1. Autocoleta vaginal por mulheres vivendo com HIV/AIDS para testagem de HPV-DNA: implantação piloto no Brasil
- Author
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Pamela Gaspar, Hanalydia de Melo Machado, Maria Luiza Bazzo, Aline Scherer, Álvaro Luis Colusso, Ana Gabriela Álvares Travassos, Denise Arakaki-Sanchez, Djane Clarys Baia-da-Silva, Eduardo Campos de Oliveira, Isabella Ribeiro Zago, Marcos de Assis Moura, Marcus Vinicius Guimarães de Lacerda, Simone Murta Martins, Tânia Reuter, Valdir Monteiro Pinto, Waltesia Perini, Gerson Fernando Mendes Pereira, Angélica Espinosa Miranda, and Mariângela Freitas da Silveira
- Subjects
Soropositividade para HIV ,Papillomavírus humano ,Programas de rastreamento ,Neoplasias do colo do útero ,Serviços de saúde ,Medicine - Abstract
Introdução: Mulheres vivendo com HIV/AIDS possuem maior frequência de neoplasias anogenitais decorrentes da infecção pelo papilomavírus humano (HPV). A Organização Mundial da Saúde recomenda que o rastreio de câncer do colo do útero seja utilizado por testes moleculares que amplificam o material genético viral, como o HPV-DNA. Além da coleta por profissionais da saúde, a autocoleta de amostras vaginais consiste em uma ferramenta útil para ampliação do acesso à testagem. Objetivo: Descrever os resultados do estudo piloto que avaliou a aceitabilidade da autocoleta de amostra vaginal e aplicabilidade da oferta de testes HPV-DNA com autocoleta de amostras vaginais para mulheres vivendo com HIV/AIDS no Brasil. Métodos: Estudo transversal descritivo envolvendo mulheres vivendo com HIV/AIDS atendidas em oito serviços ambulatoriais distribuídos em todas as regiões do país no período de maio/2021 a maio/2022 e um laboratório central. Realizou-se a oferta de autocoleta vaginal e uma entrevista com as participantes sobre dados sociodemográficos e impressões da autocoleta. Resultados: No total, 1.919 mulheres vivendo com HIV/AIDS com média de 45 anos participaram do estudo. Houve detecção de algum tipo de HPV em 66% (1.267) dos casos. A maioria (71,9%) afirmou preferir a autocoleta à coleta de amostras por profissionais da saúde. Apenas 53,8% das participantes realizaram citologia na periodicidade adequada, conforme recomendação do protocolo. Conclusão: Os resultados poderão apoiar a implementação dos testes de biologia molecular para detecção de HPV em mulheres vivendo com HIV/AIDS, incluindo a possibilidade de autocoleta vaginal, promovendo a ampliação do acesso ao rastreamento de câncer do colo do útero. Palavras-chave: Soropositividade para HIV. Papillomavírus humano. Programas de rastreamento. Neoplasias do colo do útero. Serviços de saúde.
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- 2024
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