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O artigo apresenta os resultados de duas pesquisas realizadas com futuros professores do primário na província de Quebec (Canadá), em relação às finalidades educacionais associadas a diferentes disciplinas escolares. A análise dos dados revela que a contribuição das disciplinas escolares é definida, principalmente, em função da capacidade que elas possuem de instrumentalizar os alunos para a vida cotidiana em microcosmos sociais, e sua utilidade se traduz mais no plano da satisfação das necessidades individuais que nos planos social e científico. Nesse sentido, os alunos são levados a adquirir e a manipular conhecimentos disciplinares, sem necessariamente conhecer as problemáticas e as premissas fundamentais subjacentes ao processo pelo qual tais conhecimentos são produzidos. Os saberes disciplinares tornar-se-iam, assim, instrumentos neutros ao serviço da subjetividade do aluno. O foco na instrumentalização do indivíduo sugere, portanto, uma atitude de solicitude que visa proteger os alunos das armadilhas da vida.

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Sem resumo.

OBJECTIVE: To analyze the prevalence of IgG antibodies to human parvovirus B19. METHODS: Cross-sectional study in a suburban community in São Paulo, Southeastern Brazil, between November 1990 and January 1991. Randomly selected (N=435) representative samples of sera were collected from healthy children older than 15 days old and adults up to 40 years old. IgG antibodies were detected using ELISA. RESULTS: High prevalence of IgG antibodies to B19 parvovirus was found in 87% of newborns. The prevalence of maternally derived IgG antibodies exponentially plunged up to the 19th month of age. Low prevalence of antibodies was found in the first 4 years of life, increasing up to 72% in those aged 31-40 years. It was estimated that the average age of first infection in this population is 21 ± 7 years old and the optimal age for vaccination with a hypothetical vaccine would be 1 year of age. CONCLUSIONS: Parvovirus B19 IgG antibody prevalence was high in newborns and those aged 31-40 years. The analysis by age groups showed a pattern similar to that found in previous studies, i.e., low prevalence of infection in children that increases with age.OBJETIVO: Analisar a prevalência de anticorpos IgG ao parvovírus humano B19. MÉTODOS: Estudo transversal em uma comunidade de subúrbio de São Paulo, Brasil, de novembro 1990 a janeiro de 1991. Amostras aleatórias (N=435) e representativas de soro foram coletadas de crianças sadias a partir de 15 dias de idade e de adultos com até 40 anos. Os anticorpos IgG ao parvovírus humano B19 foram detectados pelo teste ELISA. RESULTADOS: A prevalência de anticorpos IgG ao parvovírus B19 foi de 87% dos recém-nascidos. A prevalência de anticorpos IgG de origem materna decaiu exponencialmente até o 19o mês de idade. Baixa prevalência de anticorpos foi observada nos primeiros quatro anos de vida, aumentando até 72% no grupo etário de 31-40 anos. A idade média de aquisição da primeira infecção nesta comunidade é de 21 ± 7 anos. A idade ótima para se vacinar as crianças desta comunidade com uma vacina hipotética é de um ano de idade. CONCLUSÕES: A prevalência de anticorpos IgG ao parvovírus B19 foi alta entre recém-nascidos e no grupo etário 31-40 anos. A análise por estrutura etária mostrou padrão similar aos estudos prévios relacionados à baixa prevalência de infecção em crianças que aumenta com a idade.

