1. Utilização do acesso radial elimina a ocorrência de sangramento grave relacionado ao sítio de punção após intervenção coronária percutânea primária
- Author
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Marden André Tebet, André Labrunie, Pedro Beraldo de Andrade, Felipe Souza Maia da Silva, Mônica Vieira Athanazio de Andrade, and Luiz Alberto Mattos
- Subjects
Gynecology ,medicine.medical_specialty ,business.industry ,medicine.medical_treatment ,Angioplasty, transluminal, percutaneous coronary ,Percutaneous coronary intervention ,Mean age ,Hemorrhage ,General Medicine ,Artéria radial ,Surgery ,Crossover rate ,Radial artery ,Hemorragia ,medicine ,Access site ,Angioplastia transluminal percutânea coronária ,business ,Major bleeding ,TIMI - Abstract
INTRODUÇÃO: O acesso radial associa-se a baixa ocorrência de complicações vasculares. Essa característica o torna vantajoso nas síndromes coronárias agudas, em que é frequente o uso agressivo de terapias antiplaquetária e antitrombótica. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e a segurança do acesso radial na realização de intervenção percutânea primária, em que atrasos na reperfusão advindos de maior dificuldade técnica representariam um fator limitante. MÉTODO: Registro envolvendo pacientes submetidos a intervenção percutânea primária pelo acesso radial. Os desfechos de eficácia constituíram-se em mortalidade hospitalar, tempo porta-balão, obtenção de fluxo final TIMI III e conclusão do procedimento sem troca da via de acesso. A segurança foi avaliada por meio de taxa de sangramento grave e ocorrência de complicações relacionadas ao sítio de punção. RESULTADOS: Entre fevereiro de 2007 e novembro de 2009, 211 pacientes foram submetidos a intervenção percutânea primária, 201 por meio de aces-so radial. A média de idade foi de 59 anos, sendo 27,4% do sexo feminino e 22,4% portadores de diabetes melito. Foram obtidos fluxo final TIMI III em 91,5% dos pacientes e resolução do segmento ST > 50% em 88,5%, com taxa de crossover de 1,5%. A mortalidade hospitalar foi de 4,5% e a taxa de sangramento grave foi de 1%, sendo um episódio de hemorragia digestiva alta e uma queda de hemoglobina de 5 g/dl. As complicações vasculares relacionadas ao sítio de punção limitaram-se a três casos de hematoma tipo II e a dois casos de hematoma tipo III, sem repercussão clínica e com resolução espontânea. CONCLUSÃO: O acesso radial representa uma via eficaz e segura para a realização de intervenção coronária percutânea primária por operadores habituados ao emprego da técnica, com ocorrência virtualmente nula de complicações vasculares graves relacionadas ao sítio de punção. BACKGROUND: Transradial approach is associated with a low incidence of vascular complications. This peculiarity makes it useful in acute coronary syndromes, where aggressive antiplatelet and antithrombotic therapy is frequently used. The aim of this study was to evaluate the efficacy and safety of transradial approach in primary percutaneous intervention, where delays in achieving reperfusion resulting from technical difficulties are unacceptable. METHOD: Registry including consecutive patients undergoing primary percutaneous intervention by transradial approach. The efficacy endpoints were in-hospital mortality, door-to-balloon time, final TIMI III flow and access site crossover. Safety was assessed by the rate of major bleeding and complications related to the puncture site. RESULTS: From February 2007 to November 2009, 211 patients underwent primary percutaneous intervention, 201 of them by transradial approach. Mean age was 59 years, 27.4% were female and 22.4% had diabetes mellitus. Final TIMI III flow was achieved in 91.5% of patients, ST segment resolution > 50% in 88.5%, with a crossover rate of 1.5%. In-hospital mortality was 4.5% and the rate of major bleeding was 1%, with one episode of upper gastrointestinal bleeding and a decrease in hemoglobin > 5 g/dl. Vascular complications related to the puncture site were limited to 3 cases of type II hematoma and 2 cases of type III hematoma, with no clinical impact and spontaneous resolution. CONCLUSION: The transradial approach, performed by operators familiarized with the technique, is a safe and effective alternative for primary percutaneous coronary intervention, with virtually no major vascular complications related to the puncture site.
- Published
- 2010