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Apresenta esse caso, um interesse particular pois simulou blastoma ósseo do tipo malígno, diagnóstico que o exame histopatológico modificou, dando nova orientação terapêutica permitindo outro prognóstico. Permanecerá o doente em observação o que se justifica principalmente pelo fato já referido de se considerar tal lesão, no adulto, com aspécto local de retículo-endoteliose, que poderá se generalizar e se acompanhar ou não de síndrome de Hand-Christian-Shüller. Histologicamente o nosso caso recapitula o quadro verificado em tôdas as observações publicadas, não tendo sido encontradas no entanto, células xantelasmizadas. Áreas de necrose, fibras de reticulina e mesmo as lesões vasculares descritas nas manifestações cutâneas, foram verificadas. Chamou-nos a atenção a imagem de alguns elementos que se mostram muito semelhantes às células de Steinherg, da linfogranulomatose maligna. O fato de não se verificarem modificações imediatas da lesão após o tratamento pelas irradiações já foi assinalado em outras observações. Aparecem, no entanto, algum tempo depois, determinando a cura. Serve essa observação para confirmação da conduta acertada e moderna que orienta e ressalta a importância da patologia, companheira inseparável da clínica, no diagnóstico e tratamento das enfermidades. Somente com esse trabalho de colaboração pode-se assegurar orientação científica com resultados melhores para os pacientes.

Os autores, após breve resumo histórico sôbre o assunto, apresentam 10 casos tratados no Serviço Nacional de Câncer, que preencheram todos os postulados referidos por Ewing para que se dê o devido valor ao papel de um determinado fator na etiologia do câncer. A seguir descrevem em detalhe os resultados dos exames histológicos praticados, chamando atenção sôbre a pouca frequência de metástase e a maior freqüência dos carcinomas espino celulares mais diferenciados em relação aos demais. Finalizam, descrevendo os métodos a serem seguidos para a profilaxia do câncer das cicatrizes.

Os autores, após discutir o conceito atual do mieloma solitário, admitem sua existência. descrevem duas observações dêste tipo de tumor, que somadas às 63 outras citadas na literatura médica, elevam êste número a 65. Ambos os tumores eram constituídos por células semelhantes aos plasmócitos, recapitulando assim o tipo chamado plasmocitário. Em o primeiro dos casos é interessante referir o extenso comprometimento dos tecidos moles e as adenopatias metastáticas.

Seção de perguntas e respostas, apresentada pelo Dr. Francisco Fialho, patologista do Serviço Nacional de Câncer sobre o valor da biópsia no diagnóstico e tratamento do câncer.

Relatório apresentado em Painel, como Tema Oficial, por ocasião do IV Congresso Internacional de Câncer, realizado em São Paulo, em 24 de julho de 1954. O estudo do mecanismo da formação das metástases oferece um campo amplo de observação para os anátomo-patologistas e outro, maior, de investigação, para os experimentadores que trabalham com o câncer. Procuraremos fazê-lo, aprofundando-nos mais em alguns pontos, tocando mais superficialmente em outros, porém, sempre com o objetivo de poder realizá-lo de modo geral, mais amplo.

Este trabalho é apresentado do modo como concorreu ao Prêmio Sul América. A nossa experiência no assunto foi, praticamente, feita no Instituto de Câncer do Serviço Nacional de Câncer e o material científico pertence, quase todo, àquele Instituto. O artigo estuda as hiperplasias e neoplasias dos órgãos linfoides, aplicando-se ao diagnóstico e tratamento pelas radiações.

Para seus estudos e pesquisas, a Seção de Epidemiologia do Serviço Nacional de Câncer organizou, sob a orientação do Dr. Éder Jansen de Mello, antigo diretor do Serviço Federal de Bioestatística e professor de Estatística Sanitária do Curso de Saúde Pública do Departamento Nacional de Saúde, um sistema de classificação e codificação de neoplasmas segundo tipo e localização anatômica, no qual uma lista numérica de tipos de neoplasia é usada em conjunto com a lista numérica de localizações dada pela Classificação Internacional, estritamente obedecida. A lista de tipos de neoplasma foi composta pelo Prof. Francisco Fialho, sob cuja direção se encontra a Seção de Anatomia Patológica do Instituto Nacional de Câncer e em cujo trabalho foi seguida a nomenclatura empregada no Instituto.

Extrato revisto e modificado da Parte I do Manual de Classificação e Codificação de Neoplasmas segundo tipo e localização anatômica, de autoria do Prof. Francisco Fialho e do Dr. Eder Jansen de Mello, publicado Revista Brasileira de Cancerologia, Vol. 16, N.° 20, dezembro de 1959. Para uso das Instituições médico-hospitalares preenchimento dos mapas de morbidade remetidos ao S.N.C.

De forma cronológica, o artigo retrata a História da Patologia no INCA.