Poelking, Everton Luís, Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud, Simas, Felipe Nogueira Bello, Fernandes Filho, Elpídio Inácio, Francelino, Márcio Rocha, and Vieira, Gonçalo Brito Teles Guapo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico In this paper we report the main physical and chemical properties of criossolos to classify and map soils according WRB; relating the geo-environmental characteristics of the plant communities distribution in the ice-free areas of Potter Peninsula; investigate the climate dynamics in the region and relate with the thermal dynamics of temperature and humidity of criossolos in King George Island, Maritime Antarctic. Surveys of 18 soil profiles in 2008 were analyzed to physical-chemical characterization and classification of soils for the WRB. The geomorphology map of the peninsula was used as a basis for soil classes mapping. The vegetation mapping was obtained by the classification of a Quickbird image. It was also examined intra-seasonal variability of air temperature related rates of change of polar glacier retreat Club, through a series of nine scenes of Landsat satellite imagery and atmospheric temperature data from 1986-2010 from Jubany Weather Station. Based on data points of land, remote sensing techniques and GIS tools, we analyzed the spatial distribution of plant communities of Potter Peninsula, as well as determining factors. Finally the data were related to temperature and soil moisture in the region with climatic data to elucidate the dynamic thermal behavior of the active layer in relation to climate change. In general the soils of Potter have little physical, chemical and morphological characteristics very similar to the source material. The influence of bird activity contributes to ornithogênics soil formation. Although small patches restricted account for the activity of birds, mainly represent higher levels of P, C and N. Potter Peninsula plant communities occupy 23% of ice free area, occupying different landscape positions, indicating a reduction of diversity and biomass from the coastal to inland areas of the peninsula, where the sub-desert conditions prevail. There is a clear dependence between soil and topography on vegetation, soils with higher moisture or poorly drained acid, pH-neutral conditions are favorable for moss subformations; ornithogenics soil rich in organic matter near the penguin colonies have a greater biomass and diversity, with associations of mosses and grasses; felseenmeers stable and flat rock cryoplanations surfaces are the preferred sites for Himantormia lugubris and Usnea. Lichens Subformations and mosses cover the largest area of vegetation in different environments. The results of time series of air temperatures showed a consistent decline over the past 22 years the polar front Glacier Club, resulted in an increase of 120.47 ha of ice free area in Potter. During the 25 years studied, there was an increase in temperature of 1.64 °C in fall temperature, 1.58 °C temperatures in spring, 0.7 ºC in winter and 0.47 °C in summer. The influences of air temperature in glacier retreat demonstrate delay of about one year. Despite evidence of increasing average air temperature in the region in recent decades, the retract in front of the Polar Club glacier only with the range of atmospheric temperatures is not enough to explain the observed variation to the front of the glacier in Potter. The Informative Value method indicates a model's predictive capacity of around 89% for classes of algae and 87% for class of mosses and grasses. Other classes: Mosses, Lichens, Mosses and Lichens and also had satisfactory results with predictive capacity of 79, 78 and 71% respectively. This way one can say that the model has good predictive ability. The four sites studied are located in an altitude range that varies from 45 to 89 m, but the dynamic thermal during the study period showed slight differences due to specific characteristics of each soil influenced this behavior. Despite finding themselves in continuous permafrost zone, only two sites (S1 and S2) showed the presence possibly as early as the first 100 cm depth. The results presented here may contribute to future investigations of dynamic thermal modeling of the active layer and its behavior in the long term. Neste trabalho foram investigadas as principais propriedades físicas e químicas dos criossolos a fim de classificar e mapear os solos segundo WRB; relacionar as características dos geoambientes e distribuição das comunidades vegetais nas áreas livres de gelo da Península Potter; investigar a dinâmica climática na região e relacionar com a dinâmica termal de temperatura e umidade dos criossolos na Ilha Rei George, Antártica Marítima. Com levantamento de 18 perfis de solos em 2008 foram realizadas análises físico-químicas a fim de caracterização e classificação destes solos pela WRB. O mapa de geomorfologia da península foi utilizado como base para mapeamento das classes de solos. O mapeamento da vegetação foi obtida pela classificação de uma imagem Quickbird. Foi também analisada a variabilidade intra-sazonal da temperatura do ar relacionada com as taxas de mudança de recuo da geleira polar Club, através de uma série de nove cenas de imagens de satélite Landsat e dados de temperatura atmosférica 1986-2010 da estação Climatológica de Jubany. Com base em dados pontuais de terreno, técnicas de detecção remota e ferramentas SIG, foram analisadas a distribuição espacial das comunidades vegetais da Península Potter, bem como os fatores condicionantes. Por fim foram relacionar os dados de temperatura e umidade dos solos com dados climáticos da região para elucidar o comportamento da dinâmica termal da camada ativa em relação a alterações climáticas. Em geral os solos de Potter apresentam pouco desenvolvimento físico, químico e morfológico, com características muito semelhantes ao material de origem. A influência da atividade da avifauna contribui para formação de solos ornitogênicos. Apesar de responderem por pequenas manchas restritas à atividade da avifauna, representam maiores teores principalmente de P, C e N. Comunidades vegetais na Península Potter ocupam 23% da área livre de gelo, ocupando posições de paisagem diferente, mostrando diminuição da diversidade e biomassa a partir da zona costeira para áreas do interior da península, onde as condições sub deserto prevalecem. Há uma dependência clara entre relevo e solos com vegetação, solos com maior umidade ou ácido mal drenados, com pH neutro são favoráveis para subformações de musgos; de solos ornithogenicos ricos em matéria orgânica, próximos às colônias de pingüins têm uma maior biomassa e diversidade, com as associações de musgos e gramíneas; felseenmeers estável e superfícies rochosas planas crioplanadas são os locais preferidos para Usnea e Himantormia lugubris. Subformações Líquenes e musgos cobrem a maior área com vegetação em ambientes variados. Os resultados da série temporal de temperaturas do ar mostraram um recuo consistente ao longo dos últimos 22 anos da frente polar Glaciar Club, resultou em um aumento de 120,47 ha de área livre de gelo em Potter. Durante o período de 25 anos estudados, houve aumento na temperatura de 1,64 ºC nas temperaturas no outono, 1,58 ºC das temperaturas na Primavera, 0,7 ºC no inverno e 0,47 ºC no verão. As influências da temperatura atmosférica no recuo da geleira demonstrar atraso de cerca de um ano. Apesar das evidências de aumento da temperatura média do ar nas últimas décadas na região, a retração na frente da geleira Polar Club apenas com a série de temperaturas atmosféricas, não é suficiente para explicar a variação observada para a frente da geleira em Potter. O método do Valor Informativo indica uma capacidade preditiva do modelo da ordem de 89% para classes de Algas e de 87% para classe de musgos e gramíneas. As demais classes: Musgos, Liquens, e Liquens e Musgos tiveram também resultados satisfatórios com capacidade preditiva de 79, 78 e 71% respectivamente. Deste modo, poder-se afirmar que o modelo possui uma boa capacidade preditiva. Os quatro sítios estudados encontram-se em uma faixa de altitude que varia de 45 a 89 m, porém a dinâmica termal no período estudado mostrou ligeiras diferenças devido as características específicas de cada solo influenciaram neste comportamento. Apesar de encontrar-se em zona de permafrost contínuo, apenas dois sítios (S1 e S2) demostraram presença possivelmente já nos primeiros 100 cm de profundidade. Os resultados apresentados neste trabalho poderão subsidiar futuros investigações com modelagem da dinâmica termal da camada ativa e seu comportamento em longo prazo.