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O objectivo deste estudo é o de equacionar e propor formas de requalificação urbanística para a periferia urbana, enquanto espaço que urge adequar a novas exigências numa complementaridade com a cidade central. Procuram-se avaliar quantitativamente os motivos e efeitos da expansão periurbana, e equacionar soluções de intervenção que minimizem a degradação funcional e ambiental da cidade periférica. Considerando a necessidade de requalificação da periferia urbana, desenvolve-se uma metodologia quanto a modos de intervenção, uma análise do estado de evolução do conceito de periferia urbana, e equaciona-se a inter-acção do ordenamento face à periferia urbana pela quantificação da expansão urbana, da forma urbana e da sustentabilidade urbana. Caracteriza-se do fenómeno contemporâneo da expansão periurbana numa sistematização do respectivo estado da arte. Quantifica-se a expansão urbana através de indicadores como densidade, continuidade, concentração, aglomeração, centralidade, nucleação, mistura de usos e proximidade; avaliam-se os padrões da forma urbana como conectividade, densidade, mistura de usos do solo, acessibilidade e o acesso pedonal, e estruturam-se indicadores de avaliação da sustentabilidade do espaço periurbano. A presente Tese sobre a requalificação da periferia urbana incide no caso de estudo de Coimbra, através da análise de concepções e propostas de intervenção, segundo processos de quantificação da actual periferia urbana, com base na medição e avaliação da expansão, da forma e da sustentabilidade urbana. Com este estudo, pretendem-se lançar contributos para um debate quanto à problemática da requalificação da periferia urbana. Em síntese, concluiu-se pela necessidade de submeter progressivamente o ordenamento periurbano, bem como a sua monitorização, a um processo técnico de quantificação da expansão urbana, bem como da forma urbana e da sustentabilidade urbana. The aim of this thesis is to examine the purpose of requalifying and rehumanizing the periurban interface. It sets out to examine the causes of periurban sprawl, and how to stop non-functionalism of the “outer” city. It is a starting point for a rational discussion about the nature of, or the need for requalifying periurban design. Considering the need to approach towards rehabilitation of the urban extended periphery, we study a methodology about means of intervention, the actual evolution about the concept of the urban periphery, and the inter-action between planning against the phenomenon of urban sprawl by quantifying urban sprawl, urban forms and urban sustainability. We characterize the contemporary phenomenon of periurban expansion, by systematising its state of art. We quantify urban sprawl, electing indicators such as density, continuity, concentration, agglomeration, urban centrality, nucleation, mix of uses and proximity; we also evaluate its urban form patterns by quantifying connectivity, density, mix of land use, accessibility and pedestrian access, and by structuring indicators to classify the urban sustainability. This thesis about the requalification of the urban periphery focuses on case study of Coimbra through the analysis of ideas and proposals for action, and aims to qualifying procedures for the current urban periphery, based on measurement and evaluation of urban spawl, urban form and urban sustainability. This work is a contribution towards developing and understanding of periurban requalification, bringing to the debate some specific knowledge in order to help to requalify, rehumanize, and heal our city fringes with the assistance of periurban interface procedures. In synthesis, we strongly defend that it is necessary to gradually submit the periurban planning, as well as its monitoring, to a technical process based on quantifying urban sprawl, as well as urban form and urban sustainability.

La comarca del Aljarafe, al oeste de la ciudad de Sevilla, se ha caracterizado tradicionalmente por un paisaje rural constituido de forma secular a través de los siglos. Los cultivos mediterráneos de secano (cereal, olivo y vid) han dominado el panorama agrícola, alternándose con pequeñas explotaciones de frutales y huertas. Todo ello organizado en torno a un modelo de asentamientos polinuclear, numeroso aunque concentrado, heredado desde la antigüedad. Sin embargo, desde mediados del siglo XX a este paisaje tradicional se le ha venido superponiendo otro de dominante metropolitana, resultado de la trasformación acelerada y reciente de toda la matriz espacial originaria. El Aljarafe se define hoy en base a un modelo territorial dual: tradicional pero metropolitano. En este artículo se analizan distintas variables demográficas, espaciales y urbanas que explican el nivel de relación y dependencia que caracterizan a las periferias metropolitanas de una gran ciudad como la aglomeración urbana de Sevilla. Se pretende poner de manifiesto que la identificación de las distintas realidades que definen lo metropolitano responde a un ejercicio interpretativo múltiple y complejo, del que resulta un espectro graduado de intensidad en la interdependencia mutua entre el centro y la corona. The Aljarafe region, located west of the city of Seville, presents a traditional landscape characterized by rural features developed throughout history. Mediterranean dry-land farming (grain crops, olives groves and vineyards) has been predominant all along, also with an alternative presence of orchards and citrus fruits. The settlement pattern has been set up through small multinuclear urban centres, numerous but concentrated, inherited from ancient times. Nonetheless, from the middle of the twentieth century onwards, the intensification and increase of urban and regional processes have directly affected the region. Hence, landscape in this region is the result of two constitutive processes that share the same spatial reference but different temporal sceneries: on the one hand, there are long-term processes resulting in a traditional landscape, whereas, on the other hand, recent and accelerated changes in the spatial matrix have entailed a new metropolitan landscape. This paper analyse several demographic, spatial and urban variables in order to explain the levels of relationship and dependence of peripheral sectors in large urban areas such as Seville metropolitan area. Therefore, the article is intended to underline how the identification of the metropolitan reality is the result of an interpretative practice, which is multiple and complex. The interdependence between centres and peripheries consist of a network of links with different intensity levels.