The Romualdo Formation, Araripe Basin, corresponds to sedimentary rocks of shallow marine to transitional environment deposited during the late Aptian-early Albian. In the Sítio Canastra section, municipality of Araripina, Pernambuco State, are observed mudstones grading to calcarenites at the base of the outcrop. Calcareous nodules bearing fossil fishes are frequently found in the mudstones. The paleoenvironment is interpreted as transitional with fluctuating energy, suggesting successive transgression cycles. Towards the top the section, there are calcareous sandstones with fossils molluscs and echinoids, allowing the stablishment of different taphofacies, supporting the paleoenvironmental interpretation of the area. Through the taphonomic analysis, three taphofacies (T.I, T.II, T.III) were identified. The presence of marine organisms in the taphofacies, such as the echinoids of the species Pygurus tinocoi and Bothryopneustes araripensis in association cassiopid gastropods and mitilid bivalves, suggest a deposition in a of the species marine environment. Well preserves articulated equinoid shells ocurring in association to articulated and closed bivalves in T.I indicate a mostly biogenic living community generated by obrution deposits. In T.II and T.III, fragmentation is frequent, with bioclasts of several sizes. The fossil concentrations are poorly sorted with complex and chaotic packing, both in plant and vertical section, the above features are typical of tempestitic events in proximal areas. We concluded that the Canastra fossil site, represents the evolution of the Araripe paleolagoon, with an initial transgression gradating to a shallow marine environment with transport and burial of macrobenthic organisms between the beach and the platform (Araripina), through the action of storms, in agreement with data obtained in other areas of the basin. A Formação Romualdo, Bacia do Araripe, corresponde a rochas sedimentares de ambiente transicional a marinho raso depositadas durante o Neoaptiano-Eoalbiano. No sítio Canastra, município de Araripina, Estado de Pernambuco, observam-se argilitos gradando para calcarenitos na base do afloramento. Nódulos calcários que na maioria das vezes abrigam peixes, são frequentemente encontrados nos argilitos. O paleoambiente é interpretado como transicional com variação de energia, sugerindo sucessivos ciclos transgressivos. No topo ocorrem rochas calcareníticas com presença de fósseis de moluscos e equinoides, permitindo o estabelecimento de tafofácies que auxiliaram na interpretação paleoambiental da área. A partir da análise tafonômica foram identificadas três tafofácies (T.I, T.II, T.III). A identificação de organismos marinhos nas tafofácies, como equinoides das espécies Pygurus tinocoi e Bothryopneustes araripensis em associação a gastrópodos cassiopídeos e biválvios mitilídeos, sugere deposição das espécies em ambiente marinho. Carapaças de equinoides articuladas bem preservadas ocorrendo associadamente aos biválvios articulados e fechados na T.I indicam uma comunidade vivente primariamente biogênica, gerada por depósitos de sufocamento (= obrution deposits). Nas T.II e T.III a fragmentação é comum, sendo encontrados bioclastos de várias classes de tamanho. As concentrações fossilíferas são pobremente selecionadas, com empacotamento complexo e caótico, tanto em planta como em seção vertical, feições estas típicas de eventos tempestíticos em áreas proximais. Conclui-se que o afloramento fossilífero de Canastra, representa a evolução da paleolaguna Araripe, que sofreu a influência de uma transgressão e gradou para um ambiente marinho raso com ocorrências de soterramento e transporte dos organismos macrobentônicos, entre a zona de praia e a plataforma de Araripina, através da ação de tempestades, corroborando com os dados obtidos para outras porções da bacia.