Foram utilizadas nove ovinos, sem raça definida, de ambos os sexos, com quatro meses a seis anos de idade e provenientes do Município de Itaguaí (Estado do Rio de Janeiro - Brasil). Os animais foram identificados e separados, ao acaso, em três grupos: controle não infectado (C) e experimentos infectados (dose baixa - DB e dose alta - DA). Cada um dos grupos foi constituído por três ovinos e os animais dos grupos DB e DA foram infectados, via oral, com 2x 103 e 15 x 103 esporocistos esporulados de Sarcocystis tenella, respectivamente. Semanalmente (0 a 35 dias após infecção - DAI) e quinzenalmente (35 a 80 DAI) foram obtidas amostras de sangue total (punção da veia jugular) para determinação dos tempos de tromboplastina parcial (TTP) e de protrombina (TP), através de kits comerciais, enquanto que os tempos de coagulação (TC) e sangramento (TS) foram determinados pelos métodos de Lee-White e Duke, respectivamente. Os valores observados (limites inferior e superior) foram: TC (C e DB: cinco minutos e 30 segundos a sete minutos; DA: cinco minutos e 45 segundos a sete minutos; TS (C: dois minutos a quatro minutos; DB e DA: dois minutos a três minutos); TTP (C: 30 segundos a 45 segundos; DB e DA: 30 segundos a 40 segundos) e TP (C, DB e DA: 15 segundos a 25 segundos). Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que a infecção por Sarcocystis tenella, nas condições em que o experimento foi realizado, não foi capaz de provocar alterações importantes nos valores de TC, TS, TTP e TP.