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The urban development processes of interior cities have progressively become important objects of study in geographic science. In this sense, this article seeks to reflect on the production of a neighborhood identified as a periphery in the context of a border city and agribusiness. The objective was, based on the concept of landscape (Verdum, 2012, Berque, 1998), narratives in semi-structured interviews and analysis of cartography, using aerial photographs from 1965, 1996 and a Google Maps image from 2015, to weave the neighborhood’s production processes and their fragmentations. It was possible to recognize their differences in villages, as well as otherness, physical and symbolic, resulting from inequality processes.

Em um mundo cada vez mais complexo e de relações multiescalares entre local, regional e global, torna-se um desafio interpretar as relações de centralidades nos contextos regionais. Nessa perspectiva, este artigo tem como desafio interpretar a cidade de Uruguaiana como cidade média/intermediária e sua inserção e relações no COREDE Fronteira Oeste - Rio Grande do Sul (Brasil). Diferentes atributos são identificados à região e município, como sua intrínseca relação com a cadeia de produção do agronegócio, sua posição geográfica de região de fronteira e seu contexto de produção espacial sócio-histórica. Os instrumentos metodológicos articularam revisão bibliográfica, análise de dados estatísticos e trabalho de campo. Como resultados, tem-se um “retrato” da cidade no contexto do COREDE e a confirmação de sua condição de cidade média.

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O presente artigo tem por objetivo problematizar as discussões sobre currículo, gênero e sexualidades. Parte-se das atividades do projeto de extensão: "Construções e desconstruções do gênero e sexualidade no currículo: tecendo perspectivas para uma educação multicultural", realizado pela Universidade Federal do Pampa - (UNIPAMPA), campus São Borja, juntamente com as escolas da rede de Educação Básica do município. O desenvolvimento dessas atividades, ocorridas no formato de palestras, rodas de debate e atividades práticas, foram fundamentais para propiciar espaços de diálogo. No município em questão predominam historicamente latifúndios voltados para a pecuária e monoculturas, o que implicou em uma estrutura social fortemente assentada no patriarcado e, desta forma, com ramificações nas organizações sociais, políticas, imaginários e representacionais. Portanto, o objetivo de dialogar e desconstruir imaginários de gênero e sexualidade, além de ser um desafio, é uma necessidade emergente. Assim, o texto discorre sobre o contexto espacial e histórico do município; desenvolve uma discussão conceitual sobre gênero, sexualidade e currículo. Por fim, a partir da análise das atividades desenvolvidas, são tecidas reflexões sobre a identidade docente e práticas pedagógicas. Gênero, sexualidade e educação são temas intrincados e em disputa. Assim, as reflexões aqui expostas inserem-se na luta política e social para a constituição de sociedades que aprendam com as diferenças e diversidades.

Discute-se no artigo a produção do espaço a partir das permanências, rupturas materialidades e sentidos do processo urbano em um bairro popular do município de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no sul do Brasil. Para tanto, analisa-se a elaboração de representações sobre os assentamentos populares deste bairro, extraídas dos periódicos do município de Canoas no período entre o final da década de 1970 até o ano de 2010. O texto apresenta a configuração do Bairro Guajuviras, localizado no município de Canoas, nos múltiplos processos de ocupação urbana e na constituição de vilas irregulares. Evidencia-se o espaço urbano em múltiplos conflitos e disputas entre atores e agentes na produção material e de representações do espaço, entre eles o Município, o Estado e as populações ocupantes. Espaços precários, de intensa pobreza, entraves à industrialização, impactos ambientais, legitimidade da propriedade privada são alguns dos elementos associados às representações das ocupações e do bairro.

O presente trabalho tem como objetivo ampliar o entendimento da produção espacial, social e socioespacial do bairro Restinga, em Porto Alegre, RS. O ponto de partida é a concepção segundo a qual a produção do espaço é atravessada por materialidades, ideias, intenções e vidas, reconhecendo a intrínseca relação entre espaço e representação. Dessa forma, o trabalho reconstitui a produção do bairro a partir das remoções das vilas de malocas, identificando as representações do espaço (LEFEBVRE, 2000), seus mecanismos de produção e intencionalidades. O bairro Restinga surgiu a partir de estigmas que se perpetuam com novas roupagens nos dias de hoje. Dessa forma, é necessário reconstituir essa produção, recontando sua história.