INTRODUCTION Time management is an area where organizations seek to intervene in terms of planning and implementation of products and services, trying to adapt the procedures to the professional’s individual and collective performances in the formal aspects of operational issues, in order to influence their levels of productivity. In the context of nursing there have also been studies directed to the Organization of work and working methods, so as to influence the Organization in terms of productivity. OBJECTIVES The present study aims to account the time of nursing care provided directly to patients in the Medicine and Surgery services in the morning shift and the quantification of time available for other cares. METHODS An observational, quantitative, transversal and descriptive-correlational study was carried out, on a hospital in the central region of the province of Beira Alta, through observation of 159 nurses, mostly females (94,3%), with an average age of 37 years and average service time of 12 years, during the provision of direct care to patients in the morning shift, with a nurse/patient ratio of 1/5 on the Medicine and 1/6 on the Surgery Services. RESULTS The 159 observations of nurses during the provision of care to patients aged 66 years or over (73,6%), totally dependent (50,9%) and in need of an average 5,5 hours of care per day, according to the Patients Classification system in nursing (SCD/E), have resulted in an average time of 31’ for the execution of direct care per patient, being 37’ in the Medicine and 26’ in the Surgery services. Facing the nurse/patient ratio, the time available for other nursing interventions that do not require the presence of the patient, was 44’ per patient, after removing the shift rotation, morning break and meal time. The interventions related to the preparation and administration of therapy, hygiene and implementation of dressings for the treatment of wounds and tissue regeneration, consumed the largest average times in the shift, respectively of 7,83’, 6,37’ and 3,44’. The nurses time of service was a predictor of the care time on the shift (r=-0,439; p = 0,034). CONCLUSIONS A nurse/patient ratio per service in accordance with the norms facing the needs of hours of care was observed, but the times used in the provision of care fall short of the recommended by the Order of Nurses and legislation, in particular with regard to the treatment of wounds (30’) and medication administration (15’). On the other hand, it was found that the longer the professionals time of service, the lower the direct care time provided at the shift. The allocation of more time on the part of professionals for other care that does not require the presence of the patients, in particular records, was noticed, which leads us to assume the need for more time to the execution of the same, despite the introduction of new technologies and software support, keeping nurses away from the patients., INTRODUÇÃO A gestão do tempo é uma área em que as organizações procuram intervir em termos do planeamento e execução de produtos e serviços, procurando adequar os procedimentos aos desempenhos individuais e coletivos dos profissionais nos aspetos formais das questões operacionais, de modo a influenciar os seus níveis de produtividade. No âmbito da enfermagem também têm sido feitos estudos direcionados para a organização do trabalho e métodos de trabalho, de modo a influenciar a organização em termos de produtividade. OBJETIVO O presente estudo incidiu na contabilização do tempo de cuidados de enfermagem prestados diretamente aos doentes nos serviços de Medicina e Cirurgia no turno da manhã e na quantificação do tempo disponível para a execução de outros cuidados. MÉTODOS Procedeu-se a um estudo observacional, quantitativo, transversal e descritivo-correlacional, efetuado num hospital da região centro da província da Beira Alta, através da observação de 159 enfermeiros, maioritariamente do sexo feminino (94.3%), com média de idade de 37 anos e tempo médio de serviço de 12 anos, durante a prestação de cuidados diretos aos doentes no turno da manhã, num rácio enfermeiro doente de 1/5 para a Medicina e de 1/6 para a Cirurgia. RESULTADOS Como resultados das 159 observações efetuadas a enfermeiros durante a prestação de cuidados aos doentes com idade igual ou superior a 66 anos (73.6%), totalmente dependentes (50.9%) e necessitados em média de 5,5 horas de cuidados/dia (SCD/E), obtivemos um tempo médio global de 31’ para a execução de cuidados diretos por doente, verificando-se sectorialmente, 37’ no serviço de Medicina e de 26’ na Cirurgia. Face ao rácio enfermeiro/doente, o tempo disponível para outras intervenções de enfermagem que não requerem a presença do doente, foi de 44’ por doente, após retirado o tempo para passagem de turno, intervalo da manhã e refeição.As intervenções relacionadas com a preparação e administração de terapêutica, cuidados de higiene e execução de pensos para o tratamento de feridas e regeneração tecidular, consumiram os maiores tempos médios no turno, respetivamente de 7.83’, 6.37’ e 3.44’”. O tempo de serviço dos enfermeiros foi preditor do tempo de cuidados no turno (r=-0,439; p=0,034). CONCLUSÕES Verificamos um rácio enfermeiro doente por serviço de acordo com as normas face às necessidades de horas de cuidados, mas que os tempos utilizados na prestação dos cuidados ficam aquém do preconizado pela Ordem dos Enfermeiros e legislação em vigor, nomeadamente no que se refere ao tratamento de feridas (30’) e administração de medicação (15’). Por outro lado, verificou-se que quanto maior o tempo de serviço dos profissionais, menor é o tempo de cuidados diretos prestados no turno. Constatamos assim a alocação de mais tempo por parte dos profissionais para outros cuidados que não carecem da presença do doente, nomeadamente registos, o que nos leva a pressupor da necessidade de mais tempo para a execução dos mesmos, apesar da introdução das novas tecnologias e dos programas informáticos de suporte, afastando-os dos doentes.