Resumen: el embarazo heterotópico (EH) es una gestación múltiple en la que un embrión se implanta dentro de la cavidad uterina, y otro en cualquier otra parte como un embarazo ectópico (EE). Espontáneo, tiene una incidencia de uno en 30.000 embarazos, y con técnicas de reproducción asistida (TRA) hasta uno en cien. Su diagnóstico temprano permite reducir la morbimortalidad y mejorar el pronóstico para el embarazo intrauterino. El objetivo del artículo es realizar una revisión de la literatura sobre EH y presentar un caso clínico. Se realizó una búsqueda en bases de datos Pubmed y Medline, utilizando combinaciones con operadores booleanos de los términos MESH: heterotopic pregnancy, ectopic pregnancy therapy risk factors y prognosis. Los límites de la búsqueda fueron: artículos en texto completo, idiomas español e inglés, publicados en los últimos diez años. Se obtuvieron 275 títulos; luego de eliminar los duplicados y la evaluación del resumen, se utilizaron veintisiete referencias. Se presenta un caso de una paciente gesta 2, antecedente de EE roto, con EH espontáneo y ruptura de gestación tubárica; se describe su manejo y resultado perinatal. El EH puede tener implantación tubárica (más frecuente) o en cualquier otra localización. El diagnóstico debe estar centrado en los factores de riesgo y los criterios de ultrasonido. El manejo puede ser expectante, médico o quirúrgico, teniendo con el primero el peor pronóstico materno, con el segundo, menores tasas de pérdida gestacional y mejores resultados maternos, y con el último mayores tasas de aborto. El diagnóstico del EH se realiza por ultrasonido transvaginal; de acuerdo con cada caso se orienta el tratamiento. El abordaje quirúrgico es la primera línea en la presentación aguda. El manejo expectante o la aspiración guiada por ultrasonido son opciones razonables en la paciente estable. Son necesarias más cohortes de pacientes para evaluar los resultados del manejo en nuestro medio. Summary: heterotopic pregnancy (HP) involves multiple gestations in which one embryo is implanted within the uterine cavity and another elsewhere, such as an ectopic pregnancy (EP). A spontaneous pregnancy has an incidence of one in 30.000 pregnancies, and with assisted reproduction techniques (ART) up to one in a hundred. Its early diagnosis allowsto reduce morbidity and mortality and improve the prognosis for intrauterine pregnancy. The article aims to perform a review of the literature on HP and present a clinical case. A search was conducted on Pubmed and Medline databases, using combinations with Boolean operators of the terms MESH: heterotopic pregnancy, ectopic pregnancy, therapy risk factors and prognosis. The search limits were: full-text articles, Spanish and English languages, published in the last ten years. 275 titles were obtained; after eliminating duplicates and abstract evaluation, 27 references were used. We present a case of a pregnant patient 2, records of broken EP, with spontaneous HP and rupture of tubal gestation; their management and the perinatal results are described. The HP may have tubal implantation (more frequent) or in any other location. The diagnosis should focus on risk factors and ultrasound criteria; the management can be expectant, medical, or surgical, having with the first the worst maternal prognosis, with the second lower rates of gestational loss and better maternal outcomes, and with the latter higher abortion rates. The diagnosis of HP is performed by transvaginal ultrasound; according to each case, the treatment is oriented. The surgical approach is the first line in the acute presentation. Expectant management or ultrasound-guided aspiration are reasonable options in the stable patient. More cohorts of patients are needed to evaluate management outcomes in our environment. Resumo: a gestação heterotópica (GH) é urna gravidez múltipla na qual um embrião é implantado dentro da cavidade uterina, e outro, em qualquer outro lugar como uma gestação ectópica (GE). Espontânea ocorre em urna de 30.000 gestações, e com técnicas de reprodução assistida, até urna em cem. Seu diagnóstico precoce permite reduzir a morbimortalidade e melhorar o prognóstico para a gestação intrauterina. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão da literatura sobre GH e apresentar um caso clínico. Foi realizada urna busca em bases de dados PubMed e Medline, a partir de combinações com operadores booleanos dos termos MESH: heterotopic pregnancy ectopic pregnancy therapy risk factors e prognosis. Os limites da busca foram: artigos em texto completo, em espanhol e inglês, publicados nos últimos dez anos. Foram obtidos 275 títulos; após eliminar os duplicados e a avaliação do resumo, foram utilizadas 27 referencias. É apresentado um caso de urna paciente gesta 2, antecedente de GE rota, com GH espontánea e ruptura da gravidez tubária ectópica; são descritos seu tratamento e resultado perinatal. O GH pode ter implantação tubária (mais frequente) ou em qualquer outra localização. O diagnóstico deve estar centralizado nos fatores de risco e nos critérios de ultrassom. A gravidez pode ser expectante, médica ou cirúrgica, tendo com o primeiro o pior prognóstico materno, com o segundo, menores taxas de perda gestacional e melhores resultados maternos, e com o último maiores taxas de aborto. O diagnóstico do GH é realizado por ultrassom transvaginal; de acordo com cada caso, é orientado o tratamento. A abordagem cirúrgica é a primeira linha na apresentação aguda. O tratamento expectante ou a aspiração guiada por ultrassom são opções razoáveis na paciente estável. São necessárias mais coortes de pacientes para avaliar os resultados do tratamento em nosso contexto.