Neste trabalho, apresenta-se uma análise de construções temporais no português escrito do Brasil que podem, a depender de determinados fatores pragmáticos, semânticos e sintáticos, receber uma interpretação condicional. Além disso, é possível dizer que em certos contextos discursivos uma leitura condicional das construções temporais é favorecida. Nesses contextos, as construções temporais expressam habitualidade, e são usadas para argumentar, especificar ou restringir o significado da oração-apódose, ou ainda para mostrar o foco do falante em relação a um tempo de avaliação.