O constructo social da identidade de género tem vindo a ser alterado ao longo, sobretudo dos séculos XX e XXI, verificando-se, ainda, um enraizamento cultural, que leva à existência de desigualdades instituídas entre homens e mulheres. Neste sentido, é importante intervir nas diversas esferas da sociedade, tendo em vista a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres seja a nível social, político, económico, laboral, pessoal e familiar. Muitos dos valores que se incorporam na forma de estar em sociedade são transmitidos desde a infância por vários agentes educativos, sejam eles pais, educadores de infância e professores, ou outros, pelo que é necessário que estes tenham um conhecimento informado, livre de preconceitos e de estereótipos. Esta investigação teve como principal objetivo analisar a visão dos(as) educadores(as) de infância sobre esta temática, procurando analisar o que entendem por igualdade de género, como a vivenciam no seu quotidiano e nas suas práticas educativas. Trata-se de uma investigação interpretativa, sustentada numa revisão da literatura e que usa o questionário como técnica de recolha de dados, desenvolvido numa plataforma online e observando as normas éticas de respeito, confidencialidade, anonimato e consentimento informado dos inquiridos. Foi realizado um pré-teste do instrumento como forma de validar a sua fiabilidade. A análise quantitativa (dados sociodemográficos) e qualitativa (questões abertas e escala de Likert) foi realizada recorrendo à estatística descritiva e à análise interpretativa das respostas obtidas. Os dados que emergem da revisão da literatura salientam que os agentes educativos têm uma visão pouco reflexiva sobre o discurso que utilizam com as crianças, continuando a veicular estereótipos relativos às funções e papéis de homens e mulheres na sociedade e das crianças do sexo feminino e masculino. Os dados dos questionários revelam que ainda existem pessoas (ainda que possam não ser a maioria) com crenças estereotipadas em relação ao género e outras que não tem opinião formada sobre o tema. The social construct of gender identity has been changed throughout the 20th and 21st centuries, that is also cultural rooting, which leads to the existence of inequalities established between men and women. In this sense, it is important to mediate in the various spheres of society, with a view to equal opportunities between men and women, whether at the social, political, economic, labour, personal and family level. Many of the values that are incorporated in the way of being in society are transmitted since childhood by several educational agents, parents, teachers, or others. These social agents must have an informed knowledge, free of prejudices and stereotypes. This research aimed to analyze the view of kindergarten teachers on this issue, seeking to analyze what they understand by gender equality, how they experience it in their daily lives and in their educational practices. This is an interpretative research, based on a literature review and using the questionnaire as a data collection technique, developed on an online platform and observing the ethical standards of respect, confidentiality, anonymity and informed consent of respondents. A pre-test of the instrument was performed as a way to validate its reliability. Quantitative (sociodemographic) and qualitative (open questions and Likert scale) analysis was performed using descriptive statistics and interpretative analysis of the responses obtained. The data that emerge from the literature review highlight that educational agents have a little reflective view of the discourse they use with children, continuing to convey stereotypes related to the roles of men and women in society and of female and male children. The data from the questionnaires reveal that there are still people (although they may not be the majority) with stereotyped beliefs about gender and others who do not have a formed opinion on the subject. info:eu-repo/semantics/publishedVersion