Carmo, Júlia Goes da Silva, Betarelli Junior, Admir Antonio, Corrêa, Wilson Luiz Rotatori, Vasconcelos, Cláudio Roberto Fóffano, Perobelli, Fernando Salgueiro, Magalhães, Aline Souza, and Feijo, Flávio Tosi
O fluxo de investimento estrangeiro ocupa maior espaço na literatura econômica internacional desde a década de 1990, quando seu movimento se intensificou e propiciou integração financeira entre os países. Desde então, a crescente mobilidade internacional de capital tornou o investimento estrangeiro parte da poupança total das nações, colaborando para a formação bruta de capital e crescimento domésticos. Nesse ponto, economias em desenvolvimento, com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), beneficiam-se de tal integração. Todavia, riscos particulares de cada região contribuem para a reversão do fluxo em direção a economias relativamente mais seguras, alterando tendências produtivas, de comércio e de crescimento. Imersa nessa discussão, esta Tese examina os efeitos de mudanças na percepção de risco de investir nos BRICS e União Europeia, por meio do Global Trade Analysis Project (GTAP), base 2011, e suas extensões, em três ensaios. Explorando a estrutura do modelo, preenche-se a lacuna na pesquisa quanto aos desempenhos setoriais e macroeconômicos, que consideram as inter-relações globais de comércio, diante de políticas que culminem em risco regional para o investidor estrangeiro. Os resultados apontam que tais políticas alteram a destinação do investimento global, privilegiando regiões relativamente mais seguras, como os Estados Unidos e a União Europeia. Destarte, os impactos setoriais são mais intensos para as atividades comparativamente mais expostas ao comércio internacional dado que há repercussão sobre a competitividade dos produtos domésticos. Ao passo que a possibilidade de redimensionamento endógeno do portfólio do investidor, quanto à localização de investimentos, arrefece os danos causados pelo aumento de risco regional. Por fim, os resultados obtidos apontam que as políticas de eliminação de risco regional para o investidor estrangeiro proporcionam dinâmica de aumento do PIB e do investimento acima do projetado para uma conjuntura em que tais riscos persistam, no longo prazo. Foreign investment flow takes up large space in the international economic literature since the 1990s, while international movement intensified and provided financial integration between countries. The increase of international capital mobility made foreign investment part of the total national saving, this contributed to gross capital formation and economic growth ever since. At this point, developing economies – like Brazil, Russia, India, China and South Africa (BRICS) – benefited from financial integration. However, regional risks contribute to reversal investment flow towards relatively safer economies, changing production, trade and growth trends. Immersed in this discussion, this thesis examines the effects of changes in the perceived risk of investment in BRICS and European Union, through the Global Trade Analysis Project (GTAP), base year 2011, and its extensions. Exploring the model structure, it intends to fill the research gap about the sectoral and macroeconomic effects, which consider the global interrelationships trade, of policies that culminate in regional risk for the foreign investor. The results indicate that those policies can alter the global investment allocation to safer regions such as United States and European Union. Thus, the sectoral impacts are more intense in activities that are comparatively more exposed to international trade, because there is impact on the competitiveness of domestic products. While the possibility of endogenous reordering the investor's portfolio, in relation to the location of the investment, softens the losses from increased regional risk. The results still show that policies of risk elimination policies provide trends of GDP growth and investment above that projected for a risk scenario.