Search

Introdução: Todo evento indesejável acometido ao paciente, durante ou após o uso de sangue e derivados, chamamos de reação transfusional. Este risco continua sendo uma grande preocupação das políticas voltadas a hemotransfusão. Objetivos: Caracterizar o perfil de reações transfusionais do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) no ano 2020. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, descritivo. Foi realizado levantamento das ocorrências de reações transfusionais no ano de 2020 no serviço transfusional do HMINSN. Verificou-se o tipo de reação, bloco do hospital, hemocomponente envolvido, tipo sanguíneo do paciente e faixa etária. As informações foram tratadas em planilhas do programa Microsoft Office Excel 2016 para análise de frequência. Resultados e discussão: Em 2020 foram realizadas um total de 1851 transfusões no HMINSN. Verificou-se que ocorreram 09 (0,48%) reações transfusionais, sendo 08 (89%) do tipo alérgica e 01 (11%) febril não hemolítica. As reações transfusionais ficaram distribuídas entre os blocos: Margaridas 04 (44%) pré e pós cirúrgico, Rosas 02 (22%) alojamento conjunto, Girassóis – alto risco 01 (11%), Violetas – Centro Cirúrgico 01 (11%) e Pedras Preciosas 01 (11%) UTI neonatal. O hemocomponente envolvido nas reações foi o concentrado de hemácias 09 (100%). Os tipos sanguíneos mais frequentes dos pacientes foram O+ 07 (78%) e O negativo 02 (22%). Cerca de 06 (67%) pacientes tinham entre 21–35 anos, 02 (22%) pacientes tinham idade acima de 36 e 01 (11%) paciente apresentou menos de 21 anos. Todas as reações foram notificadas no Sistema NOTIVISA. Vale ressaltar que no ano de 2020, devido a pandemia por COVID-19, muitos profissionais saíram de licença médica desfalcando os setores, sobrecarregando o serviço e afetando diretamente a assistência aos pacientes, por isso, sugere-se que houve subnotificação de reações transfusionais. Observou-se também que as cirurgias eletivas foram canceladas durante quase o ano todo, justificando a diminuição no número de transfusões ocorridas em 2020. Conclusão: Diante o atual cenário mundial em que vivenciamos, a pandemia de COVID-19, que afetou diretamente as cirurgias e implicou na redução de transfusões ocorridas, ainda assim, observamos grandes quantidades de transfusões e registros de reações transfusionais, embora poucas (devido à ausência de muitos profissionais que adoeceram e sobrecarregaram a assistência), porém relevantes para saúde de todos. Vale sempre lembrar que, há outras medidas que corrigem os valores inadequados nos exames de sangue, atuando na causa da doença com a mesma eficácia de uma transfusão. O uso racional de sangue é a melhor opção para tentar minimizar os riscos adversos à transfusão.

