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O estudo analisa a relação entre os gastos públicos em saúde com proxies de accountability no setor público em países da América Latina e da África Subsaariana, no período de 2000 a 2019. Assume-se que o empoderamento social advindo do exercício de accountability permite que os recursos públicos tenham destinação alinhada com os interesses da sociedade, no ambiente de fragilidade socioeconômica de países considerados subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Para execução da pesquisa foram levantados dados do Banco Mundial de 74 países, nos dois continentes estudados. Trata-se de pesquisa descritiva, exploratória, documental e com abordagem quantitativa em relação ao problema de pesquisa por meio da análise dos dados. As análises foram realizadas por meio de uma estrutura de dados em painel balanceado. Os resultados se mostraram consoantes à literatura revisada e reforçam a relação das práticas de accountability na destinação das políticas públicas, visto que o modelo proposto se mostrou significativo, embora com poder explicativo abaixo do esperado o que não diminui a contribuição prática dos achados da pesquisa. Esse ambiente reforça a importância das práticas de accountability, em cenário de construção social e econômica desfavorável.

Introdução: Há indícios de que a obesidade em adultos esteja aumentando consideravelmente na África Subsaariana, região que também se encontra em transição nutricional. Nesse contexto, o aumento do excesso de peso é algo preocupante, podendo atingir também as crianças, elevando o risco para várias doenças, como as cardiovasculares e o diabetes. Objetivos: Descrever as tendências de obesidade ao longo das últimas décadas em mulheres em idade fértil, paralelamente àquelas de desnutrição em crianças menores de 5 anos em países da África Subsaariana. Métodos: Para descrever as tendências da situação nutricional, foram utilizados dados de inquéritos nacionais (Demographic and Health Surveys e Multiple Indicator Cluster Samples) de 13 países da África Subsaariana que tinham pelo menos quatro inquéritos disponíveis desde 1993. Foram traçadas tendências para os desfechos obesidade em mulheres com idade entre 15 e 49 anos, e sobrepeso, baixa estatura, baixo peso para altura, baixo peso ao nascer e baixo peso para idade em crianças menores de 5 anos. A análise de tendências em cada país foi realizada por meio de regressão linear e utilizando-se modelo multinível. Resultados: A prevalência de obesidade cresce entre mulheres em idade fértil na ordem de 0,3 pontos percentuais ao ano, acompanhado por importante diminuição de stunting e, embora menor, de wasting, sem evidência, até o momento, de aumento de sobrepeso em crianças abaixo de 5 anos. Conclusão: Estes resultados nos permitiram identificar uma tendência preocupante de aumento de obesidade em mulheres em idade fértil em países da África Subsaariana, em um contexto no qual ainda predomina a desnutrição infantil, especialmente a do tipo stunting.