1. Repairing the colors. Ethnography of the cerrado with the women who live in the sertão das veredas
- Author
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Lima, Jacqueline Stefanny Ferraz de and Vianna, Anna Catarina Morawska
- Subjects
Mulheres ,Political anthropology ,ANTROPOLOGIA::TEORIA ANTROPOLOGICA [CIENCIAS HUMANAS] ,Etnografia ,Ethnograpy ,Economic anthropology ,Cerrado ,Women ,ANTROPOLOGIA::ANTROPOLOGIA RURAL [CIENCIAS HUMANAS] ,Antropologia política ,Antropologia econômica - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) This thesis presents an ethnography of the cerrado with the women who live in the sertão das veredas, geographically located in the northwest of Minas Gerais state (Brazil). Walking, knowing, and writing the cerrado together with the women's mexidas is the main task of this work. Its main argument follows the idea of reparar as cores [repairing the cerrado colors], an expression often used in the sertão das veredas that express the variety of forms found in the colors of the landscape. This thesis is attentive to the ordinary practice, to everyday relations among rural women and the contrasts between the poverty of development and the riqueza [wealth] in the cerrado. It is about the relation of time and the abundance that comes from the variety of collective practices of economic organization. Likewise, it focus on the nuances of the women's adherence to development projects, and the way they create difference and wealth, in contrast to the pecuniary quantification of the cerrado. It also discusses the various ways people establish prices in very particular economic transactions. Finally, it deals with the color of pigmentations that, in face of lived experiences amid the transformations of the land, the waters, the wind, the flowers, the landscape, paint an image against the secamento do tempo [the drying of time] in the cerrado. Esta tese apresenta uma etnografia do cerrado junto às mulheres no sertão das veredas, localidade geograficamente situada no noroeste do estado de Minas Gerais. Andar, conhecer e escrever o cerrado junto às mexidas de mulheres foi a tarefa enfrentada neste trabalho que, como fio condutor, empresta a locução reparar as cores – uma expressão utilizada no sertão mineiro a tornar sensível variadas formas de expressão dos cerrados –, a fim de fazer do texto também um lugar onde, através da cor, a variação experienciada durante a pesquisa etnográfica se expresse. Dessa forma, e sobretudo atenta às práticas ordinárias e às relações cotidianas, esta tese versa sobre os contrastes entre a “pobreza do desenvolvimento” e a riqueza no cerrado. Sobre as tonalidades do tempo e da fartura, a partir de experiências coletivas de organização da economia. Também sobre os matizes das adesões aos projetos, suas ordinárias diferenças avessas às quantificações pecuniárias. Ainda, sobre as composições de formação de preços, tal como o fazem as pessoas em transações econômicas bastantes singulares. Versa, finalmente, sobre as cores dos pigmentos que, diante de experiências vividas em meio às transformações da terra, das águas, dos ventos, das flores, da paisagem, pintam uma imagem contra o secamento do tempo no cerrado. CAPES: Código de financiamento 001
- Published
- 2022