RESUMO: A avaliarção da Qualidade de Vida (QV) do doente respiratório crónico, tem suscitado um interesse cresceote nos últimos anos. O conceito de QV é complexo, sendo, segundo o grupo de trabalho da OMS sobre este tema: â⦠influenciado pelo estado de saúde fisico, psicológico, o grau de independência, a inserrção social e as relarções com os constituintes essenciais do meio ambienteâ. Neste trabalho, os autores abordam a importância e o lugar da avaliação da QV no estudo do doente com asma brônquica e analisam OS diferéntes métodos de avaliação disponíveis.Tal como as outras doenças respiratórias crónicas, a asma tem repercussões na qualidade de vida dos doentes. Como resposta, o.doente asmà tico pode desenvolver mecanismos de adaptação complexos, ex: diminuir o seu nível de actividade funcional (fenómeno de ânormalidade ajustadaâ) em que ao fim de certo tempo, a incapacidade para a realização de certas actividades fisicas é assumido pelo doente como ânormalâ. A avaliação da qualidade de vida deve, nestes casos, ser capaz de evidenciar a real limitação da actividade do doente.Os factores exteriores (ex: elirna), também exercem uma influência determinante sobre o doente asmátìco. Em resposta a estes, o doente pode limitar a sua actividadc (ex: evitar ambientcs enfumarados ou evitar o exercicio ao ar livre nos dias frios) ou pode alterar o meio ambientc (ex: medidas de evicção dos ácaros).A asma brônquica afecta três domínios da vida do indivíduo: Físico, Psíquico e Social. Como resultado, a avaliarção da QV do doente asmático é um estudo pluridimensional e deve ser encarada como complementar dos restantes indicadores habitualmente empregues no estudo da asma (estudo funcional respiratório, análiscs, âscoresâ clinicos, etc.). Além disso, acrescenta um dado novo: fornecer a perspectiva do doente sobre a sua qualidade de vida e não a perspectiva do médico ou técnico, permitindo, em estudos clínicos que comparam duas alternativas terapêuticas, substituir as eventuais diferenças âestatisticamente significativasâ por diferenças âclinicamente significativasâ para os doentes.Os instrumentos utilizados devem ser válidos - exprimindo com exactidão a força de ligação entre o impacto da asma sobre o indivíduo e o conceito que o pretende exprimir e fiáveis ou reprodutiveis - permitindo repetir a avaliarção com um mínimo de variabilidade nos seus resultados.Os autores descrevem as características dos questionà rios genéricos, ex: NHP - Notthingham Health Profile (Hunt), SF36 -Short Form 36 (Ware) e dos questionários específicos de doença respiratória, ex: para a asma e doença pulmonar obstrutiva crónica: SGRQ â Questionário Respiratório do Hospital St George (Jones), para a asma: AQLQ- Questionário da QV na asma (Juniper), LWAQ - Viver com a sua asma (Hyland), entre outros e concluem que, para melhor apreendcr a situação clinica dos doentes, será necessário empregar frequentemente diferentes questionários. seleccionando com este objcctivo o questionário SF36 eo questionário AQLQ. COMENTÃRIOS: O estudo do impacto das doenças e suas terapêuticas sobre a saúde e o bern estar do doente, tern sido objecto de grande interesse nos ultimos anos. Apesar de serem vários os conceitos de qualidade de vida, o que ressalta de mais importante é o conceito de percepção de saúde pelo próprio indivíduo (subjectividade), em função de variáveis fisicas, funcionais e psicológicas (1).A escolha dos questionários de QV a adoptar deverá recair sobre a sua validação, de acordo com a patologia a estudar e a sua sensibilidade, reproductibilidade e fiabilidade (2).A avaliação da qualidade de vida no doente respiratório tem muitas aplicações, sendo exemplos, a comparação da eficácia entre duas altemativas terapêuticas, ex: comparação entre o efeito do salmeterol e do salbutamol na QV do doente asmatico (3); a avaliação de factores predictivos do sucesso operatório nacirurgia de redução de volwne pulmonar (4); a relação entre a força muscular periférica e a QV em doentes com lirnitação crónica do débito aéreo (5).No nosso país, em reunião da Comissão de Trabalho de Reabilitação Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, foi decidido adoptar-se o Questionário Respiratório do Hospital de St George nas situações de Asma e Bronquite Crónica e o Notthingham Health Profile, como complemento deste, noutras patologias respiratórias.Estes questionários foram já traduzidos para a lingua portuguesa(l) e encontram-se em fase de validação para aplicação no nosso pais. Palavras-chave: Asma, Qualidade de Vida