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Costuma-se apor (quando não opor) a Cultura à Ciência. Esta vista como rigorosa, concreta, dotada de proveitos úteis, enquanto aquela é subjetiva, imaterial e sem uma finalidade utilitária. À eficiência da Ciência opõe-se a ineficiência da Cultura.Este pequeno texto, a propósito da existência do Centro de Estudos Lusíadas como Unidade Cultural da Universidade do Minho, procura refletir sobre as relações entre aquelas duas dimensões que uma Universidade deve ter.

A apologia do descanso por Lúcio Craveiro da Silva, condição indispensável para bem trabalhar: "Só sabe trabalhar quem sabe descansar", dizia., info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Enunciando-se no presente, a cultura não deixa nunca de convocar o passado, o encontro entre sujeitos e gerações, a proximidade de uma origem que pulsa no presente e que, em razão mesmo desse anacronismo, nos permite compreender melhor o nosso próprio tempo e nos confere simultaneamente a capacidade de o transformar. Como espaços por excelência de criação, de experimentação e de crítica das ideias, como lugares de conceção de formas alternativas de existência contra as matrizes institucionalizadas, a Filosofia, as Literaturas, as Artes detêm um papel central na formação de um sujeito livre e de um cidadão social, moral e intelectualmente responsável.