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Digoxin is used for heart failure associated to systolic dysfunction and high ventricular rate. It has a narrow therapeutic range and intoxication may occur due to drug interactions or comorbidities. The aim of this work was to study digoxin use in a public health unit delineating the profile of patients susceptible to digitalis intoxication. Medical records belonging to patients admitted to the cardiomyopathy ward of the health unit (2009-2010) and in use of digoxin were analyzed. Among 647 patients admitted, 185 individuals using digoxin and possessed records available. The registration of plasma digoxin concentration was found in 80 records and it was out of the therapeutic range in 42 patients (52.5%). This group of individuals was constituted mainly by males patients (79%), functional class III of heart failure (65%), exhibiting renal failure (33%). The evaluated sample reflects the epidemiology of heart failure in Brazil and, although pharmacotherapy had been according to Brazilian Guidelines, apparently the monitoring was not performed as recommended. This work highlighs the necessity of plasma digoxin constant monitoring during pharmacotherapy and the development of protocols that enable a safer use, especially in male patients, functional class III and with renal dysfunction. A digoxina é usada para insuficiência cardíaca associada à disfunção sistólica e alta frequência ventricular. Possui janela terapêutica estreita, e a intoxicação pode ocorrer por interações medicamentosas ou comorbidades. O objetivo deste trabalho foi estudar o uso de digoxina em uma unidade pública de saúde, determinando o perfil de pacientes susceptíveis à intoxicação digitálica. Foram analisados dados de prontuários de pacientes internados na enfermaria de cardiomiopatia (2009-2010) em uso de digoxina. Dentre 647 indivíduos admitidos, 185 fizeram uso de digoxina e tiveram prontuário disponibilizado. A concentração plasmática de digoxina encontrava-se registrada em 80 prontuários, e estando fora da janela terapêutica em 42 pacientes (52,50%). Este grupo de indivíduos foi constituído principalmente por pacientes do sexo masculino (79%), em classe funcional III de insuficiência cardíaca (65%), apresentando insuficiência renal (33%). A amostra analisada refletiu a epidemiologia da insuficiência cardíaca no Brasil e, embora a farmacoterapia tenha se dado de acordo com as Diretrizes Brasileiras, o monitoramento aparentemente não foi realizado como sugerido. Este trabalho ratifica a necessidade de monitoramento constante da concentração plasmática do digitálico durante a farmacoterapia e o desenvolvimento de protocolos que permitam utilização mais segura principalmente em pacientes do sexo masculino, em classe funcional III e com disfunção renal.