BACKGROUND: Metabolic bone disease has long been associated with cholestatic disorders. However, data in noncholestatic cirrhosis are relatively scant. AIMS: To determine prevalence and severity of low bone mineral density in noncholestatic cirrhosis and to investigate whether age, gender, etiology, severity of underlying liver disease, and/or laboratory tests are predictive of the diagnosis. PATIENTS/METHODS: Between March and September/1998, 89 patients with noncholestatic cirrhosis and 20 healthy controls were enrolled in a cross-sectional study. All subjects underwent standard laboratory tests and bone densitometry at lumbar spine and femoral neck by dual X-ray absorptiometry. RESULTS: Bone mass was significantly reduced at both sites in patients compared to controls. The prevalence of low bone mineral density in noncholestatic cirrhosis, defined by the World Health Organization criteria, was 78% at lumbar spine and 71% at femoral neck. Bone density significantly decreased with age at both sites, especially in patients older than 50 years. Bone density was significantly lower in post-menopausal women patients compared to pre-menopausal and men at both sites. There was no significant difference in bone mineral density among noncholestatic etiologies. Lumbar spine bone density significantly decreased with the progression of liver dysfunction. No biochemical variable was significantly associated with low bone mineral density. CONCLUSIONS: Low bone mineral density is highly prevalent in patients with noncholestatic cirrhosis. Older patients, post-menopausal women and patients with severe hepatic dysfunction experienced more advanced bone disease. The laboratory tests routinely determined in patients with liver disease did not reliably predict low bone mineral density. RACIONAL: Existe associação entre doença óssea metabólica e doença hepática colestática. Contudo, a associação com cirrose não-colestática ainda é pouco conhecida. OBJETIVOS: Determinar a prevalência e a gravidade da perda de densidade mineral óssea na cirrose não-colestática e investigar fatores preditivos do seu diagnóstico. MÉTODOS: Oitenta e nove pacientes e 20 controles foram estudados de março a setembro de 1998. Todos foram submetidos a exames laboratoriais e densitometria óssea da coluna lombar e do colo do fêmur. RESULTADOS: A massa óssea estava significativamente reduzida em ambos os sítios nos pacientes quando comparado aos controles. A prevalência da perda de massa óssea na cirrose não-colestática, de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde, foi de 78% na coluna lombar e 71% no colo do fêmur. A massa óssea diminuiu significativamente com a idade em ambos os sítios, especialmente em pacientes acima de 50 anos. Pacientes mulheres pós-menopausa tinham massa óssea significativamente menor do que pacientes mulheres pré-menopausa e homens em ambos os sítios. Não houve diferença significativa na massa óssea entre as etiologias não-colestáticas. A massa óssea da coluna lombar diminuiu significativamente com a progressão da disfunção hepática. Nenhuma variável bioquímica foi associada com a perda da massa óssea. CONCLUSÕES: A perda de massa óssea foi freqüente em pacientes com cirrose não-colestática. Pacientes idosos, do sexo feminino na pós-menopausa e com disfunção hepática grave apresentaram doença óssea mais avançada. Os exames laboratoriais rotineiramente dosados nos pacientes com doença hepática não puderam predizer com segurança a presença de redução na massa óssea.