Background: Sleep disorders have been considered risk factors for cardiovascular disease, including coronary artery disease (CAD). Therefore, poor sleep quality should be frequent complaint in patients with coronary disease. However, in patients with CAD, the prevalence of poor sleepers and factors associated were not properly investigated. Objectives: To evaluate the frequency and the factors associated with poor sleepers in patients with chronic CAD. Method: We used validated questionnaires to examine sleep quality (Pittsburgh Sleep Quality Index; PSQI), high risk of obstructive sleep apnea (Berlin Questionnaire; BQ), excessive sleepiness (Epworth Sleepiness Scale; ESS), angina-related health status (Seattle Angina Questionnaire; SAQ) and quality of life (Medical Outcomes Study 36-item Short Form; SF-36) in 257 volunteers with stable CAD, mean age 62.5 ± 10.5 years. We categorized and compared good and poor sleepers, according to PSQI global score. Subsequently, adjusted analysis was performed to investigate the factors associated with poor sleepers and demographics, clinical characteristics, risk for obstructive sleep apnea, excessive sleepiness, angina-related health status and quality of life. Results: The majority of CAD patients (75.1%) were poor sleepers. The adjusted analysis indicated that older patients (OR 1.05, 95% CI 1.02 to 1.09; p = 0.004), women gender (OR 3.09, 95% CI 1.48 to 6.45; p = 0.003), lower ejection fraction (OR 1.04, 95% CI 1.01 to 1.06; p = 0.015), lower physical limitation (OR 1.03, 95% CI 1.00 to 1.05; p = 0.020), lower angina stability (OR 1.02, 95% CI 1.00 to 1.04; p = 0.027), worse angina-related quality of life (OR 1.03, 95% CI 1.01 to 1.05; p = 0.002) and lower vitality (OR 1.02, 95% CI 1.00 to 01.03; p = 0.042) were associated with poor sleepers. Conclusion: Poor sleepers were highly frequency in chronic CAD patients. Patients with chronic CAD and poor sleepers present higher age, women gender, lower ejection fraction, higher physical limitation, lower angina stability, lower angina-related quality of life and lower vitality. Introdução: Distúrbios do sono têm sido considerados fatores de risco para doença cardiovascular, inclusive para doença arterial coronariana (DAC). Portanto, qualidade do sono ruim deve ser queixa frequente em portadores de doença coronariana. Entretanto, em portadores de DAC, a prevalência de qualidade do sono ruim e os fatores associados não foram devidamente investigados. Objetivos: Avaliar a prevalência e investigar os fatores associados à qualidade do sono ruim em pacientes portadores de DAC crônica. Métodos: Foram utilizados questionários validados para examinar a qualidade do sono (Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh; PSQI), o alto risco para apneia obstrutiva do sono (Questionário de Berlim; QB), a sonolência excessiva (Escala de Sonolência de Epworth; ESE), o status funcional relacionado à angina (Questionário de Seattle sobre Crise de Angina; QSA) e a qualidade de vida relacionada à saúde (Questionário de Qualidade de Vida SF-36; SF-36), em 257 voluntários com DAC crônica, com idade média de 62,5 ± 10,5 anos. Os pacientes foram categorizados em dois grupos, boa qualidade do sono e qualidade do sono ruim, de acordo com a pontuação global do PSQI. Posteriormente, foi realizada a análise multivariada para investigar a associação entre qualidade do sono ruim e fatores demográficos, características clínicas gerais, risco para apneia obstrutiva do sono, sonolência excessiva, status funcional relacionado à angina e qualidade de vida relacionada à saúde. Resultados: A maioria dos pacientes com DAC crônica (75,1%) apresentaram qualidade do sono ruim. A Análise multivariada indicou que pacientes com idade avançada (OR 1.05, IC 95% 1.02 - 1.09; p = 0,004), gênero feminino (OR 3.09, IC 95% 1.48 - 6.45; p = 0,003), menor fração de ejeção (OR 1.04, IC 95% 1.01 - 1.06; p = 0,015), maior limitação física (OR 1.03, IC 95% 1.00 - 1.05; p = 0,020), menor estabilidade da angina (OR 1.02, IC 95% 1.00 - 1.04; p = 0,027), pior qualidade de vida relacionada à angina (OR 1.03, IC 95% 1.01 - 1.05; p = 0,002) e menor vitalidade (OR 1.02, IC 95% 1.00 - 1.03; p = 0,042), foram associados à qualidade do sono ruim. Conclusão: Qualidade do sono ruim foi altamente frequente em pacientes com DAC crônica. Pacientes portadores de DAC crônica e pior qualidade do sono apresentam maior probabilidade de serem mais idosos, do gênero feminino, apresentarem menor fração de ejeção, maior limitação funcional, menor estabilidade da angina, pior qualidade de vida relacionada à angina e menor vitalidade.