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Apresentação do dossiê "Tecnologia e políticas culturais: o acesso à cultura digital no Brasil", que contempla os seguintes artigos: “Iniciativas brasileiras em torno da construção de uma Política Nacional para Acervos Digitais de Instituições de Memória: o desafio da memória em tempos de cultura digital”; “As Transformações da Era Digital e o Impacto na Economia da Cultura do Livro”; “Dialogando com e sobre o rural através das novas mídias: estratégias e desafios da comunicação” e “Softwares livres e políticas culturais no Brasil: o caso do Mapa Cultural”. Os artigos tratam das aplicações das tecnologias digitais às políticas culturais, localizando-as num contexto mais geral das aplicações das TICs e analisando casos setoriais.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) tem executado uma série de ações de estímulo ao empreendedorismo cultural. O SEBRAE é uma entidade privada sem fins lucrativos e de interesse público, com fortes vínculos jurídicos, financeiros e políticos junto ao Estado brasileiro. A atuação do SEBRAE no âmbito do empreendedorismo cultural o torna um agente estatal de mercado (AEM) bastante específico, cuja atuação o caracteriza como um agente das novas políticas culturais no Brasil, as políticas econômico-culturais. Por meio das suas modalidades de atuação, o SEBRAE corrobora diretamente para o processo de incorporação das disposições práticas que orientam a formulação de novos modelos de negócios e de novas racionalidades empresariais por parte das micro e pequenas empresas culturais.

Este artigo procura situar o advento e a operacionalização de uma formação discursiva responsável pela emergência de um novo universalismo global. Tal universalismo traz como imperativo ético-moral a defesa e a promoção de valores como a diversidade cultural. Para compreender as implicações políticas e culturais desse universalismo, este trabalho elege como eixo empírico a atuação da Organização das Nações Unidas Para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), destacando as ações dessa organização na coordenação e dinamização de um trânsito simbólico e discursivo transnacional envolvendo governos, organizações não-governamentais e grupos políticos.This article attempts to situate the emergence and development of a discursive formation responsible for the appearance of a new global universalism. The ethical and moral imperative of this universalism is the defense and promotion of values such as cultural diversity. To understand the political and cultural implications of this universalism, this article elects as its empirical axis the performance of the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO), highlighting the actions of the organization in coordinating and facilitating a symbolic and discursive transnational transit involving governments, nongovernmental organizations and political groups.