Introducao A aloimunizacao a antigenos eritrocitarios ocorre apos exposicao a antigenos nao proprios, podendo ocorrer apos uma gestacao, transfusao de hemacias, transplante ou injecao de material imunologico, portanto, e de extrema importância a realizacao de Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI) em receptores de sangue. Objetivo Avaliar exames de PAI positivos em receptores e descrever quais os principais anticorpos encontrados. Materiais e metodos Estudo retrospectivo, descritivo. Foi realizado levantamento dos exames de PAI positivos do ano de 2020 no servico transfusional do HMINSN. Verificou-se a especificidade de anticorpo, sexo e grupo sanguineo dos pacientes e hospital de origem. As informacoes foram tratadas em planilhas do programa Microsoft Office Excel 2016 para analise de frequencia. Resultados e discussao De janeiro a dezembro de 2020 foram realizados 21 (100%) exames de identificacao de anticorpo irregular (IAI) na agencia transfusional do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth. Vale ressaltar que esta unidade atende, alem da demanda interna, hospitais externos (03 privados e 01 hospital Estadual). Dos resultados de IAI, os mais frequentes foram 04 (19%) anti-D, 03 (14,3%) anti-E, 01 (4,8%) anti-Dia, 01 (4,8%) anti-K, 01 (4,8%) anti-Fya e 11 (52,4) exames foram inconclusivos. Estes exames foram realizados pela tecnica Gel centrifugacao, BioRad, de acordo com as instrucoes do fabricante utilizando um kit de painel de hemacias. Do total de positivados pelo exame PAI, 14 (66,7%) foram do sexo feminino e 07 (33,3%) masculino, 9 (42,9%) eram do grupo sanguineo ABO RhD O positivo, 07 (33,3%) eram A+, 03 (14,3%) O negativo e 02 (9,5%) B positivo. Cerca de 13 (61,9%) correspondiam a solicitacoes de hospitais externos que a agencia transfusional da suporte e 8 (38,1%) eram solicitacoes internas. A prevalencia dos aloanticorpos e a especificacao de cada em receptores de sangue faz-se necessario para a protecao do receptor em minimizar possiveis reacoes transfusionais, visto que os anticorpos identificados possuem importância clinica transfusional e obstetrica. Conclusao A identificacao de anticorpos irregulares possibilita uma transfusao segura em situacoes de urgencia, visto a possibilidade de escolha de hemocomponente com antigenos correspondentes negativos. Os exames que foram inconclusivos podem sugerir a necessidade de outros tipos de paineis de hemacia para conclusao do exame.

Introducao Podemos definir a reacao transfusional como um resultado ou resposta nao desejavel que ocorra a um individuo durante ou apos a administracao de sangue ou hemoderivado. Objetivos Caracterizar o perfil de reacoes transfusionais do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) no ano 2019. Materiais e metodos Estudo retrospectivo, descritivo. Foi realizado levantamento das ocorrencias de reacoes transfusionais no ano de 2019 no servico transfusional do HMINSN. Verificou-se o tipo de reacao, bloco do hospital, hemocomponente envolvido, tipo sanguineo do paciente e faixa etaria. As informacoes foram tratadas em planilhas do programa Microsoft Office Excel 2016 para analise de frequencia. Resultados e discussao Em 2019 foram realizadas um total de 2.655 transfusoes no HMINSN. Verificou-se que ocorreram 20 (0,75%) reacoes transfusionais, sendo 08 (40%) do tipo alergica, 07 (35%) febril nao hemolitica, 03 (15%) sobrecarga volemica e 02 (10%). As reacoes transfusionais ficaram distribuidas entre os blocos: Margaridas 06 (30%) pre e pos cirurgico, Rosas 07 (35%) alojamento conjunto, Girassois – alto risco 04 (20%), Violetas – Centro Cirurgico 01 (5%), Pedras Preciosas 01 (5%) UTI neonatal e Orquideas – centro obstetrico 01 (5%). Os hemocomponentes envolvidos nas reacoes foram o concentrado de hemacias 19 (95%) e plasma fresco congelado 01 (5%). Os tipos sanguineos mais frequentes dos pacientes foram O+ 15 (70%), A+ 4 (20%), B+ 01 (5%) e O negativo 01 (5%). A faixa etaria predominante variou entre 21–35 anos 10 (50%), 06 (30%) tinham mais que 36 anos e 04 (20%) tinham menos de 21 anos. Todas as reacoes foram notificadas no Sistema NOTIVISA. Conclusao E fundamental o conhecimento sobre as alteracoes de sinais e sintomas durante ou apos o uso de hemocomponentes, que possam indicar uma reacao transfusional e o dominio de conhecimento sobre como agir frente a uma situacao dessa, o mais breve possivel. Sobre este tema, a ideia de uso racional de sangue, vem sendo bastante difundida, para evitar esses eventos indesejaveis aos pacientes. Em casos nao urgentes, por exemplo, sugere-se que outras medidas possam ser adotadas, colaborando com a diminuicao de exposicao a riscos de reacoes transfusionais e que tambem visam com a reducao de gastos publicos.