Submitted by Simone Maisonave (simonemaisonave@hotmail.com) on 2021-01-21T16:52:52Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_SIMONE_FERNANDES_MATHIAS.pdf: 5519401 bytes, checksum: b643d2b2d6563cd8ce46c3676d8e6c63 (MD5) Approved for entry into archive by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2021-01-22T14:58:31Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertacao_SIMONE_FERNANDES_MATHIAS.pdf: 5519401 bytes, checksum: b643d2b2d6563cd8ce46c3676d8e6c63 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-22T14:58:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertacao_SIMONE_FERNANDES_MATHIAS.pdf: 5519401 bytes, checksum: b643d2b2d6563cd8ce46c3676d8e6c63 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2020-11-23 Esta dissertação de mestrado apresenta um estudo antropológico, sobre o território do Passo dos Negros em Pelotas R/S., sobre a perspectiva das etnografias, narrativas, oralidades e conflitos. Procura-se entender essa região, desde o início de sua construção, nos meados do século XIX, com a chegada de homens, mulheres e crianças escravizadas, assim como a produção do charque, sendo que a partir desse trabalho e de vários outros, deu-se a construção e o apogeu da cidade de Pelotas. Muitas famílias, a maioria delas negras, continuaram no local, trabalhando no Engenho Pedro Osório após a abolição. No entanto, embora a extinção do trabalho escravo tenha ocorrido, devido à assinatura da Lei Áurea, podemos dizer que o pensamento escravocrata ainda continua internalizado na sociedade. Com o fim da era do charque, algumas leitarias e peixarias se instalaram no espaço, tempo depois, acabaram, também, fechando as portas. Atualmente, muitos desses moradores/as são charreteiros, profissionais autônomos, trabalhadoras domésticas, que se deslocam para outros bairros para buscarem seu sustento. Neste espaço, nos últimos anos, vem chegando os “empreendimentos” de luxo, trazendo mudanças à paisagem, assim como, insegurança e incertezas para os/as moradores/as que reivindicam o reconhecimento de seus patrimônios, como ferramenta de luta. Assim, busco através das narrativas e do olhar antropológico, entender os conflitos que acontecem no território do Passo dos Negros. This research presents an anthropological study, about the territory of Passo dos Negros in Pelotas/RS. From the perspective of ethnographies, narratives, oralities and conflicts, we seek to understand this region since the beginning of its construction in the middle of the 19th century, with the arrival of enslaved men, women and children, for the production of beef jerky and many others works, which resulted in the construction and heyday of the city of Pelotas. Many of these families, the majority of whom were black, remained in the area in the post-abolition period, working at Engenho Pedro Osório. However, although the extinction of slave labor has occurred, due to the Golden Law, we can say that slave thinking still remains internalized in society. With the end of the jerky period, some dairies and fishmongers settled in the place, but some time later, they also ended up closing the doors. Currently, many of these residents are charioteers, self-employed professionals, domestic workers, who move daily to other neighborhoods to seek their livelihood. In this space, in recent years, luxury loans have been arriving, bringing changes in the landscape, as well as insecurity and uncertainty for these residents. They claim the recognition of their heritage, as a tool of fight. Thus, I seek through the narratives and the anthropological view, to understand the conflicts that happen in the territory of Passo dos Negros.