Este trabalho faz parte de uma pesquisa de doutorado iniciada em 2011, com o propósito de inserir a discussão do diagrama enquanto dispositivo processual e virtual atualizado conceitualmente no campo da teoria e da crítica da arquitetura e do urbanismo, na interface da ciência, da arte e da filosofia. O diagrama não é tratado como uma ferramenta estática de representação, mas como uma máquina de forças que emerge como um instrumento incorporal e dinâmico de ação social, capaz de fomentar novos discursos, traduzir enunciados e problematizar a atual produção projetual. A partir da reconstituição do diagrama moderno, entre o abstracionismo e os procedimentos geométricos sistematizados por alguns arquitetos e pensadores nos últimos 40 anos, verifica-se a necessidade de constante atualização e ressignificação da própria função do papel do processo e da dimensão diagramática como rede aberta na contemporaneidade. Busca-se a ênfase na arquitetura como esquema, esboço, fluxos e experimentação, onde o modo de fazer torna-se tão emblemático quanto o produto final. E é nessa linha de fuga que o diagrama pode se transformar em uma máquina de resistência criativa frente aos modelos hegemônicos, incorporando novos saberes e práticas éticas, estéticas e políticas.