A aplicação de um mesmo herbicida, ou de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, durante anos consecutivos, numa mesma área, pode resultar na seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas. O objetivo deste trabalho foi confirmar a resistência de um biótipo da planta daninha losna-branca (Parthenium hysterophorus) aos herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS), proveniente de uma propriedade rural no município de Mandaguari, norte do Estado do Paraná. Plantas com suspeita de resistência foram tratadas com diversos herbicidas e doses e comparadas com plantas de uma população suscetível. Os tratamentos foram as doses recomendadas dos herbicidas, duas e quatro vezes superiores à dose recomendada. Os produtos e as doses aplicadas foram cloransulam-methyl a 0,0; 33,6; 67,2; e 134,4 g i.a. ha-1 mais o adjuvante Agral a 0,2% v/v, chlorimuron-ethyl a 0,0; 20,0; 40,0; e 80,0 g i.a. ha-1, imazethapyr a 0,0; 100,0; 200,0; e 400,0 g i.a. ha-1 e iodosulfuron-methyl-sodium mais foramsulfuron a 0,0; 3,0 + 45,0 g i.a. ha-1 (150,0 g p.c. ha¹); 6,0 + 90,0 g i.a. ha-1 (300,0 g p.c. ha-1); e 12,0 + 180,0 g i.a. ha-1 (600,0 g p.c. ha-1). Foi acres centado um tratamento com o herbicida 2,4-D na dose de 536,0 g e.a. ha-1. As curvas de doseresposta do biótipo resistente foram inferiores às do biótipo suscetível em todas as doses e herbicidas estudados. O biótipo de losna-branca foi confirmado como resistente aos herbicidas inibidores da ALS. A ocorrência de resistência cruzada foi observada em relação aos herbicidas pertencentes aos grupos químicos das imidazolinonas (imazethapyr), triazolopirimidinas (cloransulam-methyl) e sulfoniluréias (chlorimuron-ethyl e iodosulfuron-methyl-sodium mais foramsulfuron). O herbicida 2,4-D, apresentou alto índice de controle de ambos os biótipos de losna-branca avaliados, confirmando que esse mecanismo de ação do herbicida é uma importante alternativa para manejar áreas com problemas de resistência.Weed control using herbicide application is a common agricultural practice. However, the application of the same herbicide or herbicides with the same mechanism of action, for consecutive years, in the same area, can result in the selection of herbicide resistant biotypes. The aim of this work was to confirm the resistance of a ragweed (Parthenium hysterophorus) biotype to acetolactate synthase (ALS) inhibiting herbicides. The plants were collected on a farm in Mandaguari, north of Parana State, Brazil. Plants with suspicious resistance were treated with several herbicides and rates and compared with those of a susceptible population. The herbicide treatments were established considering the recommended rates, double and four times higher than the recommended rate as follows: cloransulam-methyl 0.0, 33.6, 67.2 and 134.4 g a.i. ha-1 plus adjuvant 0.2% v/v, chlorimuron-ethyl 0.0, 20.0, 40.0 and 80.0 g a.i., imazethapyr 0.0, 100.0, 200.0 and 400.0 g a.i. ha-1, iodosulfuron-methyl-sodium plus foramsulfuron 0.0, 3.0 + 45.0 ga.i. ha-1 (150.0 g c.p. ha-1), 6.0 + 90.0 g a.i. ha-1 (300.0 g c.p. ha-1) and 12.0 + 180.0 g a.i. ha¹ (600.0 g c.p. ha-1). In addition, a treatment with 2,4-D (536.0 g a.e. ha¹) was applied. Resistant plant dose-response curves presented lower values when compared to the susceptible population, in all rates and herbicides studied. The ragweed biotype was confirmed as resistant to the ALS inhibiting herbicides. Cross-resistance was observed with herbicides belonging to the chemical groups of imidazolinones (imazethapyr), triazolopyrimidines (cloransulam-methyl), sulfonylureas (chlorimuron-ethyl and iodosulfuron-methyl-sodium plus foramsulfuron). 2,4-D has a different mechanism of action, presenting high values of control, and thus being a management alternative in areas with ragweed resistant population.