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A penalização de quem pratica rinha de galos pode ser fortalecida por pareceres técnicos de profissionais capacitados para atestar maus-tratos. O objetivo foi relatar uma perícia em bem-estar animal para diagnóstico de maus-tratos contra galos utilizados em rinhas. A perícia ocorreu na região de Curitiba, Paraná, avaliando-se 12 animais da espécie Gallus gallus. Foi utilizado o Protocolo de Perícia em Bem-estar Animal–PPBEA, composto por quatro conjuntos de indicadores: nutricionais, de conforto, de saúde e comportamentais. O grau de bem-estar é resultado da integração dos indicadores e varia de muito baixo a muito alto. Graus de bem-estar muito baixo e baixo são compatíveis com maus-tratos. Os animais apresentaram inadequação dos quatro conjuntos de indicadores devido à inconformidade da oferta de água e alimento, desconforto imposto pelo ambiente, lesões intencionais e sem atendimento veterinário e limitação da execução dos comportamentos naturais. Foram identificadas evidências da prática de rinha, como o número de galos presentes no local, balança, arena, gaiolas de transporte e apetrechos utilizados para este crime. O uso do PPBEA concretizou a emissão de parecer técnico fundamentado na ciência do bem-estar animal para atestar maus-tratos, bem como confirmar o uso dos animais para rinha, crime legalmente proibido no Brasil.

A One Welfare approach allows intervention to resolve problems related to the human-animal-environment interface. However, in Brazil and many other countries, there is poor communication between human and animal welfare services. In this research we considered a One Welfare approach in cases of abuse involving dogs and cats. When investigating pet abuse, professionals from the Animal Welfare Division of Pinhais, Brazil, can enter the home environment. During routine animal abuse investigations, the demographic profile of pet owners and their socioeconomic vulnerability was also recorded. Results from forty-five cases with (n = 30) and without (n = 15) suspicion of socioeconomic vulnerability were sent to the Department of Social Assistance of Pinhais, Brazil for confirmation. Socioeconomic vulnerability was suspected if socioeconomic problems were reported by the pet owners under investigation or their neighbours, as well by assessment of the socioeconomic environment of the families during home visits. Economic disadvantage was the most prevalent socioeconomic vulnerability. Cohen’s Kappa coefficients support the ability of animal welfare service professionals to detect socioeconomic vulnerability. Almost half of all families considered to have socioeconomic vulnerability had not previously participated in social programmes. In all cases involving families already being assisted by the Department of Social Assistance, pets were found to be suffering abuse. Families with socioeconomic vulnerability confirmed were included in the social programmes. These results support the need for a multi-disciplinary approach to improve the well-being of families with dogs and cats. This study can help guide the development of an interdisciplinary approach to address animal abuse cases.