1. Gravidez e o sistema imunitário
- Author
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Soares, Nuno Miguel Silva and Soares, Sandra
- Subjects
Interface materno-fetal ,Placenta ,Reproduction ,HLA-G ,Células Treg ,Imunossupression ,Balanço Th1/Th2 ,Maternal-fetal interface ,Plasma seminal ,Blastocyst ,Blastocisto ,Regulação hormonal ,Th1/Th2 balance ,Hormonal regulation ,Reprodução ,Imunossupressão ,Seminal plasma ,Treg cells - Abstract
Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas Os mecanismos imunitários que permitem a gravidez com êxito, são determinantes uma vez que mãe e feto não são idênticos, expressando, este último, aloantigénios que poderão despoletar uma resposta imunitária materna. Nos anos 40, Peter Medawar, fundador da imunologia reprodutiva, considerou o feto como um enxerto alográfico, cuja sobrevivência era conseguida através da placenta e dos seus constituintes Desde a exposição ao plasma seminal são desencadeados uma serie de eventos, nomeadamente alterações hormonais que precedem a implantação e que se mantêm ao longo da gravidez, nomeadamente o aumento de prostaglandinas (PGD) que promovem a supressão nas mucosas do tracto reprodutor feminino e o aumento de progesterona que suprime a resposta inata incluindo a actividade de macrófagos e células NK; Outras alterações, como a secreção de indolamina 2,3-dioxigenase (IDO), regulam negativamente o sistema imunológico materno aumentando a tolerância ao embrião aloantigénico. Os linfócitos T reguladores ou Treg são os mediadores essenciais na adaptação materna durante e após a implantação do embrião; a produção de citoquinas Th2 ou citoquinas regulatórias (TGF-β e IL-10) podem, também, ter um papel importante na indução e manutenção da tolerância alográfica. O papel do HLA-G contribui para que o útero e a placenta sejam imunoprivilegiados tendo como alvo várias subpopulações de células hematopoiéticas conduzindo as mesmas para um estado imunossupressor Existem variados mecanismos que explicam esta “evasão fetal” ao sistema imunológico materno estando a área da imunologia da reprodução em constante desenvolvimento. The imune mechanisms that allow a sucessfull pregnancy are determinant, because mother and child are not identical, this last one, presenting aloantigens that will activate the maternal imune response. In the 40`s, Peter Medawar, foundor of reproductive immunology, said that the fetus was an alografic transplant, wich survival was sustained through the placenta and its constituints. Since the exposure to seminal plasma, a chain of events start, namely hormonal alterations, that preced implantation and that are mantained during pregnancy, namely the increase in prostaglandins (PG) that promote the supression of the feminin reproductive tract and the increase in progesterone that supresses the inate response, including NK and macrophage activity. Other alterations like the indolamine 2,3-dioxigenase (IDO) secretion negatively regulate the maternal imune system increasing tolerance to the alogenic embryo. T regulator or Treg lymphocytes are key mediators of the maternal adaptation after embryo implantation; Th2 cytokyne production like TGF-β and IL-10, also can have a role in alographic tolerance induction. HLA-G also acts as a key factor that makes the uterus and placenta immunopriviliged places targeting several hematopoietic cells leading to immunossupression. Several mechanisms explain this “fetal evasion” to maternal imune system, so the area of reproductive immunology is in constant developing.
- Published
- 2014