Resumen Objetivo: comprender la conducta suicida que ha afectado a los pueblos indígenas de Colombia y sus procesos de determinación social, durante el periodo 1993-2013. Metodología: a partir de fuentes orales y de prensa escrita, esta investigación cualitativa fue desarrollada desde el paradigma hermenéutico-interpretativo, empleando análisis narrativo. Resultados: se evidencian manifestaciones de conducta suicida en pueblos indígenas no solo como acciones recientes, sino remitidas a hechos históricos, especialmente durante la Colonia, cuando el suicidio colectivo se empleó como repertorio de resistencia frente a la invasión y opresión. Actualmente, la emergencia de la conducta suicida en estos pueblos responde a problemas estructurales, a procesos sociales impuestos que se contraponen con las cosmovisiones indígenas, alterando sus concepciones de vida y de interacción con el territorio. Discusión: para los pueblos indígenas de Colombia, la interpretación más cercana a este problema está asociada con la exacerbación de seres y existencias espirituales que alteran el orden del territorio, desatados a partir de procesos perturbadores foráneos, tales como la presencia de actores armados, empresas transnacionales, colonos, violencia directa y estructural sobre indígenas y despojo territorial. Conclusiones: la conducta suicida en los pueblos indígenas de Colombia debe comprenderse y abordarse como el emergente de procesos estructurales destructivos de los modos de vida propios, que aseguran el buen vivir individual y colectivo de los pobladores originarios, y se ven coartados por la irrupción violenta de la sociedad mayoritaria en sus territorios. Abstract Objective: to understand the suicidal behavior that has affected the indigenous peoples of Colombia along with its social determination processes between 1993 and 2013. Methodology: this was a qualitative research project using the interpretive-hermeneutic approach and a narrative analysis. Data were obtained from written press and oral sources. Results: suicidal behaviors were observed among the indigenous peoples not only in recent times, but also during historical events, particularly throughout the colonial period, when collective suicide was a form of resistance against invasion and oppression. Today, the emergence of suicidal behavior is due to structural problems and to the imposition of social processes which contradict the indigenous peoples’ views on the world, thus altering their life conditions and their interactions with the land. Discussion: for the indigenous peoples of Colombia, the closest interpretation to this problem is associated with an exacerbation of spiritual beings and existences that alters the land’s order and is caused by foreign disrupting processes such as the presence of armed actors, transnational corporations, settlers, direct and structural violence against indigenous people and territory dispossession. Conclusions: suicidal behavior among the indigenous peoples of Colombia must be understood and approached as the emergence of destructive structural processes of their own ways of living. These lifestyles ensure the quality of life of the original inhabitants of these lands, but are being limited by the violent invasion of their territories at the hands of the majority society. Resumo Objetivo: compreender o comportamento suicida que tem afetado os povos indígenas da Colômbia em seus processos de determinação social, durante o período 1993-2013. Metodologia: a partir de fontes orais e de mídia escrita, esta investigação qualitativa foi desenvolvida com base no paradigma hermenêutico-interpretativo, empregando-se análises narrativas. Resultados: evidenciam-se manifestações de comportamento suicida em povos indígenas não apenas como ações recentes, mas também referentes a eventos históricos, especialmente durante a Colônia, quando o suicídio coletivo foi empregado como método de resistência contra a invasão e opressão. Atualmente, o surgimento do comportamento suicida nestes povos é uma reação a problemas estruturais, a processos sociais impostos que se contrapõem com as visões de mundo indígenas, alterando suas concepções de vida e de interação com o território. Discussão: para os povos indígenas da Colômbia, a interpretação mais coerente para este problema está associada com a exacerbação de seres e existências espirituais que alteram a organização do território, desencadeada a partir de fatores de alteração externos, tais com a presença de agentes armados, empresas multinacionais, colonizadores, violência direta e estrutural sobre os indígenas ou desapropriações territoriais. Conclusões: o comportamento suicida nos povos indígenas da Colômbia deve ser compreendido e abordado como o resultado de processos estruturais destrutivos dos modos de vida exclusivos, que asseguram o bem-estar individual e coletivo dos habitantes originais, e se vêem restringidos pela invasão violenta da sociedade majoritária em seus territórios.