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A Análise Quantitativa de Textos permite que textos sejam analisados à luz da Estatística – a nuvem de palavras é um exemplo utilizado para comunicar por meio de uma imagem os resultados de frequência estatística. O presente texto tem como objetivo apresentar esta técnica para coleta e tratamento de dados por meio da linguagem R. Desta maneira, é utilizada como exemplo didático a conta oficial da Unirio para apresentar as possibilidades de coleta e tratamento de dados no Twitter. Inicialmente discute-se Método e Técnica na Ciência à luz de informações online para depois avançar nos inputs da linguagem R, são eles: (a) Preparação do banco de dados pelo Twitter; (b) Resultados de Frequência - nuvem de palavras e frequência absoluta dos termos; (c) Bigramas e trigramas – associação estatística de palavras; (d) Rede de Correlação de Palavras – gráfico de co-ocorrência de palavras; (e) Análise de Cluster – associação estatística de palavras; e (f) Previsão da Próxima Palavra. Este texto é relevante por contribuir na formação de pesquisadores do campo de Administração Pública e de Empresas ao apresentar uma linguagem gratuita (R) que pode ser utilizada para gerar resultados ou insgiths para pesquisas empíricas.

Este trabalho verifica empiricamente a existência de relação entre classe econômica e percepção sobre a imagem da polícia. Especificamente, o artigo apresenta quais fatores podem explicar a percepção da imagem da autoridade policial na cidade do Rio de Janeiro. Com base na utilização de dados secundários (RAMOS e MUSUMECI, 2005), foi realizado um recorte nos dados e aplicadas técnicas de Estatística Descritiva e Análise Fatorial para obtenção de interações e possíveis constructos na percepção da imagem da polícia na cidade do Rio de Janeiro pelos sujeitos da pesquisa (cidadãos de todas as classes sociais que mantiveram algum tipo de contato com a Polícia Militar do Rio de Janeiro). Assim, este estudo encontrou dois principais elementos que constroem a imagem da polícia percebida pela população carioca: (i) a imagem hostil da polícia e (ii) a imagem organizacional da polícia. Esses constructos permitiram a verificação empírica da imagem da polícia percebida pelas classes sociais. A principal contribuição deste artigo é evidenciar que tanto a classe baixa como a alta têm uma imagem negativa da polícia. Logo, não é a proximidade dos cidadãos de baixa renda com a Polícia Militar na cidade do Rio de Janeiro que influencia uma percepção negativa da imagem da polícia, uma vez que esses resultados também foram encontrados na classe alta.

Este ensaio discute 13 deslizes comuns encontrados em estudos no campo de Administração Pública e de Empresas no Brasil, agregando-os em três dimensões. A primeira dimensão, ‘Deslizes por Falta de Reflexão’ inclui deslizes por falta de reflexão dos autores, como, por exemplo, usar a palavra Metodologia na seção que discute Método ou autores economizarem em palavras para apresentar a relevância do trabalho. Já na segunda dimensão, ‘Deslizes na Utilização do Método’, discutimos aspectos referentes ao Método em um trabalho científico, deixando claro, por exemplo, alguns erros cometidos, tais como nomear um Método (Netnografia) e na prática usar outro (Observação Não-Participante). A terceira dimensão ‘Deslizes no Sentido de Fazer Ciência’, apresenta os deslizes relacionados à relevância de um texto ao se fazer Ciência. Por exemplo, um texto que não apresenta implicações gerenciais e teóricas no campo da Administração Pública e de Empresas ou que não discute questões para futuras pesquisas deixa a desejar no sentido de ser relevante para a Ciência e para as organizações.