Mauricio, Pimentel, Ana Paula Arbo, Magalhães, Camila Valvassori, Novak, Bruna Miers, May, Luiz Gustavo Bravosi da, Rosa, and Leandro Ioschpe, Zimerman
The coronavirus disease 2019 (COVID-19) is associated with cardiovascular clinical manifestations, including cardiac arrhythmias.To assess the incidence of cardiac arrhythmias (atrial tachyarrhythmia, bradyarrhythmia, and sustained ventricular tachycardia) and cardiac arrest (CA) in a cohort of patients hospitalized with COVID-19 in a tertiary university-affiliated hospital.Cohort study with retrospective analysis of electronic medical records. For comparison between groups, a value of p0.05 was considered statistically significant.We included 241 consecutive patients diagnosed with COVID-19 (mean age, 57.8 ± 15.0 years; 51.5% men; 80.5% white), 35.3% of whom received invasive mechanical ventilation (MV). The overall mortality was 26.6%, being 58.8% among those on MV. Cardiac arrhythmias were identified in 8.7% of the patients, the most common being atrial tachyarrhythmia (76.2%). Patients with arrhythmias had higher mortality (52.4% versus 24.1%, p = 0.005). On multivariate analysis, only the presence of heart failure (HF) was associated with a higher risk of arrhythmias (hazard ratio, 11.9; 95% CI: 3.6-39.5; p0.001). During hospitalization, 3.3% of the patients experienced CA, with a predominance of non-shockable rhythms. All patients experiencing CA died during hospitalization.The incidence of cardiac arrhythmias in patients admitted with COVID-19 to a Brazilian tertiary hospital was 8.7%, and atrial tachyarrhythmia was the most common. Presence of HF was associated with an increased risk of arrhythmias. Patients with COVID-19 experiencing CA have high mortality.A doença pelo novo coronavírus (COVID-19) está associada a manifestações clínicas cardiovasculares, incluindo a ocorrência de arritmias cardíacas.Avaliar a incidência de arritmias cardíacas (taquiarritmia atrial, bradiarritmia e taquicardia ventricular sustentada) e de parada cardiorrespiratória (PCR) em uma coorte de pacientes internados com COVID-19 em hospital universitário terciário.Estudo de coorte retrospectivo realizado por meio de revisão dos registros de prontuário médico. Para comparação entre os grupos, foi considerado como estatisticamente significativo valor de P0,05.Foram incluídos 241 pacientes consecutivos com diagnóstico de COVID-19 (idade média, 57,8 ± 15,0 anos; 51,5% homens; 80,5% de raça branca) e 35,3% com necessidade de ventilação mecânica invasiva (VM). A mortalidade geral foi de 26,6%, sendo de 58,8% entre aqueles em VM. Arritmias cardíacas ocorreram em 8,7% dos pacientes, sendo a mais comum taquiarritmia atrial (76,2%). Pacientes com arritmias apresentaram maior mortalidade, 52,4% versus 24,1% (p=0,005). Em análise multivariada, apenas a presença de insuficiência cardíaca foi associada a maior risco de arritmias ( hazard ratio , 11,9; IC 95%: 3,6-39,5; p0,001). Durante a internação, 3,3% dos pacientes foram atendidos em PCR, com predomínio de ritmos não chocáveis. Todos os atendidos em PCR evoluíram com óbito durante a internação.A incidência de arritmias cardíacas em pacientes internados com COVID-19 em hospital terciário brasileiro foi de 8,7%, sendo a mais comum taquiarritmias atrial. A presença de insuficiência cardíaca foi associada a maior risco de arritmias. Pacientes com COVID-19 atendidos em PCR apresentam elevada mortalidade.