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A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma patologia de alta prevalência na população brasileira e demanda grandes esforços dos centros de saúde da família, porta de entrada do SUS e executora do cuidado continuado das condições crônicas. Como norteadora da Rede de Atenção à Saúde (RAS), a Atenção Primária à Saúde (APS) deve proporcionar cuidado em saúde por meio de atendimentos abrangentes, acessíveis e voltados à comunidade. O objetivo deste estudo foi analisar o acesso ao atendimento odontológico pelos pacientes com diagnóstico de HAS nos Centros de Saúde da Família do território Krahô de Palmas, no Tocantins, nos últimos quatro anos (2019 a 2022). Trata-se de um estudo transversal, observacional, de caráter quantitativo, cujos dados foram coletados por meio de relatórios do e-SUS e de um questionário estruturado e padronizado, aplicado de forma on-line aos dentistas que atuam na Estratégia de Saúde da Família (ESF) do território de saúde Krahô. Em 2022, a cobertura de atendimento odontológico aos pacientes hipertensos do território Krahô foi de 12,8%. Quanto aos cirurgiões-dentistas que atendem nesse território, são 100% os que realizam atendimento a esses pacientes; sendo 77,8% que se comunica com o médico que acompanha o paciente; tendo 100% que aferem a pressão arterial antes dos atendimentos; com 66,7% que afirmam ter facilidade para realizar esse tipo de tratamento. Apenas 33,3%, entretanto, solicitam exames complementares. Apesar de os profissionais cirurgiões-dentistas se mostrarem aptos a realizar os atendimentos odontológicos dos pacientes hipertensos do território Krahô, a cobertura desse cuidado ainda é muito baixa.