Morgane Retière, Giulia Giacchè, Bureau de recherche Exp’AU EXPertise en Agricultures Urbaines, Partenaires INRAE, Sciences pour l'Action et le Développement : Activités, Produits, Territoires (SADAPT), AgroParisTech-Université Paris-Saclay-Institut National de Recherche pour l’Agriculture, l’Alimentation et l’Environnement (INRAE), Escola Superior de Agricultura 'Luiz de Queiroz' (ESALQ), and Universidade de São Paulo (USP)
International audience; In recent years, collaborative and participatory supermarkets are spreading all over Europe, especially in France, as a new purchase model. This article aims to analyse the “promise of difference” (LE VELLY, 2017) that distinguishes this model from the current food offer. This promise is assessed both through the analysis of those projects in terms of products selection, work organisation and decision making, and through the implementation of concrete regulation activities. The methodological tools we used were content analysis of speeches, documents and on-line newpapers communication, as well as participant observation. The main results show that these models emerge as an alternative to the current food offer, both conventional supermarkets and alternative food networks. The study contributes to demonstrate that these cooperative supermarkets are shaped taking into account economic (reasonable price of products, reduction of fixed costs), social (accessibility, creation of a space to exchange and share, participation to the decision making) and environmental (local and organic products) issues. They inspire on conventional devices in terms of accessibility (low prices, long opening hours) and variety of products range. However, they distinguish themselves, in the first place, for being non-profit organisations, reinvesting the profits into the cooperative itself or into solidarity projects, but also by actively involving consumers in decision-making.; Nos últimos anos, os supermercados cooperativos e participativos estão se espalhando por toda Europa, especialmente na França, como um novo modelo de compra. Este artigo tem como objetivo analisar a “promessa de diferença" (LE VELLY, 2017) que distingue esse modelo da atual oferta de alimentos. Esta promessa é avaliada tanto através da análise desses projetos em termos de seleção de produtos, organização do trabalho e tomada de decisões, como através da implementação de atividades de regulação concretas. A metodologia baseia-se na análise de conteúdo de discursos, documentos e comunicação em jornais on-line, assim como em observação participante. Os principais resultados mostram que esses modelos emergem como uma alternativa, tanto aos supermercados convencionais quanto às redes alternativas. O estudo contribui para demonstrar que essas cooperativas se estruturam levando em conta os aspectos: econômicos (preço razoável dos produtos, redução dos custos fixos), sociais (acessibilidade, criação de espaços de troca e compartilhamento, participação na tomada de decisões) e ambientais (produtos locais e/ou orgânicos). Inspiram-se nos modelos dos supermercados convencionais em termos de acessibilidade (preços baixos, horários de funcionamento prolongados) e variedade de produtos. Porém, distinguem-se primeiramente por serem organizações sem fins lucrativos, reinvestindo o lucro na própria cooperativa ou em projetos solidários, além de envolverem ativamente os consumidores na tomada de decisões.