Sponges and corals form highly structured and vulnerable marine ecosystems (VMEs) that serve as refuge areas and feeding grounds for many marine species. Knowledge on the distribution of these VMEs is critical to ensure their sustainable management and conservation but is largely lacking in some areas. This study aimed to co-develop a knowledge baseline on the diversity and distribution of VME-indicator species (VMEIs) by assembling Local Ecological Knowledge (LEK) of professional fishers operating bottom-contacting gears in mainland North and Central Portugal. In total, 70 fishermen of commercial vessels (trawlers, gill- and trammel netters and bottom longliners) were interviewed in three fishing harbours (Póvoa de Varzim, Matosinhos, Aveiro). We assessed fishers’ LEK, by asking them to identify species from a catalogue, and provide information on their geographical and bathymetric distribution, and abundance. In total, 54 species in the catalogue were recognised by the fishermen, of which 33 are currently classified as indicators of various VME habitat types such as cold-water coral reefs, coral gardens, seapen fields and deep-sea sponge aggregations. The framework-forming scleractinian corals Dendrophyllia cornigera, Lophelia pertusa, Dendrophyllia ramea, alongside the soft coral Callogorgia verticillata, the red Corallium rubrum and the hydrocoral Errina dabneyi were the species most commonly recognised. Sponges were only occasionally recognised but among these, rock sponges (Neochrammeniella bowerbankii and Neophrissospongia nolitangere) and other demospongiae (Axinella infundibuliformis and Cliona celata) were the ones fishermen recognised most. The higher average number of species recognised by fishermen using gill-/trammel nets vs trawls reflects the communities associated with the type of seafloor (hard vs soft substrate) over which these two fleets operate. Level of fishing experience and role onboard doesn’t seem to influence their LEK. This study shows the immense potential of LEK as a tool for the possible precense of vulnerable marine ecosystems and provides a framework that could play an important role in the identification and codevelopment of area-based management tools (e.g., designation of MPAs), and other effective conservation measures (e.g., bottom-fisheries closures and move-on rule protocols). It could also inform potential restoration activities where these habitats may have been impacted. Ensuring that fishing communities are directly involved in these processes is likely to result in better management outcomes. As esponjas e corais formam ecossistemas marinhos vulneráveis (VMEs) profundamente complexos e estruturantes que servem como áreas de refúgio e alimentação para muitas espécies marinhas. O conhecimento sobre a distribuição destes VME indicadores é fundamental para garantir uma gestão e conservação sustentável, que em algumas áreas é praticamente inexistente. Este estudo visa em desenvolver a cocriação de uma base de conhecimento sobre a diversidade e distribuição destas espécies e habitats marinhos na plataforma e talude português, utilizando, desta forma, o conhecimento ecológico local (CEL) das comunidades piscatórias que operam com redes de pesca de contacto com o fundo. No total, foram entrevistados 70 pescadores (arrastões, redes de emalhar e tresmalho e de palangre de fundo) em três portos de pesca (Póvoa de Varzim, Matosinhos, Aveiro). Investigamos o conhecimento dos pescadores, pedindo-lhes que identificassem as espécies (a partir de um guia de imagens) e fornecessem informações sobre sua distribuição geográfica, batimetria e ocorrência. No total, 54 das 67 espécies do catálogo foram reconhecidas. Os corais escleractíneos formadores de habitats, tais como Dendrophyllia cornigera, Lophelia pertusa, Dendrophyllia ramea e as gorgónias Callogorgia verticillata, Corallium rubrum e o hidrocoral Errina dabneyi, foram as espécies mais facilmente reconhecidas pelos pescadores. As Esponjas, foram ocasionalmente reconhecidas, sendo que o grupo das esponjas mais reconhecido pelos pescadores foram as litisitdas (Neochrammeniella bowerbankii e Neophrissospongia nolitangere) seguidas de outras demoesponjas (Axinella infundibuliformis e Cliona celata). A maioria dos pescadores da frota de redes de emalhar e tresmalho reconheceram em média um maior número de espécies em comparação à frota do arrasto devido ao diferente tipo de fundo onde estas frotas operam. Ao nível da experiência, o papel a bordo da embarcação parece não existir relações relevantes com o ECL. Este estudo mostra o imenso potencial que o CEL, pode ter quando aplicado como uma ferramenta na identificação da presença de ecossistemas marinhos vulneráveis e é capaz de fornecer uma estrutura que pode desempenhar um papel fundamental na identificação e desenvolvimento na aplicação de medidas de gestão sobre áreas que precisam de ser protegidas (AMPs), como outras medidas de conservação (restrição de zonas de pesca). CEL também é capaz ajudar no desenvolvimento de medidas de restauração que permita que as comunidades piscatórias estejam diretamente envolvidas na resolução e aplicação de medidas de gestão. Mestrado em Biologia Marinha Aplicada
