1. Força da preensão palmar como marcador simples para o rastreamento de sarcopenia em pacientes com doença hepática crônica .
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Maria de Lima Carvalhal, Manuela, Lopes Gomes, Daniela, Jesus da Silva, Rayzza Marcelly, Lopes Cardoso, Matheus, Carvalho, Tayna, and Simões Quaresma, Juarez Antônio
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INTRODUÇÃO A inflamação hepática causada pelos vírus das hepatites B e C contribui para a sarcopenia, caracterizada pela perda de massa e força muscular, que leva à redução da qualidade de vida. A avaliação dessa condição exige técnicas complexas e de acesso limitado, porém a força de preensão palmar pode ser utilizada como uma medida eficaz para aferir a perda de força e a depleção proteica. Nesse sentido, o estudo objetiva avaliar a correlação entre a força de preensão palmar e massa muscular de indivíduos com doença hepática crônica. MÉTODOS Estudo transversal, descritivo e analítico realizado no período de agosto de 2020 a agosto de 2021, em um Centro de Referência Estadual das doenças do fígado no estado do Pará, Brasil. Foi realizada amostragem não probabilística por conveniência com pacientes com hepatites B e/ou C de 20 a 74 anos. Foram coletados dados referentes a idade, sexo, peso, altura, índice de massa corporal (IMC), força de preensão palmar (FPP) e exame de bioimpedância elétrica, com uma balança InBody® modelo 230. Além disso, foram aplicados dois recordatórios de 24 horas, para avaliar a ingestão proteica. A análise estatística, foi realizada no software SPSS, versão 2.0, sendo aplicado o teste de correlação Pearson ou de Spearman e regressão linear, considerado como nível de significância estatística de p<0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer de número 4.946.840. Todos assinaram o Termo de Consentimento. RESULTADOS Foram avaliados 39 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (51,28%; n=20), com média de idade de 54,66±11,71 anos. Observou-se correlação entre a FPP e a massa muscular corporal (kg) (r²=0,584; p=0,000) e taxa metabólica basal (Kcal) (r²= 0,597; p=0,000), além de correlação inversa, entre a FPP e a gordura corporal em kg (r²= -0,421; p=0,008) e em percentual (r²= -0,570; p=0,000). A partir do modelo de regressão linear, observou-se que a correlação entre a FPP e massa muscular (B=0,505; IC 0,616; 2,243; p=0,001) permaneceu independente do consumo proteico (B=0,623; IC 0,910; 2,618; p=0,000), idade (B=0,622; IC 0,896; 2,626; p=0,000), IMC (B=0,630; IC 0,910-2,657; p=0,000), e diagnóstico de DM2 (B 0,676; IC 1,055 – 2,773; p=0,000). A correlação entre a FPP e massa muscular de indivíduos com hepatite B e/ou C indica que a FPP pode ser utilizada como um marcador de sarcopenia, em que a redução da FPP indica uma massa muscular reduzida. Portanto, sugere-se a utilização da FPP para verificação e acompanhamento da perda de força, assim como de depleção proteica, em pacientes com doença hepática crônica, pois é um método simples, de fácil transporte e aplicação, custo-benefício satisfatório. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
- Published
- 2022