Polycystic ovary syndrome is the most frequent cause of anovulatory infertility and management involves a multistep approach. Laparoscopic ovarian diathermy is accepted as a second-line treatment of patients who failed to respond to clomiphene citrate. The aims of this study were to determine the efficacy of this technique at short and long-term and to perform an analysis of predictive factors of spontaneous pregnancy.This retrospective study involved 76 women who underwent laparoscopic ovarian diathermy between 2004 and 2013 in a university hospital. Main outcomes were cycle regularity and pregnancy. Short-term outcomes recorded during followup in our centre were reviewed and long-term outcomes were evaluated by a telephone interview to all women whose surgery was undertaken more than three years ago. Clinical and biochemical data were analysed as predictive factors of spontaneous conceptionin patients without other infertility factors.Menstrual cycle regularity was initially achieved in 53 (70%) women and in the long-term follow-up subgroup, 52% (12/23) had regular periods. In general, 53 (70%) women conceived and 77 pregnancies were achieved, 60% of which were spontaneous. The only prognostic factor found to be significantly associated with spontaneous conception was a shorter duration of infertility (3 years) (p0.05).Laparoscopic ovarian diathermy showed pregnancy rates comparable to other ovulation induction treatments with the advantage of having a long lasting beneficial effect in menstrual regularity and fertility.Laparoscopic ovarian diathermy is a safe and effective treatment option for anovulatory infertility in women with polycystic ovary syndrome.Introdução: A síndrome dos ovários poliquísticos é a causa mais frequente de anovulação e o tratamento envolve uma abordagem faseada. A electrocoagulação laparoscópica dos ovários é aceite como segunda linha no tratamento das doentes que não respondem ao citrato de clomifeno. Os objectivos deste estudo foram determinar a eficácia desta técnica a curto e longo prazo e definir os factores preditivos de gravidez espontânea. Material e Métodos: Este estudo retrospectivo envolveu 76 mulheres submetidas a electrocoagulação dos ovários entre 2004 e 2013, num hospital universitário. Os desfechos principais foram a regularidade menstrual e gravidez. Os resultados a curto prazo registados durante a vigilância na unidade foram revistos e os desfechos a longo prazo foram avaliados através de entrevista telefónica realizada a todas as mulheres operadas há mais de três anos. Dados clínicos e bioquímicos foram analisados como factores preditivos de gravidez espontânea em doentes sem outros factores de infertilidade. Resultados: A regularidade do ciclo menstrual foi alcançada inicialmente em 53 (70%) mulheres e a longo prazo, 52% (12/53) tinham ciclos regulares. Em geral, 53 (70%) mulheres engravidaram e foram obtidas 77 gravidezes, 60% das quais foram espontâneas. O único factor de prognóstico associado a gravidez espontânea foi a duração da infertilidade inferior a três anos (p0,05). Discussão: A electrocoagulação dos ovários demonstrou taxas de gravidez comparáveis a outros tratamentos de indução da ovulação com a vantagem de ter efeitos benéficos duradouros na regularidade menstrual e fertilidade. Conclusão: A electrocoagulação dos ovários é uma opção de tratamento segura e eficaz na infertilidade anovulatória em mulheres com síndrome dos ovários poliquísticos.