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CONTEXTUALIZAÇÃO A Cirurgia de Afirmação de Gênero (CAG) modifica a estrutura anatômica do assoalho pélvico podendo levar a alterações da função sexual e miccional nas mulheres transexuais. OBJETIVO O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção da função sexual e as possíveis alterações miccionais em mulheres transexuais que realizaram a CAG. MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de um estudo transversal e descritivo cuja amostragem por conveniência foi composta por mulheres transexuais que realizaram a CAG no Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de 2002 a 2017. Utilizou-se um questionário para caracterização da amostra, o questionário Índice de Função Sexual Feminina (IFSF), o Questionário de Qualidade de Vida SF-36 e o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF). A análise de dados foi realizada no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 20.0. RESULTADOS Foram entrevistadas 26 mulheres transexuais com média de idade de 39,96 anos, das quais 84,6% afirmaram estar satisfeitas com o resultado. De acordo com o IFSF, 76,9% mostrou-se sexualmente funcional, apresentando também um bom resultado na avaliação da qualidade de vida (SF-36) apesar do baixo escore nos domínios que avaliam dor física e vitalidade. Porém, das 15,4% que referiram ter incontinência urinária (IU), nenhuma apresentou relação com a CAG. CONCLUSÃO Esta cirurgia tem contribuído positivamente para a satisfação das mulheres transexuais, tanto para a função sexual como para a qualidade de vida. No entanto, os resultados a respeito das alterações miccionais ainda são inconclusivos, visto que os sujeitos que apresentaram IU referiram ter iniciado a perda urinária antes da cirurgia. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

CONTEXTUALIZAÇÃO Exercícios físicos baseados em treinamentos de alta intensidade vêm ganhando notoriedade ao longo dos últimos anos. As mulheres que aderem a estas modalidades esportivas frequentemente referem sintomas de incontinência urinária, podendo estar relacionados com uma disfunção no assoalho pélvico. OBJETIVO O objetivo deste estudo foi avaliar esta musculatura em praticantes de um exercício de alta intensidade e em sedentárias, correlacionando os dados com sintomas urinários. As participantes eram jovens saudáveis e nulíparas, divididas em mulheres ativas e sedentárias. MATERIAIS E MÉTODOS Todas responderam uma anamnese inicial, além do ICIQ-SF para acessar a prevalência de incontinência urinária. O assoalho pélvico foi avaliado através de palpação vaginal e eletromiografia de superfície. Os dados foram analisados utilizando testes paramétricos e não-paramétricos conforme apropriado, sendo considerado um nível de significância de 5% (p≤0,05). RESULTADOS Participaram do estudo 41 mulheres, das quais 21 (51,22%) eram sedentárias e 20 (48,78%) ativas. A idade média da amostra foi 26,59±3,55 e o IMC foi 23,72±2,97. A prevalência de incontinência urinária na amostra foi de 34,1%, diferença estatisticamente significativa entre os grupos (9,5% das sedentárias; 60% das mulheres ativas; p<0,001). De acordo com estes dados, as mulheres ativas apresentaram um risco de prevalência seis vezes maior de desenvolver incontinência urinária quando comparadas às sedentárias. Com relação às avaliações com palpação vaginal e eletromiografia, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos (p=0,168 para força do assoalho pélvico à palpação; p=0,069 na CVM eletromiográfica). Devido à prevalência de incontinência urinária elevada entre as mulheres ativas, parece ocorrer não somente uma fraqueza de assoalho pélvico, bem como um atraso na velocidade da contração. Em virtude disto, mulheres ativas podem apresentar uma alteração na précontração de assoalho pélvico em resposta ao esforço físico. CONCLUSÃO Estes dados sugerem que uma contração de assoalho pélvico associada à de músculos estabilizadores do tronco possa minimizar estes sintomas durante a prática de exercícios. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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