível externo para o interno; a iniciativa/independência aumentou com a introdução simbólica nos jogos; reduziu o nível de distração, favorecendo o seguimento de regras até o fim do jogo; permitiu a criança realizar ações que algumas vezes não conseguia fora do jogo de papéis como, por exemplo, a resolução de conflito. No CMEI, observamos, no momento de brinquedoteca, o desenvolvimento inicial de jogo de papéis organizado pelas crianças sem estruturação do adulto, com indicadores de que há comportamentos voluntários durante a brincadeira, porém estes são instáveis, pois, ao mesmo tempo em que encontramos independência e iniciativa em algumas situações, também encontramos apego aos objetos, baixo uso da linguagem verbal e incapacidade de resolver conflitos. Diante desta instabilidade e da não variação de ações, a pesquisadora realizou algumas intervenções pontuais durante a brincadeira, atuando na zona de desenvolvimento proximal, o que possibilitou a experimentação de comportamentos voluntários e saltos qualitativos na forma de organizar a brincadeira como: aumento no tempo de envolvimento, aumento no número de personagens, possibilidade de explorar e sustentar diálogo, possibilidade de explorar outras temáticas, oportunidade para criar regras e resolver conflitos de acordo com o papel social. Assim, concluímos que o jogo de papéis sociais, intencionalmente organizado pelo docente, promoveu maior número de ações indicativas de voluntariedade e com maior complexidade, ao ser comparado com o jogo de papéis sem participação do adulto. CAPES: 88881.133627/2016-01