Introdução: A inserção de cateter gástrico (CG) em Recém-Nascidos (RN) internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é uma prática frequente, porém, não está isenta de riscos. O posicionamento incorreto do CG é a principal causa de complicações respiratórias e nutricionais. Apesar de alguns estudos existentes até o momento, as práticas de mensuração e verificação do posicionamento do cateter gástrico ainda são muito heterogêneas. Objetivo: Comparar os métodos baseados no peso e no comprimento (ARHB) em relação ao NEMU quanto ao posicionamento da extremidade distal do cateter, inserido via oro ou nasogástrica, no corpo e na curvatura maior do estômago. Método: Trata-se de um estudo experimental, controlado, randomizado, com três braços e triplo cego. Foram incluídos 179 pacientes admitidos em UTIN de dois hospitais públicos de Belo Horizonte. Destes, 19 foram excluídos por impossibilidade de identificação do posicionamento do CG na análise radiológica. Os pacientes foram randomizados em três grupos: NEMU, equação baseada no peso e equação baseada no comprimento (ARHB). A verificação do posicionamento do cateter foi realizada por meio de avaliação radiológica e teste de pH com fitas reagentes. Foi utilizado o software R (Versão 4.0.3) para análises dos dados e o nível de significância estabelecido foi de 5%. REBEC – Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-2jv3sy). Resultados: A amostra foi constituída por 179 recém-nascidos, sendo 61 no grupo NEMU, 65 e no grupo método baseado no peso e 53 no grupo do método ARHB. Foram 115 do sexo masculino (58,08%) com peso médio de 2481,47 gramas (dp 860,53), idade gestacional (IG) maior que 37 semanas (38,58%), seguido por IG menor ou igual 34 semanas (38,07%). Dos participantes, 69 tiveram diagnóstico principal de internação relacionado a problemas respiratórios (34,67%) e 64 à prematuridade (32,16%). Na avaliação radiológica, 145 (81,01%) estiveram corretamente posicionadas no corpo gástrico e curvatura maior do estômago, sendo que o método baseado no peso teve maior percentual de acertos (n= 53; 36,55%), seguido pelo método baseado no comprimento (n=47; 32,41%). Apesar das diferenças de percentuais, não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p= 0,128). Quando comparados os valores de pH menores ou iguais a 5,5, houve diferença significativa (p=0,034) no grupo que usou o método baseado em comprimento, com 65,79% de acertos. Conclusão: Apesar dos resultados não terem demonstrado diferenças estatisticamente significativas em relação aos três métodos, é importante destacar o maior percentual de acertos identificado no grupo em que foi utilizado o método baseado no peso, dado que pode apresentar relevância clínica. Além disso, o método mais utilizado na prática clínica (NEMU) obteve um menor percentual de acertos em relação ao posicionamento.